Das poucas vezes que saí de Portugal não foi em férias ou algo parecido mas sim para participar em festivais de ginástica que nos mantinham o tempo todo enfiadas em ginásios, estádios ou complexos desportivos mais ou menos iguais aos nossos, em Portugal. Não havia tempo para passeios ou visitas demoradas a cidades. De Amsterdão tenho uma boa memória dos canais, das bicicletas e da arquitectura da cidade. Como a mais nova e ingénua do grupo, andava ali a apanhar as piadas no ar sobre o Red -Light District e as Coffe-shops e acho que só mais tarde percebi ao que se referiam. De Chamonix apenas me recordo do Monte Branco e de lojas de recordações onde existiam umas vaquinhas irritantes. De Estugarda, não me recordo de quase nada, apenas do único restaurante português onde fomos durante uma noite e que nos serviu uma refeição que compensou os quinze dias a comer salsichas e outro tipo de comida que não faço gosto em relembrar. Lembro-me também que em Bürstadt, na Alemanha, só havia água com gás mesmo às refeições, o que para mim foi um sacrifício ao início mas que no fim se tornou compensador porque acabei por gostar deste tipo de bebida. O único local que me ficou no coração foi Como, em Itália. É uma zona lindíssima que gostaria de visitar novamente. Tinha quinze anos e apesar de já dar alguma atenção ao que me rodeava, hoje tenho pena de não ter sido mais atenta.
Tudo isto para dizer que por vezes, fico de certa forma triste por saber que agora não tenho a possibilidade de visitar certos países e locais como a Patagónia, os Andes ou fazer uma viagem enorme por toda a América do Norte. Ou ir à Índia e à Nova Zelândia e até fazer o Expresso do Oriente ou então conhecer todos (ou quase todos) os países da Europa (principalmente os países do norte).
Mas a vida dá muitas voltas e nunca se sabe...
3 comentários:
Com este teu texto tão despretensioso e singelo, faço votos sinceros que tenhas doravante todas as oportunidades de viajar para todos os destinos que enunciaste. Não sei se és muito ou pouco cosmopolita, mas se ficares no entremeio, aconselho-te vivamente a Argentina e o (pouco falado) maravilhoso Chile.
As possibilidades somos nós quem as construimos. Vais ver que também conseguirás as tuas, é só querer!
Calíope, não é bem só querer. Há certas variáveis que não o permitem, mesmo que se queira muito.
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