Junho parece que não acaba. Está quase, bem sei. Está quase e falta o quase. Não queria viver assim, agora, presa à ideia de fins de semana, de férias, de dias sem trabalho... mas este ano é quase inevitável. Não quero lamentar-me a toda a hora mas o tema é recorrente entre colegas de trabalho e as pessoas que me rodeiam vêem na minha cara o que sinto dentro do meu peito. Sou transparente e não consigo disfarçar, lamento. E tudo o que é injusto deixa-me assim, quase sem forças para nada.
Talvez me falte maturidade para encarar as coisas com outro ânimo, relativizar ou até não querer saber. Talvez precise de saber separar melhor as águas: o trabalho fica no trabalho e não vem para casa, mas é quase impossível fazê-lo. Talvez a solução seja apenas uma, a que faço todos os dias: dormir de consciência tranquila e agir com responsabilidade, mesmo sabendo que há coisas que nunca vão mudar ao nosso redor.
Para o ano há mais e os erros que aconteceram só devem servir para nos lembrarmos que a perfeição é impossível e que o melhor de nós próprios também é feito de pequenas falhas.