Vozes megafónicas calam-se e relaxam dando lugar aos intérpretes de um desfecho que não previram e que os confunde. Apontam a ausência de liderança, o espírito mais ou menos caótico da manifestação. Surgem os rótulos, as caricaturas e os candidatos a cabeça. É uma chatice quando as ovelhas se movimentam, mas não o fazem em rebanho sob o comando de pastores. Obriga a ver para lá das instituições, além das ideologias políticas e protagonistas instalados, a ter em conta o público como ele é, não como julgam que é. Obriga à procura de soluções que não as mesmas do costume. Não é para qualquer um. Para muitos será sempre mais fácil derreter um dia de protesto no mundano. Não percebem, talvez, que o 12 de Março foi uma coisa verdadeiramente extraordinária.
Maria N.
in Segunda Língua
1 comentário:
foi mesmo extraordinário...
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