terça-feira, 8 de junho de 2010

Choro



Parece que esta semana vamos ter disto.
:D

A chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808 foi a matriz deste género musical. Dois anos depois, um decreto manda estabelecer em cada regimento um corpo de música e a partir de 1814, espalha-se pelos quartéis o ensino e a prática de instrumentos mais atualizados, em substituição às antigas bandas de tocadores de charamelas, pífanos, trombetas, caixas e timbales.
Pode-se afirmar sem margem de dúvida que o choro é primo direito do fado, da morna e também do tango, pois partilha com estes, várias influências de raiz.
A reforma urbana, os instrumentos e as músicas estrangeiras, juntamente com a abolição do tráfico de escravos no Brasil em 1850, podem ser considerados uma “receita” para o surgimento do Choro, já que possibilitou a a emergência de uma nova classe social, a classe média, composta por funcionários públicos, instrumentistas de bandas militares e pequenos comerciantes, geralmente de origem negra, nos subúrbios do Rio de Janeiro. Essas pessoas, sem muito compromisso, passaram a formar conjuntos para tocar de “ouvido” essas músicas, que juntamente com alguns ritmos africanos já enraizados na cultura brasileira, como o batuque e o lundu, passaram a ser tocadas de maneira abrasileirada pelos músicos que foram então batizados de chorões.


in Lusitano Clube 

3 comentários:

Prezado disse...

Já estive para ir aí, mas está sempre tão cheio que não dá.

Maria disse...

Oh mulher tu desculpa lá, mas porque é que com tanta gente na sala está aí um homem com a mão na barriga a dançar sozinho?

:)

ana disse...

Sei lá! Ali dança todo o tipo de pessoas! ;)