Todos os anos faço uma lista mental do que gostaria de fazer/atingir no ano seguinte e no final desses anos não me lembro da maior parte das metas que tracei. Talvez por não serem realmente importantes, talvez porque eram demasiado ambiciosas ou talvez porque sou realmente esquecida nestas coisas...
Mas todos os anos digo a mim mesma que gostaria de ser sempre um bocadinho mais feliz do que fui. Será egoísmo desejar sempre mais felicidade? Será apenas um desejo ao qual me deixei habituar e a que recorro sempre como o objectivo último da minha vivência? E poderei eu considerar a felicidade como um objectivo?
Não sei, não sei mesmo responder a estas perguntas.
Mas apesar de alguma ilegitimidade que possa existir nestas questões, tenho sempre o direito e a liberdade de pensar que posso conseguir melhor e que as mudanças me poderão trazer sempre coisas boas, independentemente de tudo o resto que possa ser negativo.
Para além das mudanças a meio de ano e que me fizeram pensar que a minha vida tinha ficado virada do avesso, este mês surgiram outras. As primeiras, as mais antigas, foram avançando numa recta graduada e de um lugar negativo, passaram para um lugar positivo, evidenciando-se como uma coisa boa que me aconteceu. Depois, foi a mudança de local de trabalho. Algo que me fez ficar muito feliz e que se está a revelar como uma boa escolha e por fim, estas últimas mudanças, as mais frescas. Ainda não descobri o que me vão trazer, mas ao contrário das primeiras, estas foram pensadas, foram sujeitas a diversas discussões, foram alvo de algumas conversas e de diferentes pontos de vista. E quase que tiveram dia e hora marcada; bastaram sessenta minutos.
Agora e mais uma vez penso em mudanças, mas pela primeira vez, acho que não necessito delas. Desta vez não vou entrar no novo ano com pedidos especiais. Quero apenas a regular one, sem brindes, sem embrulhos bonitos que fazem brilhar os olhos, sem destinos traçados na minha rota mental, sem objectivos previamente definidos e reflectidos com antecipação.
Estarei menos exigente? Acho que não, acho que estou apenas mais consciente, menos sonhadora e mais racional.
I better sit back and go with the flow.
4 comentários:
É assim, com o passar dos anos tornamo-nos mais pragmáticos e mais racionais como dizes..o sonho e o sonhar vão-se esbatendo com o peso da realidade....
Qt à frase:
"I better sit back and go with the flow."...podia nem sequer estar linkada...que eu conheci-a a kilómetros...
Os meus Queen!:)
Jinhos
Sofia, deixa-te de tretas e sê feliz hoje!
E vida ensina-nos a deixar de exigir e a viver! Não considero egoísmo, e se alguma vez temos que ser egoístas, que seja na procura da nossa felicidade. Depois deste ano de desilusão penso como tu, aliás já o sabes, devemos ir vivendo cada dia, e sermos frontais connosco, só assim poderemos ser nós, e dar o melhor de nós aos outros. Não precisamos de uma vida para aprender a viver, mas demoramos uma vida até nos deixemos de lamentar*
É provável que estejas feliz neste momento, é provável ;)
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