Quando iniciei o 1º ano com esta turma, escrevia no quadro com a letra manuscrita. Apesar de ouvir algumas vozes contra este tipo de letra - porque é difícil, porque não é aquela que lemos no dia-a-dia - continuo a achar que resulta melhor ensinar a ler e a escrever através dos dois tipos de letra aos quais vulgarmente chamamos de letra manuscrita e letra de imprensa.
Os alunos fazem a relação entre as letras e acabam por saber ler os diferentes tipos de letra que aparecem à sua volta. Quanto à escrita, eles alteram a letra quando assim o entenderem, acabando por torná-la mais pessoal. É o que está a acontecer agora. É quase como uma marco na transição do 1º ciclo para o 2º ciclo.
11 comentários:
Adoro o tema, e não imagino fazer a 1ª classe a aprender letra de imprensa :) E pois que fiquei uma criança muito traumatizada quando a minha querida professora da 3ª classe me deu uma negativa num teste ou composição só porque eu decidi alterar a minha letra (acho que devia ser uma mistura agradável de estilo manuscrito com imprensa), e a prof. achou que era muito feio :((( lol
olá! Como não sou professor, não posso falar do que não sei, mas essa tua ideia, é muito boa! No meu tempo, nunca aprendi essas diferenças. São novas técnicas de ensino? beijos e bom fim de semana!
Eu mudei o meu estilo de letra tantas vezes, mas tantas tantas...
Hoje em dia nunca consigo escrever da mesma forma. Até para fazer uma assinatura é uma trabalheira. Não faço duas iguais :)
:) e que bonito que é assistires a isso hã?
beijinho
Que giro.
No ensino francês, é a manuscrita sempre. O quadro negro já tem as linhas francesas (que chamamos Seyes) para 1ra e 2da classe. E como somos obrigados a usar essas linhas, só na universidade é que temos inteira liberdade :-D
eu gosto mais da manuscrita...
Aqui em Londres o meu filho Miguel, no 2.º ano só aprende a letra de imprensa, e em cadernos sem linhas, uma coisa nunca vista aí em Portugal (pelo menos por mim), e eu não devo ser muito bem vista, porque lhe desenho linhas para ele escrever minimamente direito, mas acho que ninguém se importa com isso, letra para cima ou para baixo o que interessa é escrever. Outra coisa completamente diferente, em vez do alfabeto, eles trabalham o som das letras, se por exemplo lhe mostrar o cartão do "n" ele não diz "éne" mas "ne ne ne", compreendes?
É giro assistir a métodos tão diferentes. Outra diferenças, o Miguel todos os dias tráz um livro para ler, e quando já o lê bem passa para outro, livros de pequenas histórias e de níveis sucessivamente superiores. Muito interessante. E claro, tudo sem se gastar um tostão.
(o comment de cima era meu, mas estava cheio de erros, peço desculpa)
Gosto das tuas letras.
P.
Mãe da malta: No primeiro ano também ensino a escrever em cadernos sem linhas, para que possam escrever naturalmente e sem grandes entraves. Há colegas minhas que só ensinam a escrever com letra de imprensa, eu prefiro a manuscrita, mas depois acabam por conseguir fazer o paralelo entre ambas. Depois, não uso manuais, ensino a ler através dos textos que eles dizem e criam. Começo pelos textos, depois "desço" às as frases, palavras, sílabas e só no fim é que falamos nas letras. É o chamado método global ou natural.
Qualquer dia faço um post sobre esta metodologia de trabalho.
Será que com 29 anos posso voltar à primária só para poder ser tua aluna?
Alexandra
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