domingo, 30 de setembro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Cinquenta anos depois
Ontem fiquei agradavelmente surpreendida pela transmissão do Telejornal, a partir do Faial/Capelinhos.
Gostei muito das reportagens, das imagens, da forma como José Alberto Carvalho conduziu toda a emissão. Aprendi e fiquei ainda com mais vontade de ir aos Açores.
Felizmente, ainda há jornalismo de qualidade.
Gostei muito das reportagens, das imagens, da forma como José Alberto Carvalho conduziu toda a emissão. Aprendi e fiquei ainda com mais vontade de ir aos Açores.
Felizmente, ainda há jornalismo de qualidade.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
uma foto por dia 093#
[a minha nova sala]
O chão e as portas são verdes. É uma sala bonita, com muita luz e espaço. Com uma arrecadação onde posso guardar algum material, com um lavatório e uma bancada para as actividades de expressão plástica.
A escola é linda e tem todas as condições para se tornar num espaço de excelência para as aprendizagens. Só precisamos de saber aproveitar todos os recursos que agora possuímos.
[Não, as aulas ali ainda não começaram]
Verde é a cor da esperança e esperança é o que tenho para este ano lectivo. Podia aqui descrever tudo o que espero, mas não traria nenhuma novidade. Espero o melhor; o melhor dos meus meninos e o melhor de mim mesma. Espero sentir-me realizada, feliz. Basta isso.
[E espero começar a trabalhar rapidamente!]
...
Ler agora uma entrevista do António Lobo Antunes, é ler um outro homem. Um homem diferente e, no entanto, igual a si mesmo. Gostava de o ouvir falar e não me perdoo por ter falhado o programa Por Outro Lado há uns tempos, na 2, onde ele fez uma das suas poucas aparições públicas.
Nesta entrevista lê-se um homem mais sereno, tranquilo, directo, mais emotivo, sem medo de dizer "gosto" e com um enorme sentido de finitude. A doença que teve aproximou-o da morte, mas fico com a sensação que o aproximou da Vida, principalmente.
"Todos vivemos em função de eternidades", diz ele.
Nunca pensei na minha. Imagino algumas vírgulas, mas tenho medo de pensar no meu ponto final. Quando isso acontecer, espero ter antes um ponto de exclamação e nunca, mas nunca, reticências.
Nesta entrevista lê-se um homem mais sereno, tranquilo, directo, mais emotivo, sem medo de dizer "gosto" e com um enorme sentido de finitude. A doença que teve aproximou-o da morte, mas fico com a sensação que o aproximou da Vida, principalmente.
"Todos vivemos em função de eternidades", diz ele.
Nunca pensei na minha. Imagino algumas vírgulas, mas tenho medo de pensar no meu ponto final. Quando isso acontecer, espero ter antes um ponto de exclamação e nunca, mas nunca, reticências.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
...
Respiro fundo. É um alívio enorme... mesmo sabendo que há algumas arestas por limar, mesmo tendo a consciência que ainda não acabou na totalidade. Mesmo assim, respiro fundo.
Ontem, vi os meus últimos três anos quase a irem por água abaixo. Não foram, felizmente, mas por umas horas senti um enorme pânico, daquele que aperta o peito de tal forma que ficamos quase sem acção. Já passou.
Vou ali descansar.
Ontem, vi os meus últimos três anos quase a irem por água abaixo. Não foram, felizmente, mas por umas horas senti um enorme pânico, daquele que aperta o peito de tal forma que ficamos quase sem acção. Já passou.
Vou ali descansar.
...
São duas da manhã e só agora o meu dia chegou ao fim. Os últimos dias têm sido demasiado longos, mas o de hoje ultrapassou todas as expectativas e para além de longo tornou-se num dia demasiado estranho. Imprevistos, baldes de água fria, desentendimentos. Coisa pouca, parece... mas no fundo, a minha cabeça ficou feita num oito e agora só me apetece estar onde não estou.
P.S.: Lembram-se da tese? Já está.
P.S.: Lembram-se da tese? Já está.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Ponto de situação - parte 4
Vejo a luz ao fundo do túnel. O fim deste longo projecto está à vista, mas agora parece que tudo custa ainda mais. Escrever mais um parágrafo é um sofrimento, procurar mais uma referência é extenuante, pensar custa cada vez mais.
As conclusões são o culminar de um longo trabalho. Estou satisfeita, não estou muito satisfeita, estou só satisfeita. Mas depois explico.
Hoje só me apetecia ter o jantar feito, à minha espera.
As conclusões são o culminar de um longo trabalho. Estou satisfeita, não estou muito satisfeita, estou só satisfeita. Mas depois explico.
Hoje só me apetecia ter o jantar feito, à minha espera.
domingo, 23 de setembro de 2007
sábado, 22 de setembro de 2007
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Ponto de situação - parte 3
E depois de vinte e uma páginas de análise de dados...
...Já só faltam as conclusões!
[iupiiiii!!!]
...Já só faltam as conclusões!
[iupiiiii!!!]
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Pensem, pensem!
Não vi o debate de ontem, mas passei hoje por alguns blogs se indignaram pelo facto da ministra ter comentado que há demasiadas retenções de alunos no 2º ano.
Penso que Sra. Ministra não se se referiu a este assunto do mesmo modo que eu o vou abordar e nem quis justificar a afirmação que fez nos mesmos suportes que vou aqui apresentar. Mas, penso que seja pertinente dizer que os professores não podem lavar as mãos do facto de haver insucesso nos alunos e, consequentemente, retenções.
Eu explico.
Não estou a querer dizer que sejamos os "culpados" dessa realidade. Sabemos que há demasiadas variáveis que de forma indirecta ou directa, influenciam a evolução do aluno: a não obrigatoriedade de frequência do jardim-de-infância, o nível cultural do meio sócio-familiar das crianças, a sua personalidade, a existência de famílias destruturadas... tudo isto são factores que, de uma maneira ou de outra, vão criar melhores ou piores condições para a aquisição das competências básicas à transição de um aluno ao 3º ano de escolaridade.
Mas agora vejamos... no processo de ensino-aprendizagem há uma outra variável que a maior parte das pessoas (e dos professores) se esquece, que é a avaliação. Uma avaliação integrada no processo de ensino-aprendizagem é meio caminho andado para o sucesso dos alunos, ou, pelo
menos, para a possibilidade de haver um maior sucesso.
E quando falo em avaliação, refiro-me principalmente à avaliação formativa, àquela que todos nós dizemos que praticamos na sala de aula mas que, no fundo, quase nunca é aplicada ou então, de uma forma tão ténue que nem se dá por ela.
E o que é isso de avaliação formativa?
(perdoem-me, mas vou usar parte dos meus escritos da tese de mestrado)
A avaliação realmente formativa destaca-se por ser uma avaliação formativa de inspiração cognitivista. Há uma concepção ampla dos vários domínios do currículo, havendo um foco predominante nos processos cognitivos dos alunos, como a metacognição, a auto-regulação, a auto-avaliação e o auto-controlo e nos procedimentos, como as tarefas e o feedback. Consequentemente, é uma avaliação que possui critérios bem definidos e onde o envolvimento dos alunos é crucial (Gipps e Stobart, 2003; Fernandes, 2005).
Pode-se concluir que este tipo de avaliação envolve directamente ambos os actores no processo de ensino-aprendizagem-avaliação. Por um lado, o papel do professor é crucial na medida em que deve seleccionar as tarefas mais adequadas e fornecer um feedback de boa qualidade, por outro lado, os alunos também possuem um papel importante pois têm a possibilidade de regular as suas aprendizagens. Há uma interacção e articulação entre estes actores e os procedimentos de cada um deles, tornando esta avaliação numa avaliação dinâmica, funcional, colaborativa, contextualizada e reguladora. É uma avaliação que contrasta com a avaliação sumativa não só por todas estas características enunciadas mas também pelo facto do professor não ser o único actor/participante do processo avaliativo e partilhar responsabilidades com os seus alunos.
A meu ver há assim três factores-chave para a implementação da avaliação formativa alternativa nas salas de aula: a selecção de tarefas e o feedback, por parte do professor e a regulação das aprendizagens, por parte dos alunos. Como acima referi, são processos interligados e que dependem em maior ou menor grau uns dos outros e parece-me que falhando um destes factores, não se pode afirmar a existência plena de avaliação alternativa.
E o que quero eu dizer com isto?
Que mudar as práticas de avaliação é dar um passo de gigante no sentido do sucesso dos alunos. É proporcionar-lhes melhores condições para o sucesso, é garantir a igualdade de oportunidades para todos os alunos.
Claro que vão existir sempre retenções, haverá sempre alunos que não terão as competências esperadas para a sua transição ao ano seguinte. De qualquer forma, a responsabilidade que nos cabe a nós, professores, não deve ser esquecida e mudar as práticas de avaliação é algo que só está ao nosso alcance. Não está ao alcance de Ministros ou Secretários de Estado da Educação, é um trabalho de sala de aula, realizável com os recursos que possuímos, com a vontade em mudar para melhor, para bem dos alunos.
Parece utópico? Não é, acreditem.
[E quem estiver interessado em saber mais, leia isto e isto.]
Penso que Sra. Ministra não se se referiu a este assunto do mesmo modo que eu o vou abordar e nem quis justificar a afirmação que fez nos mesmos suportes que vou aqui apresentar. Mas, penso que seja pertinente dizer que os professores não podem lavar as mãos do facto de haver insucesso nos alunos e, consequentemente, retenções.
Eu explico.
Não estou a querer dizer que sejamos os "culpados" dessa realidade. Sabemos que há demasiadas variáveis que de forma indirecta ou directa, influenciam a evolução do aluno: a não obrigatoriedade de frequência do jardim-de-infância, o nível cultural do meio sócio-familiar das crianças, a sua personalidade, a existência de famílias destruturadas... tudo isto são factores que, de uma maneira ou de outra, vão criar melhores ou piores condições para a aquisição das competências básicas à transição de um aluno ao 3º ano de escolaridade.
Mas agora vejamos... no processo de ensino-aprendizagem há uma outra variável que a maior parte das pessoas (e dos professores) se esquece, que é a avaliação. Uma avaliação integrada no processo de ensino-aprendizagem é meio caminho andado para o sucesso dos alunos, ou, pelo
menos, para a possibilidade de haver um maior sucesso.
E quando falo em avaliação, refiro-me principalmente à avaliação formativa, àquela que todos nós dizemos que praticamos na sala de aula mas que, no fundo, quase nunca é aplicada ou então, de uma forma tão ténue que nem se dá por ela.
E o que é isso de avaliação formativa?
(perdoem-me, mas vou usar parte dos meus escritos da tese de mestrado)
A avaliação realmente formativa destaca-se por ser uma avaliação formativa de inspiração cognitivista. Há uma concepção ampla dos vários domínios do currículo, havendo um foco predominante nos processos cognitivos dos alunos, como a metacognição, a auto-regulação, a auto-avaliação e o auto-controlo e nos procedimentos, como as tarefas e o feedback. Consequentemente, é uma avaliação que possui critérios bem definidos e onde o envolvimento dos alunos é crucial (Gipps e Stobart, 2003; Fernandes, 2005).
Pode-se concluir que este tipo de avaliação envolve directamente ambos os actores no processo de ensino-aprendizagem-avaliação. Por um lado, o papel do professor é crucial na medida em que deve seleccionar as tarefas mais adequadas e fornecer um feedback de boa qualidade, por outro lado, os alunos também possuem um papel importante pois têm a possibilidade de regular as suas aprendizagens. Há uma interacção e articulação entre estes actores e os procedimentos de cada um deles, tornando esta avaliação numa avaliação dinâmica, funcional, colaborativa, contextualizada e reguladora. É uma avaliação que contrasta com a avaliação sumativa não só por todas estas características enunciadas mas também pelo facto do professor não ser o único actor/participante do processo avaliativo e partilhar responsabilidades com os seus alunos.
A meu ver há assim três factores-chave para a implementação da avaliação formativa alternativa nas salas de aula: a selecção de tarefas e o feedback, por parte do professor e a regulação das aprendizagens, por parte dos alunos. Como acima referi, são processos interligados e que dependem em maior ou menor grau uns dos outros e parece-me que falhando um destes factores, não se pode afirmar a existência plena de avaliação alternativa.
E o que quero eu dizer com isto?
Que mudar as práticas de avaliação é dar um passo de gigante no sentido do sucesso dos alunos. É proporcionar-lhes melhores condições para o sucesso, é garantir a igualdade de oportunidades para todos os alunos.
Claro que vão existir sempre retenções, haverá sempre alunos que não terão as competências esperadas para a sua transição ao ano seguinte. De qualquer forma, a responsabilidade que nos cabe a nós, professores, não deve ser esquecida e mudar as práticas de avaliação é algo que só está ao nosso alcance. Não está ao alcance de Ministros ou Secretários de Estado da Educação, é um trabalho de sala de aula, realizável com os recursos que possuímos, com a vontade em mudar para melhor, para bem dos alunos.
Parece utópico? Não é, acreditem.
[E quem estiver interessado em saber mais, leia isto e isto.]
Do concerto
Chegámos cedo e a mana quis ir logo lá para a frente - é que ver aqueles senhores de perto era uma condição à partida, mais do que imposta. Eu preferia os lugarzinhos nas bancadas, mais sossegados e sobretudo, mais arejados.. mas como irmã mais velha que faz (algumas vezes!) as vontades à mana mais nova, ficámos por ali.
O concerto foi muito bom mas acho que ficámos a perder em termos de sonoridade por estarmos tão perto do palco. Apesar disso, gostei dos jogos de luzes, gostei do ambiente que se criou e menos do calor que passei. Gostei de dançar ao som do Unfinishead Sympathy, gostei muito do Horace Andy no Angel , achei a Elisabeth Frasier com pouca energia no Teardrop e o melhor momento da noite foi o Safe from Harm.
E gostei, sobretudo, de ter partilhado esta noite com a minha irmã.
O concerto foi muito bom mas acho que ficámos a perder em termos de sonoridade por estarmos tão perto do palco. Apesar disso, gostei dos jogos de luzes, gostei do ambiente que se criou e menos do calor que passei. Gostei de dançar ao som do Unfinishead Sympathy, gostei muito do Horace Andy no Angel , achei a Elisabeth Frasier com pouca energia no Teardrop e o melhor momento da noite foi o Safe from Harm.
E gostei, sobretudo, de ter partilhado esta noite com a minha irmã.
Fugir à rotina...
...é estar 24 horas sem vir à internet.
E quando abro o bloglines dá nisto... tenho 223 posts para ler!
E quando abro o bloglines dá nisto... tenho 223 posts para ler!
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
domingo, 16 de setembro de 2007
...
Parece-me que o mundo anda virado do avesso. Interrogo-me muitas vezes porque não gostamos de quem gosta de nós e acabamos por gostar de quem não nos passa cartão... Não se trata de gostar apenas de homens ou mulheres rebeldes ou insensíveis, trata-se apenas de escolhas sem qualquer justificação plausível. Instinto? Má intuição? Sinceramente, não sei. Começo a acreditar que não há escolhas possíveis, acontece e pronto. Ou resulta ou não. É assim a paixão, cai redonda em cima de nós (quase) sem notarmos.
Tratamos bem quem não merece e tratamos mal quem merece tudo e mais alguma coisa e no meio disto tudo vamos magoando pessoas e vão-nos magoando a nós, mesmo que não seja esse o intuito.
Ou é o mundo que anda virado do avesso, ou somos nós, que já não sabemos bem o que queremos e acabamos por nos deixar levar em correntes mais calmas que não trazem nada de novo ou rápidos que nos dão a volta à cabeça, com dúvidas.
Isto resulta numa situação instável: anda meio-mundo confinado às meias-relações e surpreendentemente, há quem goste e não se importe de assim estar! Simplesmente porque não suportam a ideia do "estar sozinho".
Dizem que é melhor saber o que não se quer. Eu prefiro saber o que quero, com tudo o que isso traz de bom e de mau. Antes sozinha que acompanhada sem paixão, sem amor, sem sensibilidade e cumplicidade.
Tratamos bem quem não merece e tratamos mal quem merece tudo e mais alguma coisa e no meio disto tudo vamos magoando pessoas e vão-nos magoando a nós, mesmo que não seja esse o intuito.
Ou é o mundo que anda virado do avesso, ou somos nós, que já não sabemos bem o que queremos e acabamos por nos deixar levar em correntes mais calmas que não trazem nada de novo ou rápidos que nos dão a volta à cabeça, com dúvidas.
Isto resulta numa situação instável: anda meio-mundo confinado às meias-relações e surpreendentemente, há quem goste e não se importe de assim estar! Simplesmente porque não suportam a ideia do "estar sozinho".
Dizem que é melhor saber o que não se quer. Eu prefiro saber o que quero, com tudo o que isso traz de bom e de mau. Antes sozinha que acompanhada sem paixão, sem amor, sem sensibilidade e cumplicidade.
sábado, 15 de setembro de 2007
Brainstorming
Enquanto acabo tese começam a afigurar-se na minha cabeça novos projectos. Sim, devia primeiro pensar em finalizar este trabalho que trago comigo há dois anos e só depois pensar nos que se seguem, mas gosto de ponderar com calma as minhas acções futuras e como tal, nada melhor que começar agora a pensar e em falar no que pode ser feito a seguir.
Na escola tudo corre pelo melhor: um projecto de Matemática (onde quero aplicar as minhas ideias do origami) e uma formação em Ciências experimentais, vislumbram-se como as principais prioridades em termos profissionais.
Gostava ainda de conseguir aplicar este ano uma forma alternativa de avaliação: os portefólios - mas tenho consciência que é algo difícil e bastante moroso, portanto, gostaria de o desenvolver apenas na área de Língua Portuguesa.
Depois e fora disso, gostava de fazer muita coisa: aulas de dança e/ou outro desporto, um curso de fotografia e um de espanhol, mas calculo que o tempo seja limitado para tanto. Aguardam-se novos desenvolvimentos, preciso de saber os meus horários para depois me decidir pelo resto e até lá... fico-me por este, o que não tem nome.
Na escola tudo corre pelo melhor: um projecto de Matemática (onde quero aplicar as minhas ideias do origami) e uma formação em Ciências experimentais, vislumbram-se como as principais prioridades em termos profissionais.
Gostava ainda de conseguir aplicar este ano uma forma alternativa de avaliação: os portefólios - mas tenho consciência que é algo difícil e bastante moroso, portanto, gostaria de o desenvolver apenas na área de Língua Portuguesa.
Depois e fora disso, gostava de fazer muita coisa: aulas de dança e/ou outro desporto, um curso de fotografia e um de espanhol, mas calculo que o tempo seja limitado para tanto. Aguardam-se novos desenvolvimentos, preciso de saber os meus horários para depois me decidir pelo resto e até lá... fico-me por este, o que não tem nome.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
(Re)começo
Depois de um ano inicial muito complicado numa escola nova onde foi difícil a integração num grupo enorme de professores, depois de se ganharem algumas cumplicidades no segundo ano de trabalho, este terceiro ano está a revelar-se uma surpresa em termos de relações profissionais entre colegas.
É bom sentir as pessoas mais simpáticas, mais abertas ao diálogo. Há mais sorrisos, mais boa-vontade, há uma grande energia conjunta que tenho a certeza, irá dar os seus frutos. Também pode ser só o entusiasmo inicial de um novo ano lectivo... mas sinceramente, duvido muito.
[Talvez seja defeito meu isto de achar que as emoções e os sentimentos devem caminhar lado a lado com as questões profissionais, mas, quer queiramos quer não, quando se trabalha com muitas pessoas, quando o esforço é de uma equipa e não apenas dos indivíduos que a compõem separadamente, acho que faz todo o sentido. Sou assim]
É bom sentir as pessoas mais simpáticas, mais abertas ao diálogo. Há mais sorrisos, mais boa-vontade, há uma grande energia conjunta que tenho a certeza, irá dar os seus frutos. Também pode ser só o entusiasmo inicial de um novo ano lectivo... mas sinceramente, duvido muito.
[Talvez seja defeito meu isto de achar que as emoções e os sentimentos devem caminhar lado a lado com as questões profissionais, mas, quer queiramos quer não, quando se trabalha com muitas pessoas, quando o esforço é de uma equipa e não apenas dos indivíduos que a compõem separadamente, acho que faz todo o sentido. Sou assim]
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
...
Hoje faz três anos. Três anos de independência e só agora a casa está a compor-se. Não é fácil tornar um espaço vazio, num espaço nosso. Acho que o tornei meu da mesma forma que sou para as pessoas, aos bocadinhos.
Promessas, leva-as o vento
Enquanto o Governo inaugura novas escolas, assina contratos de autonomia e abre o ano lectivo com pompa e circunstância, por aqui, esperamos (im)pacientemente a abertura da nossa nova escola que, pelas palavras dos vereadores da Câmara, está prevista para o fim deste mês... Prevista, atenção!
Serão [apenas] duas semanas de aulas a menos... coisa pouca portanto.
Enquanto isso, não se vislumbram grandes avanços numa escola que esta a ser construída de raiz desde há um ano e meio atrás.
Cenas do próximo capítulo, só para a semana.
Serão [apenas] duas semanas de aulas a menos... coisa pouca portanto.
Enquanto isso, não se vislumbram grandes avanços numa escola que esta a ser construída de raiz desde há um ano e meio atrás.
Cenas do próximo capítulo, só para a semana.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
...
Pensamos nós que temos total controlo sobre as nossas vidas, pensamos nós que conseguimos prever ou adivinhar o que será o amanhã. Fazemos alguns projectos a médio e longo prazo, sonhamos, idealizamos um mundo à nossa medida e fazemos por isso. Somos determinados nos nossos sonhos. Jovens e (in)conscientes, somos felizes assim.
Mas só é bom até certo ponto.
Mas só é bom até certo ponto.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
...
A vida não é só feita de escolhas, mas quando nos deparamos com algumas escolhas erradas; quando mais do que uma pessoa nos diz que provavelmente, não sabemos escolher, começamos a questionar-nos. Porquê?
domingo, 9 de setembro de 2007
sábado, 8 de setembro de 2007
...
"Os novos amantes buscam a perfeição. Os velhos amantes cosem juntos mantas de retalhos e procuram a beleza na multiplicidade dos padrões".
in How to make an American Quilt
[e mais uma vez a prova de que os melhores filmes são aqueles que vemos sem estar à espera]
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Professores
Há uns tempos (anos talvez) sentia-me orgulhosa por dizer que era professora. Hoje, não sei o que sinto, apesar de gostar muito do que faço.
Gerou-se uma tal polémica em redor dos professores que neste momento, penso que já não temos argumentos válidos perante uma sociedade que nos critica como nunca. É um facto. E entristece-me que assim seja.
Somos criticados com razão, outras vezes acontece que a razão até está do nosso lado mas lá está... o historial de "coitadismo" da nossa parte é, pelos vistos, tão vasto e tão profundo, que a sociedade acaba por nos condenar à partida, muitas vezes sem ter conhecimento de causa.
Há muito tempo que estou farta. Farta da incompetência de certos professores, da falta de profissionalismo, de algumas queixas constantes e sem fundamento. Farta desta sociedade que atira piadas sobre as férias, sobre os nossos horários e sobre as nossas manifestações de desagrado a um sistema que tarda em mudar.
Aqui por estes lados prefiro não responder a piadas farsolas, a brincadeiras estúpidas, a comentários idiotas. Há razão dos dois lados da barricada, mas que os factos sejam apresentados com a devida seriedade e com algum conhecimento de causa.
Gerou-se uma tal polémica em redor dos professores que neste momento, penso que já não temos argumentos válidos perante uma sociedade que nos critica como nunca. É um facto. E entristece-me que assim seja.
Somos criticados com razão, outras vezes acontece que a razão até está do nosso lado mas lá está... o historial de "coitadismo" da nossa parte é, pelos vistos, tão vasto e tão profundo, que a sociedade acaba por nos condenar à partida, muitas vezes sem ter conhecimento de causa.
Há muito tempo que estou farta. Farta da incompetência de certos professores, da falta de profissionalismo, de algumas queixas constantes e sem fundamento. Farta desta sociedade que atira piadas sobre as férias, sobre os nossos horários e sobre as nossas manifestações de desagrado a um sistema que tarda em mudar.
Aqui por estes lados prefiro não responder a piadas farsolas, a brincadeiras estúpidas, a comentários idiotas. Há razão dos dois lados da barricada, mas que os factos sejam apresentados com a devida seriedade e com algum conhecimento de causa.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
...
Ultimamente, nada me dá mais prazer que estar em casa. Home alone, diria. Saio de manhã já a pensar na hora de voltar; não será muito saudável mas até lá até me esqueço dessa vontade: tenta-se trabalhar, apesar de algumas limitações que se irão prolongar até final do mês; reúno com colegas, converso, discuto. As motivações surgem naturalmente, crescem em catadupa, misturam-se com os tais receios mas acabam por não desaparecer. Ainda bem.
Em casa o tempo flui, sereno, num ritmo que marco conforme a minha disposição.
Há quem diga que a minha casa é o meu porto seguro. É, sem dúvida.
Em casa o tempo flui, sereno, num ritmo que marco conforme a minha disposição.
Há quem diga que a minha casa é o meu porto seguro. É, sem dúvida.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Escola nova #01
A 15 dias do início das aulas, temos uma escola nova ainda por acabar. Há terra, cimento, cheira a tinta, não há armários, quadros nem cadeiras. Há muito pó e vidros sujos por todo o lado.
Há alguma desorganização, incertezas e muita vontade de começar a trabalhar. Há coordenadora de escola; não há ainda um colega (que esperamos que ainda seja colocado esta semana).
Há alguns medos.
Ponto um (e único, por agora): consultar a legislação referente a agrupamentos de escola e averiguar se os grupos de ano podem ser formadas separadamente (de acordo com as duas escolas) ou se têm de ser formados pelo conjunto total de professores (de cada ano) daquele agrupamento.
[Tenho conhecimento de agrupamentos que trabalham das duas formas]
Hoje, em reunião, só esta questão levantou muitas vozes críticas. Parece-nos que seria mais viável que os grupos de ano fossem diferentes em cada escola, mas dizem que não. Que estando em agrupamento faz todo o sentido que as reuniões de ano sejam únicas e com os professores todos que leccionam determinado ano.
E eu pergunto: e a identidade própria de cada escola? Sendo assim, teremos que nos cingir sempre a resoluções tomadas na escola-sede? E a população escolar? E o ambiente educativo que queremos criar? Haverá espaço para as nossas escolhas, como grupo docente com práticas pedagógicas mais ou menos particulares? Poderemos dar a nossa opinião? Ou tudo isto não terá a mínima importância para as entidades competentes nesta matéria? Homogeneizar, será a palavra de ordem?
P.S.- Atenção! E antes que seja mal interpretada... Não ponho em causa a troca de experiências, a partilha e articulação de práticas pedagógicas e de actividades com denominador comum. Não quero uma escola isolada, dependente de si própria, ausente de contacto com outros alunos, com outros docentes e organizações. Ponho em causa apenas a forma como toda a gestão e organização deste processo está a a levar rumo.
Há alguma desorganização, incertezas e muita vontade de começar a trabalhar. Há coordenadora de escola; não há ainda um colega (que esperamos que ainda seja colocado esta semana).
Há alguns medos.
Ponto um (e único, por agora): consultar a legislação referente a agrupamentos de escola e averiguar se os grupos de ano podem ser formadas separadamente (de acordo com as duas escolas) ou se têm de ser formados pelo conjunto total de professores (de cada ano) daquele agrupamento.
[Tenho conhecimento de agrupamentos que trabalham das duas formas]
Hoje, em reunião, só esta questão levantou muitas vozes críticas. Parece-nos que seria mais viável que os grupos de ano fossem diferentes em cada escola, mas dizem que não. Que estando em agrupamento faz todo o sentido que as reuniões de ano sejam únicas e com os professores todos que leccionam determinado ano.
E eu pergunto: e a identidade própria de cada escola? Sendo assim, teremos que nos cingir sempre a resoluções tomadas na escola-sede? E a população escolar? E o ambiente educativo que queremos criar? Haverá espaço para as nossas escolhas, como grupo docente com práticas pedagógicas mais ou menos particulares? Poderemos dar a nossa opinião? Ou tudo isto não terá a mínima importância para as entidades competentes nesta matéria? Homogeneizar, será a palavra de ordem?
P.S.- Atenção! E antes que seja mal interpretada... Não ponho em causa a troca de experiências, a partilha e articulação de práticas pedagógicas e de actividades com denominador comum. Não quero uma escola isolada, dependente de si própria, ausente de contacto com outros alunos, com outros docentes e organizações. Ponho em causa apenas a forma como toda a gestão e organização deste processo está a a levar rumo.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
...
A semana que passou foi fraca de imagens. Não fotografei e pouca vontade tive em fazê-lo. Outros assuntos ocupam-me a cabeça e o espírito.
Mesmo assim, um projecto sem uma semana de fotografias não se torna menos importante por isso. Vou esforçar-me esta semana, sem sacrifício, mas vou esforçar-me.
Amanhã é dia de voltar ao trabalho - escola nova, novos horários, rotinas diferentes, um novo grupo de trabalho. Mudanças.
As férias passaram depressa, ligeiras em calor, mais quentes na emotividade do dia-a-dia.
E porque me sigo mais por anos lectivos e menos por anos civis, espero que 2007/2008 seja um excelente ano. Em tudo.
Mesmo assim, um projecto sem uma semana de fotografias não se torna menos importante por isso. Vou esforçar-me esta semana, sem sacrifício, mas vou esforçar-me.
Amanhã é dia de voltar ao trabalho - escola nova, novos horários, rotinas diferentes, um novo grupo de trabalho. Mudanças.
As férias passaram depressa, ligeiras em calor, mais quentes na emotividade do dia-a-dia.
E porque me sigo mais por anos lectivos e menos por anos civis, espero que 2007/2008 seja um excelente ano. Em tudo.
domingo, 2 de setembro de 2007
sábado, 1 de setembro de 2007
[Against all odds]
Hoje precisava de uma bebida. Uma margarita cheia de sal no rebordo do copo, uma caipiroska que me fizesse arder a garganta, uma morangoska que de tão doce me deixasse tonta sem eu notar, vinho num copo de pé alto ou até vodka com laranja, puro e duro.
Hoje não precisava de uma bebida. Hoje preciso de uma bebida. Ou duas até.
Não são mágoas para afogar. Não são paixões não correspondidas. Não são amores infelizes. Sou eu e as minhas vontades. Impulsos de que sou feita.
[Hoje é apenas um dia de um longo serão. Ou uma noite.]
Hoje não precisava de uma bebida. Hoje preciso de uma bebida. Ou duas até.
Não são mágoas para afogar. Não são paixões não correspondidas. Não são amores infelizes. Sou eu e as minhas vontades. Impulsos de que sou feita.
[Hoje é apenas um dia de um longo serão. Ou uma noite.]
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