Num dia de Novembro conhecemo-nos porque, por acaso, eu falei num outro blog de um café que ela conhecia. E foi lá que nos encontrámos. Palavra puxa palavra, descobrimos que tínhamos coisas boas em comum e outras menos boas... Sem darmos conta, foram as menos boas que nos aproximaram ainda mais e assim ficámos amigas. Isto foi há quatro anos, eu com vinte e seis anos, ela com vinte e quatro. Crescemos juntas, dançámos juntas, tricotámos juntas, bebemos caipiroskas até cair para o lado e desabafámos. Nem sempre concordámos com as opções de cada uma, zangámo-nos e ficámos tristes. Afastámo-nos. Cobrei uma amizade que não deveria ter cobrado mas um dia disse tudo e ela disse tudo e a reaproximação foi inevitável. As grandes amizades conseguem resistir a grandes tempestades.
Quando engravidou deu-me a notícia numa mistura de felicidade e pânico. Apesar de todas as contrariedades ela decidiu seguir em frente, sozinha, numa situação em que o pai da criança deveria estar ao lado dela. Mas nunca esteve e não estará.
Hoje a minha amiga foi mãe. Às seis e onze nascia de parto natural uma menina, com 3,120 kg. E o dia ficou ainda mais bonito. Bem-vinda sejas Leonor.
3 comentários:
Até arrepiei só de ler. Há coisas assim, gente que aparece do nada e fica, certo?
;)
"Afastámo-nos. Cobrei uma amizade que não deveria ter cobrado mas um dia disse tudo e ela disse tudo e a reaproximação foi inevitável. As grandes amizades conseguem resistir a grandes tempestades."
Compreendo tão bem esta frase.
E assusto-me.
Com o que vou lendo por aqui.
Tantas semelhanças...
a chorar, só consigo agradecer-te por tudo. por teres estado sempre lá, mesmo quando estivemos longe. obrigada, do fundo do coração.
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