[ela e ele]
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Um auto-presente
Nespresso? Ir comprar propositadamente café ao Chiado e ficar horas em filas? Não, obrigada.
Esta sim... vai ser a minha máquina de café [capuccino e chocolate quente!]
Esta sim... vai ser a minha máquina de café [capuccino e chocolate quente!]
Adenda ao post anterior
Não fazer é nada, implica poder fazer isto:
- sentar-me no sofá a ver filmes e séries, non stop.
- ler, até que me dê o sono.
- sentar-me no sofá a ver filmes e séries, non stop.
- ler, até que me dê o sono.
...
Chamem-lhe desmotivação, chamem-lhe o que quiserem... o que é certo é que não tenho vontade de fazer nada a não ser preparar e dar as minhas aulas.
[Podia ser pior. Eu sei.]
[Podia ser pior. Eu sei.]
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Ainda os rankings
Perante esta polémica dos rankings há uma questão muito importante a tocar: a forma como a avaliação externa se processa.
No ano passado, a escola onde dei aulas foi sujeita a uma avaliação externa rigorosa por parte de uma equipa da Inspecção geral de Educação. Foram ouvidos coordenadores de ano (onde estava incluida), conselho executivo, conselho pedagógico, professores sem cargos, auxiliares de acção educativa, pais e equipa de psicologia. Foi feita uma análise cuidadosa ao projecto curricular de escola, ao projecto educativo, ao plano anual de actividades bem como ao regulamento interno. Observaram o funcionamento da escola e foram às salas de aula. As entrevistas tiveram por base tudo todos os documentos analisados: as questões focaram-se sobretudo na dinâmica escolar e na aplicação e verificação dos objectivos e actividades descritos nos projectos apresentados.
Apontaram-nos algumas fragilidades, levantaram algumas questões pertinentes mas ficámos muito satisfeitos com a nota que recebemos em Junho e assumimos o compromisso de melhorar os aspectos mais fracos que nos foram indicados.
Tudo para dizer que a avaliação das escolas não se faz única e exclusivamente pelas notas que os alunos apresentam. Eu pergunto: será que as escolas privadas têm bons projectos educativos? Será que os pais têm conhecimento desses projectos educativos, dos seu objectivos, das suas linhas orientadoras? Que peso têm estes projectos na escolha de uma escola? Ou os pais só se seguem pelos rankings?
Se as escolas públicas são avaliadas pelos parâmetros que podemos encontrar aqui, porque não fazer o mesmo com as escolas privadas? Porquê dar importância a rankings criados a partir de avaliações internas tremendamente influenciadas pela avaliação externa?
Perante um sistema que faz vénia ao facto das escolas privadas não admitirem alunos com necessidades educativas especiais mas que elogia as escolas públicas de não os descriminar; perante um sistema que exige (e muito bem) planos curriculares alternativos para estas crianças mas que contraditoriamente permite que esses alunos com NEE entrem nestas provas e também nas provas de aferição (apesar de assumirem nos relatórios finais que tal não acontece), não é de admirar que os resultados sejam sempre estes e que as escolas públicas fiquem sempre longe dos lugares cimeiros.
E falam em equidade, validade e fiabilidade das avaliações e neste caso, da avaliação externa? Perante um sistema organizado desta forma, isso sim, ainda é uma utopia.
No ano passado, a escola onde dei aulas foi sujeita a uma avaliação externa rigorosa por parte de uma equipa da Inspecção geral de Educação. Foram ouvidos coordenadores de ano (onde estava incluida), conselho executivo, conselho pedagógico, professores sem cargos, auxiliares de acção educativa, pais e equipa de psicologia. Foi feita uma análise cuidadosa ao projecto curricular de escola, ao projecto educativo, ao plano anual de actividades bem como ao regulamento interno. Observaram o funcionamento da escola e foram às salas de aula. As entrevistas tiveram por base tudo todos os documentos analisados: as questões focaram-se sobretudo na dinâmica escolar e na aplicação e verificação dos objectivos e actividades descritos nos projectos apresentados.
Apontaram-nos algumas fragilidades, levantaram algumas questões pertinentes mas ficámos muito satisfeitos com a nota que recebemos em Junho e assumimos o compromisso de melhorar os aspectos mais fracos que nos foram indicados.
Tudo para dizer que a avaliação das escolas não se faz única e exclusivamente pelas notas que os alunos apresentam. Eu pergunto: será que as escolas privadas têm bons projectos educativos? Será que os pais têm conhecimento desses projectos educativos, dos seu objectivos, das suas linhas orientadoras? Que peso têm estes projectos na escolha de uma escola? Ou os pais só se seguem pelos rankings?
Se as escolas públicas são avaliadas pelos parâmetros que podemos encontrar aqui, porque não fazer o mesmo com as escolas privadas? Porquê dar importância a rankings criados a partir de avaliações internas tremendamente influenciadas pela avaliação externa?
Perante um sistema que faz vénia ao facto das escolas privadas não admitirem alunos com necessidades educativas especiais mas que elogia as escolas públicas de não os descriminar; perante um sistema que exige (e muito bem) planos curriculares alternativos para estas crianças mas que contraditoriamente permite que esses alunos com NEE entrem nestas provas e também nas provas de aferição (apesar de assumirem nos relatórios finais que tal não acontece), não é de admirar que os resultados sejam sempre estes e que as escolas públicas fiquem sempre longe dos lugares cimeiros.
E falam em equidade, validade e fiabilidade das avaliações e neste caso, da avaliação externa? Perante um sistema organizado desta forma, isso sim, ainda é uma utopia.
...
Em dias assim lembro-me sempre do poema que a professora Teresinha, de Língua Portuguesa, me deu a conhecer, andava eu no 9º ano de escolaridade. Foi a única professora que me fez chorar quando o ano lectivo chegou ao fim e só esteve connosco três meses... Assim se vê que não é o tempo que nos faz sentir mais próximos de quem quer que seja [pelo menos comigo].
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe uma paladar,
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Alberto Caeiro
in O Guardador de Rebanhos
Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe uma paladar,
Seria mais feliz um momento ...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva ...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja ...
Alberto Caeiro
in O Guardador de Rebanhos
domingo, 28 de outubro de 2007
sábado, 27 de outubro de 2007
Mudanças
Acabaram as castanhas assadas em cartuchos de papel de lista telefónica. Acabaram os velhos carrinhos, os assadores de barro e a sarapilheira que mantinha as castanhas quentes.
Agora temos carrinhos de inox e sacos de papel castanho com reservatório para as cascas. Tudo em nome da saúde pública.
A tradição já não é o que era. E nestes casos, tenho muita pena.
Agora temos carrinhos de inox e sacos de papel castanho com reservatório para as cascas. Tudo em nome da saúde pública.
A tradição já não é o que era. E nestes casos, tenho muita pena.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Life goes on
É engraçado como algumas pessoas deixam de fazer qualquer sentido com o passar dos tempos. É engraçado e não tem qualquer tipo de piada... Pessoas que antes eram próximas, deixam de o ser porque simplesmente não nos identificamos mais com a sua forma de estar, de viver e de sentir o dia-a-dia. Tornam-se estranhas, não nos reconhecemos nas suas palavras, nos seus gestos e atitudes. Não nos sentimos cativados, ficamos desprendidos e aos poucos, inconscientemente ou não, vamos quebrando o elo de ligação.
O problema surge quando em vez de sentirmos isso como uma complicação, sentimos essas rupturas como um grande alívio e descobrimos que andámos cegas durante muito tempo. Aí percebemos que, provavelmente, o grande problema está em nós e não nos outros.
O problema surge quando em vez de sentirmos isso como uma complicação, sentimos essas rupturas como um grande alívio e descobrimos que andámos cegas durante muito tempo. Aí percebemos que, provavelmente, o grande problema está em nós e não nos outros.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
domingo, 21 de outubro de 2007
Sem título
Caramba... anda tudo mesmo virado do avesso!
Posto isto, decidi hoje mesmo que não vou pedir quaisquer desejos no fim-de-ano. Sim, é isso mesmo. Deixei de ser supersticiosa a partir do momento em que pedi três míseros desejos e nenhum deles se realizou.
E pronto, vou ser teimosa e este ano não vou pedir nada. Nada! O que vier de bom, será bem-vindo. E tenho dito!
[E quando chegar o dia, espero lembrar-me do que aqui escrevi e não cair nos clichés do costume. Saúde e felicidade é algo que queremos sempre, não precisa de ser pedido em altura específicas]
Posto isto, decidi hoje mesmo que não vou pedir quaisquer desejos no fim-de-ano. Sim, é isso mesmo. Deixei de ser supersticiosa a partir do momento em que pedi três míseros desejos e nenhum deles se realizou.
E pronto, vou ser teimosa e este ano não vou pedir nada. Nada! O que vier de bom, será bem-vindo. E tenho dito!
[E quando chegar o dia, espero lembrar-me do que aqui escrevi e não cair nos clichés do costume. Saúde e felicidade é algo que queremos sempre, não precisa de ser pedido em altura específicas]
sábado, 20 de outubro de 2007
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Luxos?
Luxo é ter o almoço acabadinho de fazer e entregue na escola, todos os dias às 12:30, por dois euros e catorze cêntimos.
[Não, não é de um catering. É mesmo de um pequeno restaurante ali da zona]
[Não, não é de um catering. É mesmo de um pequeno restaurante ali da zona]
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6:30 AM
Abrir a janela, sentir o cheiro do Verão [só faltava o som das andorinhas] e ficar com uma sensação de desalento.
Preferia sentir as estações mais certas.
Abrir a janela, sentir o cheiro do Verão [só faltava o som das andorinhas] e ficar com uma sensação de desalento.
Preferia sentir as estações mais certas.
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
Por certas coisas ainda vale a pena esperar
Depois de uma longa conversa com o gerente do banco e de uma espera de quase um mês... baixaram-me o spread do meu crédito à habitação!
[Ó pra mim toda contente!]
[Ó pra mim toda contente!]
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"Devemos chamar as coisas pelos nomes. Se não nos atrevermos a isso na vida de todos os dias, podemos fazê-lo nas histórias."
Hans Christian Andersen
Hans Christian Andersen
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Comecei a usar outro perfume. Ainda não me reconheci; enquanto não deixar de lhe sentir o cheiro, pareço outra pessoa.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Combater na selva sem saber porquê
O meu pai contou-me hoje ao jantar que no dia em que foram avisar à escola que os primeiros jovens da aldeia tinham ido para a guerra, sentiu um aperto no peito e pensou "Será que eu, quando for grande também vou?" Foi. E voltou. Tinha vinte e um anos; era um miúdo.
[Se há coisas que me emocionam, esta é uma delas. Saber do sofrimento do meu pai durante dois anos em Moçambique, sabê-lo a sonhar quase todas as noites com a guerra, deixa-me transtornada]
Já era tempo de existir uma série assim.
Não vi na totalidade o primeiro episódio, mas não vou perder os restantes.
[Se há coisas que me emocionam, esta é uma delas. Saber do sofrimento do meu pai durante dois anos em Moçambique, sabê-lo a sonhar quase todas as noites com a guerra, deixa-me transtornada]
Já era tempo de existir uma série assim.
Não vi na totalidade o primeiro episódio, mas não vou perder os restantes.
A minha vida dava uma peça de teatro
Ora bem... fui ali espreitar o que a minha carta astral me reservava para hoje e não é que deparo com isto?
Válido durante várias semanas : Neste período, você se sentirá no auge da liberdade para se expressar e ser você mesma. Seu impulso primordial será no sentido de fazer o que quer e, tanto quanto possível, estabelecer suas próprias prioridades. Apesar de não ter nenhum interesse particular em dominar ninguém, será capaz disso agora, pois fará qualquer coisa para impedir que a afastem daquilo que deseja conseguir. Sua atitude em relação a seus relacionamentos estará muito mais leve agora, como se você os visse como um palco para suas representações. Assim, dará uma preferência maior que a habitual aos relacionamentos que lhe tragam divertimentos. Esta é a hora de ser quem você é, mas também é tempo de se consciencializar quanto a quem você é. Uma coisa é ser você mesma, e outra é se conhecer. Este período poderá ser aproveitado para fazer ambas.
Já percebi que vou ter muita alegria e diversão... e durante várias semanas, atenção! Só falta saber agora quem são os actores!
Válido durante várias semanas : Neste período, você se sentirá no auge da liberdade para se expressar e ser você mesma. Seu impulso primordial será no sentido de fazer o que quer e, tanto quanto possível, estabelecer suas próprias prioridades. Apesar de não ter nenhum interesse particular em dominar ninguém, será capaz disso agora, pois fará qualquer coisa para impedir que a afastem daquilo que deseja conseguir. Sua atitude em relação a seus relacionamentos estará muito mais leve agora, como se você os visse como um palco para suas representações. Assim, dará uma preferência maior que a habitual aos relacionamentos que lhe tragam divertimentos. Esta é a hora de ser quem você é, mas também é tempo de se consciencializar quanto a quem você é. Uma coisa é ser você mesma, e outra é se conhecer. Este período poderá ser aproveitado para fazer ambas.
Já percebi que vou ter muita alegria e diversão... e durante várias semanas, atenção! Só falta saber agora quem são os actores!
Ponto de situação - parte 6
A parte mais engraçada é quando temos um problema assim... mas ao contrário.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
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[Depois de algumas leituras]
Mas onde é que estava eu com a cabeça para me ter permitido a certas coisas???
Mas onde é que estava eu com a cabeça para me ter permitido a certas coisas???
domingo, 14 de outubro de 2007
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O domingo nunca mais acaba. Preciso urgentemente de mais uma semana de trabalho.
Esquisito, não é?
Esquisito, não é?
sábado, 13 de outubro de 2007
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
...
Os primeiros três dias foram muito bons e muito cansativos. Hoje é noite de não fazer absolutamente nada em casa [ e desconfio que tenho uma constipação a bater-me à porta...]
Bom fim-de-semana!
Bom fim-de-semana!
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
...
Tenho meninos e meninas mais crescidos. Não se esqueceram das rotinas do ano passado e quiseram começar logo por aí: quem distribui os cadernos, os livros, quem marca as presenças e as faltas. Escrevem o plano do dia mais depressa, têm a letra mais bonita, estão altos e com o olhar mais atento.
Ofereceram-me uns abraços cheios de saudade e surpreenderam-me com a força com que me apertaram. Estão cheios de vontade de trabalhar, sinto-os felizes... nos olhares, nos gestos, na forma como falam. Adoram a escola nova e fazem desenhos, muitos desenhos da porta verde da sala com aquela grande janela circular. Gosto tanto destes meninos e ao mesmo tempo tenho medo desta afeição que criei e que vai crescendo, quase sem eu notar.
Depois de estar tanto tempo sem dar aulas, depois de uma longa espera, ontem, o primeiro dia de aulas, foi muito bom. Se tinha alguma dúvida em outros tempos, agora, tudo isso de dissipou. É certo que a escola nova é uma motivação, as caras novas no corpo docente também ajudam e a vontade em fazer daquela escola um lugar especial, é mais que muita e está presente em todos nós. Continuo a dizer que sou uma utópica. Sonho, idealizo, crio cenários quase perfeitos, vejo possibilidades futuras onde mais ninguém vê, mas o ensino também se faz disso mesmo, de sonhos, de ideias quase impossíveis. Se não for assim, acho que nunca chegaremos mais além porque nos limitamos a ficar pelo agora, pela possibilidade do presente e de "mais do mesmo" está o mundo cheio e a escola também.
Qualquer dia estou aqui a escrever que ando cansada, que preciso de férias, que me sinto desgastada mas, no fundo, isso é apenas a face visível, inconstante, de um sentimento mais profundo, que não se faz desaparecer assim devido a dias menos bons. Talvez me chamem de inconstante ou instável, talvez digam que balanço frequentemente, que nem sempre sei o que quero. Mas sei. Gosto muito de ensinar mas também gosto muito de outras coisas e não ponho de parte a ideia que a minha vida, um dia, poderá seguir um rumo diferente da educação. No entanto, talvez só agora comece a ter mais certeza que ser professora é mesmo a minha profissão de vida. E isso é muito bom.
Ofereceram-me uns abraços cheios de saudade e surpreenderam-me com a força com que me apertaram. Estão cheios de vontade de trabalhar, sinto-os felizes... nos olhares, nos gestos, na forma como falam. Adoram a escola nova e fazem desenhos, muitos desenhos da porta verde da sala com aquela grande janela circular. Gosto tanto destes meninos e ao mesmo tempo tenho medo desta afeição que criei e que vai crescendo, quase sem eu notar.
Depois de estar tanto tempo sem dar aulas, depois de uma longa espera, ontem, o primeiro dia de aulas, foi muito bom. Se tinha alguma dúvida em outros tempos, agora, tudo isso de dissipou. É certo que a escola nova é uma motivação, as caras novas no corpo docente também ajudam e a vontade em fazer daquela escola um lugar especial, é mais que muita e está presente em todos nós. Continuo a dizer que sou uma utópica. Sonho, idealizo, crio cenários quase perfeitos, vejo possibilidades futuras onde mais ninguém vê, mas o ensino também se faz disso mesmo, de sonhos, de ideias quase impossíveis. Se não for assim, acho que nunca chegaremos mais além porque nos limitamos a ficar pelo agora, pela possibilidade do presente e de "mais do mesmo" está o mundo cheio e a escola também.
Qualquer dia estou aqui a escrever que ando cansada, que preciso de férias, que me sinto desgastada mas, no fundo, isso é apenas a face visível, inconstante, de um sentimento mais profundo, que não se faz desaparecer assim devido a dias menos bons. Talvez me chamem de inconstante ou instável, talvez digam que balanço frequentemente, que nem sempre sei o que quero. Mas sei. Gosto muito de ensinar mas também gosto muito de outras coisas e não ponho de parte a ideia que a minha vida, um dia, poderá seguir um rumo diferente da educação. No entanto, talvez só agora comece a ter mais certeza que ser professora é mesmo a minha profissão de vida. E isso é muito bom.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
terça-feira, 9 de outubro de 2007
...
Talvez seja preciso parar. Estes dias têm sido de arrepios, apertos no peito, vontades indeléveis que acabam por se fazer esquecer no tempo, nos minutos de um dia inteiro. Por vezes fico sem perceber mesmo o que se chama a isto: uma sensação estranha de subir por aí acima, tentando agarrar uma oportunidade que já se vislumbrou mais próxima. Não falo, não conto. Não tento sequer traduzir-me em imagens. Não voltarei a olhar assim para trás. Há quem não se mereça mais em pensamento.
Are you ready?
Tudo indica que é amanhã.
[E não me lembro de viver tão ansiosamente um começo de aulas, nem de me sentir tão cansada nesta altura.]
[E não me lembro de viver tão ansiosamente um começo de aulas, nem de me sentir tão cansada nesta altura.]
...
Estou aqui a segurar-me para não ir fazer uma torrada (ou duas) com doce de tomate feito pela minha avó [sim, porque o doce de tomate da minha avó é muito melhor que qualquer outro doce que eu possa provar... ]
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
domingo, 7 de outubro de 2007
Com carta, sem carro
É isto. Ou mais ou menos.
Talvez seja pior visto que não tenho condições económicas para suportar viagens de táxi, mas ainda me surpreende a quantidade de pessoas que me pergunta como consigo viver eu sem carro. É muito simples: nunca o tive e não o terei tão cedo, apesar de ter carta há dez anos. Uma pessoa habitua-se a fazer quase tudo em função dos transportes públicos. É aborrecido, obviamente. Limita algumas deslocações, umas vezes sentimo-nos dependentes de outros, mas acho que nunca deixei de fazer nada apenas pelo facto de não ter carro. Habituei-me, tal como todas as outras pessoas estão habituadas a terem um meio de transporte próprio. Habituei-me ao contrário e não sou menos feliz por isso.
Sinceramente, às vezes acho que nunca terei carro. Não gosto de conduzir apesar de não ter tido qualquer dificuldade em tirar a carta, mas é algo que não me seduz. Um dia, quem sabe. Quando houver mais predisposição e sobretudo, mais possibilidade para tal.
Talvez seja pior visto que não tenho condições económicas para suportar viagens de táxi, mas ainda me surpreende a quantidade de pessoas que me pergunta como consigo viver eu sem carro. É muito simples: nunca o tive e não o terei tão cedo, apesar de ter carta há dez anos. Uma pessoa habitua-se a fazer quase tudo em função dos transportes públicos. É aborrecido, obviamente. Limita algumas deslocações, umas vezes sentimo-nos dependentes de outros, mas acho que nunca deixei de fazer nada apenas pelo facto de não ter carro. Habituei-me, tal como todas as outras pessoas estão habituadas a terem um meio de transporte próprio. Habituei-me ao contrário e não sou menos feliz por isso.
Sinceramente, às vezes acho que nunca terei carro. Não gosto de conduzir apesar de não ter tido qualquer dificuldade em tirar a carta, mas é algo que não me seduz. Um dia, quem sabe. Quando houver mais predisposição e sobretudo, mais possibilidade para tal.
Coisas assim
Ontem na rua, uma criança com 5/6 anos:
" Hum... cheira a castanhas. Mãe, sempre é comigo que vais comprar as primeiras castanhas do Outono?"
Sorri e pensei cá para mim que também tenho de fazer o mesmo. As primeiras castanhas do Outono, compradas ao fim do dia, enquanto chegamos a casa, são sempre as melhores.
" Hum... cheira a castanhas. Mãe, sempre é comigo que vais comprar as primeiras castanhas do Outono?"
Sorri e pensei cá para mim que também tenho de fazer o mesmo. As primeiras castanhas do Outono, compradas ao fim do dia, enquanto chegamos a casa, são sempre as melhores.
sábado, 6 de outubro de 2007
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Ponto de situação - parte 5
[E depois da tese lida pelo meu orientador, depois de mais uma reunião... a conclusão foi mais ou menos esta...]
Resta-me o fim-de-semana para melhorar e desenvolver o que falta.
Resta-me o fim-de-semana para melhorar e desenvolver o que falta.
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
[a amizade tem destas coisas]
Às vezes precisamos de nos zangar para descobrir quanto gostamos de certas pessoas. Um gostar assim, que se faz perto mesmo estando longe.
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Enfim... tempo para a melhor juventude
[Este fim-de-semana foi assim]
Chuva lá fora , chá e torradas em casa, a manta em cima das pernas no sofá e metade deste filme no dvd.
O resto logo se vê [no próximo fim-de-semana, claro].
Chuva lá fora , chá e torradas em casa, a manta em cima das pernas no sofá e metade deste filme no dvd.
O resto logo se vê [no próximo fim-de-semana, claro].
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