sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sexta-feira

Aqui, por terras beirãs, a internet é lentíssima e consegue fazer-me perder a paciência. Trago a minha placa TMN do tão famoso programa e-escolas mas isto aqui funciona à lei da manivela, ou quase. Portanto, só para abrir o Blogger, estive uma eternidade à espera e eu nem quero pensar no tempo que vai demorar a publicar este post...
Adiante.

Já não estava habituada a silêncio. Hoje só ouvi os galos, cães, o sino da igreja, alguns corvos e andorinhas. Passei o dia num vai-vem, rua acima, rua abaixo, entre a minha casa e a casa dos meus avós; fui colher hortelã e salsa, tirei os ovos da capoeira e ainda sujei os pés entre os tomateiros à procura de tomates já maduros para a salada.
Em casa dos meus avós andei a pesquisar as fotos antigas já que eu e o meu primo decidimos embarcar nesta aventura de digitalizar todas as fotografias antigas da família; agora é ver-nos a vasculhar gavetas e a pedir a todos os familiares para nos dispensarem as fotografias por uns tempos.
Ajudei a minha mãe a fazer um bolo e ainda fomos à cidade abastecer-nos para o fim-de-semana que vai ser cheio (de comida, bebida e pessoas). Dormi a sesta (!!!) pela primeira vez na minha vida e incrivelmente não fiquei com dores de cabeça e hoje até me apetece deitar cedo.

Às vezes acho que podia viver assim o resto da minha vida e que só pelo facto de ter toda a minha família aqui conseguiria suportar tudo o resto... mas não. Sou uma pessoa citadina que de vez em quando precisa da aldeia. Se calhar, mais vezes do que pensava.

9 comentários:

  1. Identifico-me contigo nesse aspecto: adoro esses programas rurais, às vezes também acho que poderia viver dessa forma (e que teria uma vida mais harmoniosa), mas também me faz falta algum bulício extra. Penso que o ideal mesmo seria conjugar ambas as formas de estar.

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  2. que não me leves a mal, mas parece um excerto de um livro da Anita na aldeia;
    gosto do sossego da aldeia ainda que seja citadino, nascido, criado e vivido, ainda que em cidade do interior; mas a aldeia dá-me um outro descanso e uma outra perspectiva da cidade

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  3. As aldeias têm isso de bom..:) Conseguimos abstrair-nos da nossa realidade.

    beijinho.

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  4. O melhor da vida está, também, em equilibrar a vida entre as coisas boas da cidade e as coisas boas da aldeia...
    Penso eu de que!

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  5. É uma boa sensação mas ao fim de alguns dias cansa-me :)

    Boas férias.

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  6. Na terra do meu pai a internet da TMN também é hiper lenta. Gosto de lá ir, mas apenas um dia ou dois.

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  7. O apelo das raízes...a voz do sangue... e a cabeça a precisar de descansar.

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  8. Acho que encontramos em locais longe da cidade a tranquilidade a que não estamos habituados e que queremos tanto.

    :)

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