terça-feira, 31 de março de 2009

uma foto por dia #080

uma foto por dia #080

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Se há coisa que me irrita profundamente é ouvir algumas pessoas queixarem-se da sua condição quando têm dinheiro mais que suficiente para isto ou aquilo. A crise? Tenham vergonha e não falem de crise! Muito menos ao pé de quem a vive na realidade e nem sequer diz nada.

De vez em quando...

... o revisor do comboio tem de me acordar para lhe mostrar o passe.
... como um chocolate de uma vez só.
... vou ao cinema sozinha.
... deito-me às três da manhã.
... tenho mais esperança.
... preciso de não fazer nada.
... apetece-me mudar de vida.
... não tomo o pequeno-almoço.
... observo com mais atenção as pessoas.
... sonho acordada.
... assusto-me comigo própria.
... acho que tudo podia ser diferente.
... gostava de conhecer todos os meus leitores ou seguidores.
... sinto-me melhor depois de escrever.
... passo dias sem ver televisão.
... deixo-me ir.
... tenho a certeza absoluta de que tudo é possível.
... gosto de cozinhar.
... apetece-me fazer uma loucura.
... perco tempo com o que não devo.
... desorganizo-me.
... o mundo gira ao contrário.
... o meu lado esquerdo é mais forte do que o outro.
... vou ali e já venho.
... perco a timidez.
... faço bolos só para mim.
... não oiço ninguém.
... estendo a roupa à meia-noite.
... apanho alfazema ali do canteiro da rua para perfumar a casa.
... preciso de ver a minha família.
... escrevo posts como este, porque não me apetece escrever mais nada.

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Num instante tudo muda

segunda-feira, 30 de março de 2009

uma foto por dia #079

uma foto por dia #079

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(...) Ainda faltam quinze dias para o fim das férias e já não as posso ouvir dizer que não têm nada para fazer. Coitadinhas.

Não me lembro da última vez que disse "não tenho nada para fazer". Talvez fosse Verão e eu, ainda estudante, vivesse com os meus pais.
Mais do que as crianças, acho que os adultos também podiam não ter nada que fazer, no entanto, existe sempre algo prioritário, fruto desta vida stressante que levamos. É preciso limpar a casa, ir às compras, estender a roupa, lavar o carro, arranjar qualquer coisa em casa, ler um livro, fazer desporto, passear, ver televisão, ir ao cinema. Inventamos actividades e por vezes acabamos mais cansados porque nem sempre são tão agradáveis assim.
Não ter nada que fazer é bom. Muitas vezes é melhor que tudo o resto, porque simplesmente podemos estar sem agir. Chamemos-lhe ócio ou preguiça, não interessa. A vida não tem de ser feita de constantes acções, reacções, radicalismos, aventuras, energia, movimento contínuo. Também precisamos de não fazer nada e devemos fazê-lo bem. Porque isso também é qualidade de vida.

domingo, 29 de março de 2009

uma foto por dia #078

uma fotopor dia #078

My nan's lemon drizzle cake ou Bolo Húmido de Limão - Receita original do Jamie Oliver

A primeira vez que vi este bolo, foi aqui. Apesar de seguir a receita, fiz algumas alterações - não usei manteiga, mas azeite e misturei os ovos com o açúcar em vez de os misturar com a gordura vegetal.

Et voilá!

sábado, 28 de março de 2009

Como será daqui a 10 ou 20 anos?

No comboio, enquanto lia uma das notícias do Expresso sobre a violência aos professores e funcionários de uma escola de Chelas, recordei-me dos meus tempos de estágio.

O meu último ano de estágio foi em 1999, precisamente em Chelas, numa antiga escola agora já demolida que ficava ali mesmo ao lado da feira do Relógio. Na altura, confesso que não me apercebi o que me tinha calhado na rifa, mas depois de alguns dias, compreendi que não ia ser um ano fácil - teria uma turma de 12 crianças do 1º ano, com muitos casos especiais, muitos problemas.
Ser estagiária não é simples, há todo um processo de adaptação e de integração, há que ganhar a confiança dos alunos que nunca nos olham como professores e há também que criar uma dinâmica de trabalho regular e satisfatória. Nessa turma, nunca o consegui. As aulas preparadas ficavam sempre a meio, a indisciplina era constante e apesar do nosso esforço, ali, na faculdade ou mesmo através de conversas informais, era complicado encontrar estratégias que conseguissem minimizar a indisciplina e o mau comportamento dos alunos.

[Os planos de estudo dos cursos de professores de 1º ciclo do ensino politécnico continuam, desde há 10 anos atrás, a ter graves falhas a nível de cadeiras que tratem da indisciplina e da avaliação das aprendizagens dos alunos, mas isso é tema para outro post]

Eu, com 21 anos na altura, sofri com essa minha limitação, essa impossibilidade em fazer melhor perante um cenário daqueles. Muitas vezes, acabava por chorar durante todo o caminho que me levava a casa depois de mais um dia de estágio, tal era a revolta que sentia. E foi por isso que no último dia de curso, disse para mim própria que se consegui aguentar aquilo, aguentava qualquer outra coisa. Agora, já não tenho tanta certeza assim.

A notícia do Expresso retrata a angústia que os professores e as funcionários sentem naquela escola. Refere a vontade em mudar de local de trabalho, a preocupação constante que sentem em cada dia que vão dar aulas.
Um ralhete, hoje em dia, é motivo para que pais e alunos se revoltem contra os professores, é motivo para ameaças, para agressões gratuitas. E é com isto que me assusto. Assusto-me e fico cada vez mais triste com estes cenários que vamos tendo um bocadinho por todo o país.
Interrogo-me muitas vezes como estaremos daqui a 10 ou 20 anos. Porque, verdade seja dita, isto é um problema social e o cerne da questão está aí, na sociedade, na permissividade existente para com as crianças, na pouca autonomia que lhes é dada, na exagerada protecção que em vez de os ajudar, só os prejudica. Eu simplesmente pergunto, o que querem afinal estes pais das suas crianças? E já agora, o que querem dos professores?

uma foto por dia #077

uma foto por dia #077

Mais fotos da Earth Hour

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Hoje, vou ter um jantar à luz de velas.

Março, marçagão, manhãs de Inverno, tardes de Verão

Decididamente, não gosto de meias-estações: Primavera e Outono, não muito obrigada. Venham daí o Verão e o Inverno que ainda continuam a ser as estações do ano que mais gosto.
Apesar de antípodas na essência que as caracteriza, ao menos há a certeza quase absoluta do que nos espera: ou muito calor ou muito frio e eu sou uma mulher que gosta mais da certeza do que do talvez. Para o bem ou para o mal.

E sai um desejo fresquinho!

O que que queria mesmo, mesmo, mesmo, era passar uns diazinhos assim num Hotel-Spa, longe da vista de todos, com direito a tudo. Tudo!
Parece simples, não é?

sexta-feira, 27 de março de 2009

uma foto por dia #076

Gosto muito de literatura infantil. Se calhar nem sabem, mas até tenho um blogue de literatura infantil que, por falta de tempo, está parado há mais de dois anos.

Hoje, por acaso, enquanto fazia algumss compras no Continente, lembrei-me de ir à secção de livros infantis e encontrei duas pérolas no meio do Noddys, Rucas e Mickeys e de tantos outros livros que deixam muito a desejar quanto à sua qualidade literária. Trouxe-os para casa, claro.

uma foto por dia #076

E porque hoje é sexta-feira...

... e o que se quer é um fim-de-semana sereno.

quinta-feira, 26 de março de 2009

terça-feira, 24 de março de 2009

Twitters: é isto que nos espera ;)

Blogues

O mundo da blogosfera é vasto. Há de tudo, para todos os gostos e feitios, com formatos e designs diversos, com temas mais ou menos específicos, com pessoas mais ou menos anónimas.
Nisto da blogosfera e do design dos blogues, sempre achei que menos é mais e é por isso que sou automaticamente atraída por blogues com templates simples e de cores sóbrias. Se gostar do conteúdo, é ouro sobre azul.

Sem esquecermos que cada um tem os seus gostos e preferências, os blogues que aqui apresento, para mim, aliam a qualidade e/ou a originalidade dos conteúdos a um bom design. E é por isso que merecem o meu destaque.
Enjoy!

Q&A
Egotismo
Flagrante Delícia
Fotografário
Hiperbólicamente falando
refogado & hortelã
Favorite things
Vincent
La double vie de veronique
Caderno Branco
The Heart is a Lonely Hunter

segunda-feira, 23 de março de 2009

uma foto por dia #073

uma foto por dia #073

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Enquanto arrumava a cozinha deparei-me com uma lata de leite condensado esquecida no armário. Quando dei por mim, tinha meu anjinho protector a segredar-me ao ouvido Sofia, não te desgraces! Há ali sopinha de espinafres que não é doce mas faz músculos e além disso, se queres perder peso, faz um esforço e deixa-te de recaídas. Sim?

Claro que o diabinho ainda tentou dissuadir-me e fez-me ficar a olhar para a dita lata mais uns segundos, enquanto me provocava com o tridente : É só desta vez... Estás a precisar de açúcar e isso até te vai animar.

Mas não. Fechei a porta do armário, apaguei as luzes da cozinha e fiz desaparecer o diabinho da minha consciência. Pelo menos por agora.

Motivação, precisa-se



[sobre a origem deste cartaz]

Hoje, pouco mais há a dizer.
Foi uma segunda-feira que me desgastou mais do que toda a semana passada. Mas há dias assim, e melhores dias virão, como sempre.

sábado, 21 de março de 2009

A escola que eu gostaria que existisse aqui em Lisboa.

Percam quinze minutos do vosso tempo e vejam este vídeo.

[Quando falo da visita que fiz a esta escola há alguns anos atrás, do que vi e ouvi, há ainda quem pense que falo de uma utopia e não acredite]

Será mesmo que cada um tem aquilo que merece?

Os ditados populares não têm um denominador científico, baseiam-se simplesmente na experiência do povo, nas generalizações, no senso comum e na tradição oral que existe há largos anos. As pessoas acabam por assentar as suas vivências nesse tipo de sabedoria, reforçando-as com base na voz do povo. E porquê? Talvez porque se sintam melhor assim, é como que uma acomodação, uma justificação plausível e compreensível para o que vai acontecendo.

"Cada um tem aquilo que merece"

É uma frase que se ouve e anda nas bocas do povo desde sempre. Não sei se esta expressão será um ditado polular ou não, no entanto, não gosto de a ouvir e acho que de sabedoria nada tem.
Se todas as pessoas tivessem o que merecem, as pessoas de bem estariam felizes e saudáveis e quem se limita a ser má pessoa, teria o que de pior há na vida. Infelizmente e quase sempre, não é assim. Acabamos por assistir todos os dias a injustiças, revoltamo-nos com pequenas grandes coisas que nos vão acontecendo e nem sempre temos a capacidade para virar tudo ao contrário, porque simplesmente, não está nas nossas mãos.
Para muitos isto pode não ter qualquer importância, mas evito utilizar esta expressão. Porque é injusta e cruel de ouvir, principalmente para aqueles que têm apenas um bocadinho de menos sorte na vida.

uma foto por dia #071

uma foto por dia #071

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sexta-feira, 20 de março de 2009

uma foto por dia #070

Quando iniciei o 1º ano com esta turma, escrevia no quadro com a letra manuscrita. Apesar de ouvir algumas vozes contra este tipo de letra - porque é difícil, porque não é aquela que lemos no dia-a-dia - continuo a achar que resulta melhor ensinar a ler e a escrever através dos dois tipos de letra aos quais vulgarmente chamamos de letra manuscrita e letra de imprensa.
Os alunos fazem a relação entre as letras e acabam por saber ler os diferentes tipos de letra que aparecem à sua volta. Quanto à escrita, eles alteram a letra quando assim o entenderem, acabando por torná-la mais pessoal. É o que está a acontecer agora. É quase como uma marco na transição do 1º ciclo para o 2º ciclo.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Desculpem lá, mas o meu pai é que é o melhor pai do mundo

O meu pai tem uns olhos do azul mais azul que possam imaginar e um sorriso aberto e franco. Esteve quase para ser padre - aos 11 anos desistiu do seminário porque diz ele que aquilo já não lhe dizia nada. No entanto, acrescenta que foi a escola onde teve os melhores professores, o local que o fez crescer mais depressa. Mais tarde, muito mais tarde, esteve na Guerra Colonial e as memórias que me conta desses tempos fazem-me ficar sempre com um aperto no coração porque sei que sofreu horrores mas resistiu. É forte, o meu pai.

Exigente, idealista, justo, lutador, coerente nos seus princípios e na forma de estar na vida, conseguiu que a minha infância fosse rica, plena de simbolismos e estímulos.
Ensinou-me a ouvir música todos os domingos de manhã - Abba, Carlos Paredes, Zeca Afonso, Jacques Brel, Fausto, José Mário Branco, Caetano Veloso entre outros - mesmo quando, aos 3/4 anos eu lhe rasgava as capas dos LPs [a minha curiosidade era mais forte do que a possibilidade de de levar um ralhete ou castigo]. Deixava-me livros na mesa de cabeceira, sempre com uma dedicatória, e levava-me à escola, embora chegasse quase sempre atrasada. De vez em quando comprava-me uma bola de berlim, Pez ou Sugus e quando eu trazia um Satisfaz num teste da escola, não ficava nada satisfeito porque me dizia que eu era capaz de muito mais. Esteve sempre presente nas reuniões de pais e eu tinha orgulho disso.
Com ele vi pela primeira vez o filme Kramer contra Kramer e a partir desse dia Meryl Streep tornou-se a minha actriz favorita. Trazia-me as revistas do Tintim que eu lia para depois destruir fazendo das suas folhas, patins para escorregar na alcatifa da sala [ainda me condeno por tamanha barbaridade]. Ensinou-me a fotografar com uma Zenith, pesada e que me fazia doer os braços e revelou-me que o segredo da fotografia era um: a luz.
Desabafava comigo coisas que se calhar eu não devia ter ouvido com aquela idade, mas penso que não me fez mal. Sobrevivi e estou mentalmente saudável, acho. ;) Chorou na minha bênção de fitas e escreveu-me A carta. A mais bonita de todas. A ele lhe confessei as minhas angústias aos 18 anos e a ele lhe confesso algumas angústias de agora.
Sempre presente, de mão ou braço dado, ao perto ou ao longe, tenho a certeza que fez os possíveis e impossíveis para me dar a melhor educação. E apesar dos castigos, sermões e discussões, ficou sempre tudo bem.
O meu pai chama-se José e para mim, claro, é o melhor pai do mundo - o meu pai Zé.

[mais uma] Constatação

O que de mais triste há nesta profissão é ter apenas mulheres como colegas de trabalho. Gosto muitos de todas as minhas colegas, mas há dias em que já não suporto ouvir falar dos mesmos assuntos: bebés e maridos.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Sonhos, coisas estranhas, o que o meu inconsciente anda a fazer

Quatro horas de sono por dia não chega, pois não? - pergunto eu

E responde-me o meu corpo:
- Pois claro que não! Põe-te fina ou levas uma reguada daquelas!

E nesse momento eu acordo e tenho a certeza: estou a ficar doida.
E só dormi as quatro horas.

[sim, sonhei isto assim]

uma foto por dia #068

uma foto por dia #068

segunda-feira, 16 de março de 2009

A ouvir

Playlists de figuras públicas.

Um excelente programa, na TSF.

A penumbra da claridade




Diz-se que nas adversidades é que se vê realmente quem somos, de que essência somos feitos, qual a nossa força, coragem, resistência. Diz-se que nas adversidades o tempo corre depressa demais e acabamos por não sentir a vida à transparência porque estamos demasiado preocupados com a opacidade dos problemas.

Mas eu não quero isso.

Prefiro que me deixem se é assim que quero estar. E não quero falar das coisas más, prefiro as boas. Quero me deixem dormir muito porque só assim descanso. Quero sossego. E quero, sobretudo, viver à transparência, sem me esconder. Mesmo que as adversidades toldem a lucidez de espírito que é necessário ter todos os dias e seja preciso ir ali ao lado gritar um bocadinho mais com o mundo.

uma foto por dia #066

uma foto por dia #066

Hoje combinei com o céu.

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Sou uma desgraça a escrever no Messenger e no Gtalk. Quem fala comigo através desses sistemas de conversação, sabe do que estou a falar. Dou calinadas umas atrás das outras: escrevo palavras com mais letras do que devia, escrevo outras com menos letras e escrevo como se ouve, tal é a velocidade a que o faço. Ali, sou disléxica. É um facto.

sábado, 14 de março de 2009

uma foto por dia #064

uma foto por dia #064

a ver #01

Holi - o Festival das Cores

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Corrigir fichas, testes, trabalhos e tudo o resto que esteja relacionado com a escola é aborrecido e cansativo. De toda uma série de funções que os professores desempenham, esta é aquela que menos gosto e por isso há que encontrar estratégias para a conseguir realizar plenamente ou, pelo menos, o melhor possível.
Assim, adoptei duas novas estratégias que até agora têm dado resultado - durante a semana acabo por ficar mais tempo na escola depois das aulas, ou então, vou mais cedo de manhã. Ao fim de semana, pego no monte de fichas e levo-o comigo para um café e entre uma meia-de-leite e um pastel de nata, vou corrigindo tudo. Não tenho quem me distraia, o barulho não me faz confusão e não preciso de me levantar porque a roupa está para estender ou tem de ser dobrada e passada a ferro e depois, não tenho internet. Acabo por estar mais concentrada e em duas horas corrijo uma quantidade considerável de fichas/testes.

Foi o que fiz esta tarde. Ao sol.

Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay!!!

O mais incrível disto tudo é quando um horóscopo acerta exactamente naquilo que somos e sentimos no momento e as pessoas que nos rodeiam, nem chegam lá perto.

[é uma estúpida coincidência, mas pronto]

quinta-feira, 12 de março de 2009

Constatações ou uma sopa de palavras sem grande nexo

Já cheira a Primavera.

Nem sempre sou de muitas palavras.

Na escola só consigo andar de manga curta e já dou aulas de porta e janela abertas.

Preciso de perder 5 kg.

Já comecei a pensar nas minhas férias de Verão e não sei para onde vou.

Ando com défice de vitamina D - tenho de apanhar sol este fim-de-semana, urgentemente.

As zangas podem servir de polígrafo entre duas pessoas.

Já só faltam 3 meses para o fim das aulas. [Já??]

Amanhã abre o concurso de professores. Não quero sair daquela escola e tenho medo que isso aconteça.

Tenho saudades da minha família.

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Linger - The Cranberries

Para ouvir antes de adormecer.

Eu disse que ia ser um dia longo, só não pensei que fosse assim tão longo

Chegar a casa quase à meia-noite é assim uma violência à qual não estou habituada. Pousei a pasta, a mala e o casaco. Não liguei a televisão, não fui à cozinha, não entrei na sala. Navego na internet mas a esta hora já me sinto demasiado cansada - os olhos ardem (tenho de ir tirar as lentes de contacto), a cabeça dói a sério e o corpo pede descanso urgentemente.
No outro lado só deu tempo para quatro post (its) e aqui só há tempo para estas linhas. Vou dormir, que o meu mal é sono. Até amanhã.

terça-feira, 10 de março de 2009

E agora?

Só hoje reparei que a gaveta dos legumes do frigorífico está cheia de cervejas - sobras do meu dia de aniversário, há uma semana atrás...
Acontece que não gosto nada cerveja e só a tolero disfarçada entre outros sabores. Portanto, ou dou outra festa com pessoas que a possam beber ou vou andar umas boas semanas a frango de cerveja.

[Lá fresquinhas, elas estão!]

Pérolas de sala de aula

- Professora! Se de A a Z é ordem alfabética, então... de Z a A é ordem desalfabética!

J. , 7 anos

O dia em que (quase) senti vergonha de ser do Sporting

"O Sporting não ajuda o Miguel..."
"O Miguel precisa de ajuda..."
"Ninguém quer saber do Miguel..."

Ó Miguel Veloso, por favor... Falas na terceira pessoa, tens um peanteado que não lembra a ninguém e queres que te levem a sério?

Dizem por aí...

...que na quarta-feira vão estar 24º em Lisboa. Dizem ali na escola que na quarta-feira tenho reunião até às 20:30 h.

E que me apetece dizer agora? Tudo aquilo que não posso dizer aqui.

domingo, 8 de março de 2009

uma foto por dia #058

uma foto por dia #058

Os factos: as mentiras e as verdades

1. Trabalhei durante um ano no McDonalds.
Verdade
- Tinha 18 anos e por não ter entrado na faculdade, decidi melhorar as notas de 12º ano, à noite. Trabalhei em part-time durante um ano e adorei aquilo, apesar de ter sido muito mal paga. Fiz parte da equipa que abriu o MacDonald's da Amadora e arranjei uma amiga para a vida.

2. Dei um empurrão propositado à minha vizinha quando a encontrei nas escadas porque ela se lembrou de sacudir o lixo da gaiola do pássaro em cima da minha roupa acabada de estender. Verdade - Agora não teria coragem de o fazer, mas com 19 anos era capaz de tudo, ou quase. Ao confrontá-la com a situação nas escadas, ela foi extremamente mal-educada e não estive com meias-medidas e pronto a senhora... quase que caiu. Não me fala desde então.

3. Participei no concurso "O Elo mais Fraco".
Verdade
- Apareci na televisão e até gostei da experiência, tanto que também concorri ao concurso o Duelo, do Malato. Mas desta vez, e apesar de ter sido seleccionada, não pude ir.

4. Recebi um ramo de flores em plena sala de aula.
Verdade
- Corei de vergonha perante 20 crianças de 10 anos de idade que entenderam perfeitamente o que se estava a passar. Mas gostei, claro que gostei.

5. Dei uma tareia na rua a um rapaz que andava a perseguir e a ameaçar a minha irmã quando ela tinha 10 anos.
Verdade
- O miúdo tinha uns 12 anos, eu 15. Fiz-lhe uma espera à porta da minha casa e dei-lhe tantos pontapés e murros que nunca mais perseguiu a minha irmã. E dei mais do que levei, sim.

6. Detesto caracóis. :S
Mentira
- Adoro caracóis. É o meu petisco favorito em dias de calor. De preferência numa esplanada.

7. Aos 11 anos fui a Amsterdão e adorei visitar o Distrito da Luz Vermelha.
Verdade
- Fui com a classe de ginástica à qual pertencia na altura. Aquilo para mim era outro mundo e achei o máximo.

8. Nunca experimentei fumar.
Mentira
- Claro que experimentei. Felizmente, detestei.

9. Adorava voltar a ter 25 anos de idade.
Mentira
- Adoro ter a idade que tenho.

sábado, 7 de março de 2009

uma foto por dia #057

uma foto por dia #057

...

Não, não gosto do dia da mulher. Gosto de pessoas, de justiça e pessoas justas. Gosto de diferenças que não recriminem e de igualdades inquestionáveis. Gosto de coerência e de humildade. De respeito e inter-ajuda. De cooperação e união. E para relembrar tudo isto, não é preciso um dia assim, é preciso saber ser-se Pessoa. Todos os dias.

Life lessons que também quero para mim



[link]

Conseguirei viver sem Tv cabo?

Há mais de três semanas que não vejo televisão. Aliás... a sala é a divisão aqui do castelo que se tem mantido limpa e arrumada por mais tempo. Já o escritório é um local de batalha diário onde a papelada e desarrumação são uma constante.
Pois é, começo a questionar-me se valerá a pena pagar a mensalidade da Tv Cabo.

sexta-feira, 6 de março de 2009

uma foto por dia #056

uma foto por dia #056

Desta vez, uma polaroid.

Digamos...

...que entrei no fim-de-semana em slow motion. Tal qual a tartaruga da célebre fábula fui fazendo as coisas devagarinho, mas neste caso, em casa: arrumar a cozinha, pôr máquinas de roupa a lavar, mudar lençóis da cama, arrumar o escritório. E já está, disse eu no fim, aproveitando a expressão que todos os dias oiço vezes e vezes sem conta dos meus alunos. Já está.

Tenho os vidros sujos mas não me importo. A noite ainda não se pôs e talvez hoje fosse boa ideia sentar-me no sofá a olhar para a televisão.

Olhar, ver, reparar? Qual delas?

Sei que não me apetece pensar. Não quero. A cabeça precisa de descanso, o corpo grita por muitas horas de sono. Não está tudo bem, mas eu digo que sim.

Bom fim-de-semana.

quarta-feira, 4 de março de 2009

uma foto por dia #054

foto054

Hoje, no bar da faculdade, li a Blitz e por momentos senti-me só estudante outra vez.

Mais 9 factos, 3 mentiras e 6 verdades...

... ou o que se escreve porque hoje não ha imaginação para mais.


1. Trabalhei durante um ano no McDonalds.

2. Dei um empurrão propositado à minha vizinha quando a encontrei nas escadas porque ela se lembrou de sacudir o lixo da gaiola do pássaro em cima da minha roupa acabada de estender.

3. Participei no concurso "O Elo mais Fraco".

4. Recebi um ramo de flores em plena sala de aula.

5. Dei uma tareia na rua a um rapaz que andava a perseguir e a ameaçar a minha irmã quando ela tinha 10 anos.

6. Detesto caracóis. :S

7. Aos 11 anos fui a Amsterdão e adorei visitar o Distrito da Luz Vermelha.

8. Nunca experimentei fumar.

9. Adorava voltar a ter 25 anos de idade.


E agora? Conseguem adivinhar?

terça-feira, 3 de março de 2009

Talvez a melhor do álbum


Moment Of Surrender - U2

...

Às vezes pergunto a mim própria o que faria se ganhasse o Euromilhões. Por momentos imagino-me com uma quantia inimaginável de dinheiro e vou por ali fora, em sonhos que nunca serão realizáveis nesta vida terrena.

[Hoje chegou um papel da secretaria da escola com a informação de que só passo de escalão a 5 de Janeiro de 2011. Estou no mesmo escalão desde 2003. 8 anos depois, portanto. Fantástico.]

E penso que talvez pudesse viajar por todo o mundo e fazer o expresso do Oriente, visitar as ilhas mais longínquas, ouvir o silêncio na Patagónia, atravessar a Route 66, encantar-me com quedas de água e florestas tropicais, atravessar África e descobrir a Índia E visitar os pinguins ali no deserto gelado, eu que gosto tanto de pinguins...

[A tese até me traria a passagem de escalão dois anos mais cedo, mas, e o resto? A vida pessoal? O tempo para não fazermos nada?
Cada vez mais acho que a vida académica não é para mim e que isto das investigações solitárias servem apenas para encher bibliotecas e os bolsos de algumas faculdades]

Talvez me permitisse a alguns luxos. O normal, aquilo que qualquer mortal desejaria, não fosse eu igual a tantas outras pessoas. E iria ajudar algumas pessoas, sim. As certas, as minhas.

[Mais um esforço. Só falta um bocadinho, digo eu para mim própria todos os dias - motivo-me assim, a escrever e a pensar sobre o assunto com a lucidez de espírito que me resta nesta matéria. Não posso esquecer que já só falta um bocadinho, o mais difícil, é certo, mas um bocadinho]

Vou ali ver se me saiu o prémio. Se calhar estou rica e não sei.

segunda-feira, 2 de março de 2009

uma foto por dia #052

uma foto por dia #052

...

Quando cheguei, a sala de aula estava às escuras. Eles, escondidos debaixo da mesa, saíram de repente e cantaram-me os Parabéns. Eram nove da manhã e apesar de ser segunda-feira, conseguiram pôr-me mais bem-disposta.
Já vos disse que tenho uns amores de alunos, não disse?

[A dor de cabeça e o sono ainda não deram tréguas mas isso é outra história...]

domingo, 1 de março de 2009

Em jeito de balanço

E estive com quem mais gosto: a família e os amigos. Percebi que receber pessoas em casa é a melhor coisa do mundo mas é demasiado cansativo quando o fazemos a um domingo e principalmente, quando vivemos sozinhos. Valeu-me a ajuda dos meus queridos pais, incansáveis, principalmente da minha mãe, que tal qual uma fada do lar, ia adiantando a lavagem de loiças e a arrumação de pratos e copos. Ainda tenho a cozinha virada do avesso, mas já não vai custar tanto.
Quanto ao resto, houve boa-disposição, muita comida, conversa e um dia para mais tarde recordar.
Venham daí os 32 anos, que se esperam generosos e felizes.

E a todos vocês, mais de trinta pessoas que me desejaram os parabéns mesmo sem me conhecerem, só posso agradecer do fundo do coração: obrigada. :)

uma foto por dia #051

32!