uma foto por dia #237

Digamos que ando assim, alheada ou anti-social, como queiram. Raras são as pessoas que me têm tirado de casa e só saio sozinha por uma razão realmente importante. 
As arrumações têm sido o ponto alto dos meus dias e encher não um, nem dois, nem três, mas sim quatro grandes sacos de roupa foi o meu grande feito esta última semana. Queria ter pintado algumas paredes mas faltou-me a vontade ou melhor, deu-me a preguiça, um dos grandes defeitos aqui da minha pessoa.
Não leio a maior parte dos blogues, não escrevo muito porque não me apetece. Vou lendo, vendo filmes e dormindo algumas sestas, um feito incrível para a minha pessoa pois nunca antes o tinha conseguido fazer com tanta assiduidade. Calculo que seja da idade.
O gato vai fazendo das suas - ultimamente descobriu que o roupeiro era o seu spot favorito e mal apanha a porta aberta, instala-se por ali, em cima de um dos cobertores. Já deitou a gaiola do canário ao chão e entretantou lembrou-se que subir para a bancada da cozinha pode ser giro, principalmente se me esqueço dos copinhos de iogurte lá em cima. Apesar de tudo, nunca me acorda de manhã e espera que eu me levante até começar a miar. De noite, lá pelas dez, dá-lhe a fúria da brincadeira e é um corropio pela casa inteira. Morde-me os braços e as mãos e adora enfiar-se numa caixa que sobrou das arrumações do escritório. Fica assim, a olhar. Ou dorme. Uma vida santa, diria.

O Verão ainda não se despediu de mim mas eu já me despedi dele. Estas férias foram o que puderam ser, sem lamentos ou queixas. Para o ano há mais.