Há momentos em que páro. O tempo deixa de existir e sinto-me como num filme; o plano a fechar-se devagar, a imagem a aproximar-se e eu, focada no que penso, no que vejo.
Hoje foi assim lá a escola... Enquanto eles dançavam vi aquilo que posso considerar como o mais próximo da felicidade. Ausentei-me e observei-os simplesmente; irradiavam alegria. Surpreenderam-me. Foi o momento do dia; o meu e o deles, espero.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
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O dia começou com um café bebido a muito custo para acordar. Quem me conhece sabe que tenho de estar num estado lastimável para beber café. Detesto-o.
O cansaço é grande e eu tive a brilhante ideia de amanhã dar uma aula de dança. Mas o prometido é devido... falta escolher as músicas. Vamos ver como corre... interessa-me sobretudo que sintam o ritmo e coordenem os movimentos que fazem.
[E agora vou descansar que o dia de hoje custou a passar]
O cansaço é grande e eu tive a brilhante ideia de amanhã dar uma aula de dança. Mas o prometido é devido... falta escolher as músicas. Vamos ver como corre... interessa-me sobretudo que sintam o ritmo e coordenem os movimentos que fazem.
[E agora vou descansar que o dia de hoje custou a passar]
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
uma foto por dia 200#
Sexta-feira fui avisada por email que o filme vinha a caminho. Hoje já estava à minha espera na caixa do correio.
Um clube de vídeo online; 17 000 dvd's disponíveis. Cómodo, rápido, eficaz.
domingo, 27 de janeiro de 2008
Às vezes dá-me para pensar em coisas estranhas ou nem tanto...
É curioso. A 34 dias dos 31 anos [sim, acho que estou em contagem decrescente] ainda dou por mim a pensar Um dia, quando for grande quero...
Será isto um sintoma de uma mentalidade demasiado jovem ou estarei eu a enganar-me a mim própria julgando que assim os anos demoram mais tempo a passar?
Um dia. Por estas duas palavras começam muitas histórias infantis, começam as fantasias de todos nós, começa um mundo maravilhoso, imaginado à medida da nossa personalidade e dos nossos sonhos. E agora que penso e escrevo ao mesmo tempo digo que talvez seja isso, talvez não passe do prenúncio dos meus sonhos dito de uma forma mais ligeira e infantil.
Um dia, talvez deixe de dizer um dia, quando for grande... E nesse dia tenho a certeza que terei perdido todos os meus sonhos e serei muito menos feliz.
Será isto um sintoma de uma mentalidade demasiado jovem ou estarei eu a enganar-me a mim própria julgando que assim os anos demoram mais tempo a passar?
Um dia. Por estas duas palavras começam muitas histórias infantis, começam as fantasias de todos nós, começa um mundo maravilhoso, imaginado à medida da nossa personalidade e dos nossos sonhos. E agora que penso e escrevo ao mesmo tempo digo que talvez seja isso, talvez não passe do prenúncio dos meus sonhos dito de uma forma mais ligeira e infantil.
Um dia, talvez deixe de dizer um dia, quando for grande... E nesse dia tenho a certeza que terei perdido todos os meus sonhos e serei muito menos feliz.
sábado, 26 de janeiro de 2008
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Agora lembro-me que a primeira coisa que pensei quando saí ontem de manhã para o trabalho foi "Já cheira a Primavera".
É um bom pensamento para começar o dia.
[Só não sei porque me lembrei disto agora...]
É um bom pensamento para começar o dia.
[Só não sei porque me lembrei disto agora...]
da decisão
Não aceitei. Durante 5 anos seguidos tive professoras estagiárias na minha sala de aula, portanto, não iria ser uma novidade para mim.
Depois de muito pensar, depois de conversar com alguns colegas, depois de ponderar todas as vantagens e desvantagens cheguei à conclusão que a turma não iria ser beneficiada este ano com mais três professoras na sala de aula durante 8 semanas. É uma ajuda a menos para mim, eu sei. Mas não iria ser um desafio, iria ser mais uma preocupação acrescida a tudo o resto. Talvez para o ano.
Depois de muito pensar, depois de conversar com alguns colegas, depois de ponderar todas as vantagens e desvantagens cheguei à conclusão que a turma não iria ser beneficiada este ano com mais três professoras na sala de aula durante 8 semanas. É uma ajuda a menos para mim, eu sei. Mas não iria ser um desafio, iria ser mais uma preocupação acrescida a tudo o resto. Talvez para o ano.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
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Fizeram-me um convite.
Devo aceitar professoras estagiárias na minha sala de aula, este ano lectivo?
[Eis a questão que paira na minha cabeça desde hoje à tarde...]
Devo aceitar professoras estagiárias na minha sala de aula, este ano lectivo?
[Eis a questão que paira na minha cabeça desde hoje à tarde...]
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Ultimamente penso muito nisto, a situação tornou-se deveras preocupante por aqui.
Viver sozinha custa. Custa pela solidão que às vezes se instala mas ultimamente custa mais pelo resto: é o empréstimo da casa, os seguros, o PPR, a luz, a água, o gás, o supermercado, a internet, o telemóvel e o resto, as pequenas coisas que não contamos gastar todos os meses mas que aparecem sempre. E não tenho carro.
É impossível fazer viagens ao estrangeiro, é impossível comprar o que quero, quando quero. É impossível ter pequenos grandes luxos. Esperar é a palavra de ordem, esperar e juntar.
Não sou forreta, não me agarro ao dinheiro com unhas e dentes mas acabo por me ver forçada a pensar mais de três vezes antes de fazer qualquer compra. Estabeleço prioridades, meço os prós e contras, procuro o mais barato e isto torna-se cansativo, revolta-me, aborrece-me. Faz-me pensar que não valeu a pena o curso, a pós-graduação, aquelas horas a mais que fiz todas as semanas, na escola.
Viver sozinha custa, ter um mau ordenado custa, mas o que me custa mais ainda é gerir tudo isto, todos os meses.
Viver sozinha custa. Custa pela solidão que às vezes se instala mas ultimamente custa mais pelo resto: é o empréstimo da casa, os seguros, o PPR, a luz, a água, o gás, o supermercado, a internet, o telemóvel e o resto, as pequenas coisas que não contamos gastar todos os meses mas que aparecem sempre. E não tenho carro.
É impossível fazer viagens ao estrangeiro, é impossível comprar o que quero, quando quero. É impossível ter pequenos grandes luxos. Esperar é a palavra de ordem, esperar e juntar.
Não sou forreta, não me agarro ao dinheiro com unhas e dentes mas acabo por me ver forçada a pensar mais de três vezes antes de fazer qualquer compra. Estabeleço prioridades, meço os prós e contras, procuro o mais barato e isto torna-se cansativo, revolta-me, aborrece-me. Faz-me pensar que não valeu a pena o curso, a pós-graduação, aquelas horas a mais que fiz todas as semanas, na escola.
Viver sozinha custa, ter um mau ordenado custa, mas o que me custa mais ainda é gerir tudo isto, todos os meses.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
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Dizem que os filmes deste ano nomeados para os Óscares são dramáticos, tristes e sem finais felizes. Não me importo e até acho que gosto mais deles assim. Já prometi a mim própria que os quero ver todos e sábado começo por este. Sozinha, numa dessas sessões à tarde, quando a sala está mais vazia.
uma foto por dia 195#
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
No Carnaval, ninguém leva a mal
E este ano vou mesmo mascarar-me para o desfile lá na escola... eu... que nunca gostei muito do Carnaval.
[mas confesso que até estou entusiasmada com a ideia ;) ]
[mas confesso que até estou entusiasmada com a ideia ;) ]
domingo, 20 de janeiro de 2008
Adegga
A ideia é genial: um site onde podemos partilhar os vinhos que vamos provando, onde os possamos recomendar alguns ou todos, onde podemos fazer uma pesquisa sobre o local ou locais onde determinado vinho se vende, onde podemos consultar opiniões de quem já provou aquele vinho. É quase como se fosse um winecrossing, só não podemos deixar os vinhos por aí, etiquetados, como se faz com os livros.
Resta-nos pesquisar o Adegga, registarmo-nos e deixarmo-nos levar por este mundo tão vasto e tão complexo dos vinhos.
E se antes o registo de novos membros era feito exclusivamente por convite, a partir de hoje há livre acesso a qualquer pessoa.
Thim-tchim!
Resta-nos pesquisar o Adegga, registarmo-nos e deixarmo-nos levar por este mundo tão vasto e tão complexo dos vinhos.
E se antes o registo de novos membros era feito exclusivamente por convite, a partir de hoje há livre acesso a qualquer pessoa.
Thim-tchim!
"Conta-me como foi"
Há coisas de que gosto muito e esta série é uma delas. Uma série que retrata o dia-a-dia de uma família de classe média-baixa dos anos 60, onde é possível acompanhar a evolução económica, política e social do país e do mundo. Vivem-se os tabus de uma época tão diferente da actual, retratam-se modas, formas de pensar, medos, as ambições da mulher, o papel do homem, os entusiasmos das tecnologias que iam aparecendo, as brincadeiras das crianças e uma escola muito diferente daquele que existe na actualidade.
O cinema, a rádio, os programas de televisão, a publicidade da época, as revistas e jornais, os naperons em cima da televisão com os respectivos bibelots, os autocolantes colados nas paredes da casa de banho e até os tachos usados para fazer a comida - nada foi deixado ao acaso. Além disso, todos os actores têm um desempenho exemplar e os diálogos são excelentes.
No meio de tudo isto, só tenho pena que seja uma série que passe despercebida, principalmente aos jovens.
P.S. - Hoje há mais um episódio, às 22:40.
O cinema, a rádio, os programas de televisão, a publicidade da época, as revistas e jornais, os naperons em cima da televisão com os respectivos bibelots, os autocolantes colados nas paredes da casa de banho e até os tachos usados para fazer a comida - nada foi deixado ao acaso. Além disso, todos os actores têm um desempenho exemplar e os diálogos são excelentes.
No meio de tudo isto, só tenho pena que seja uma série que passe despercebida, principalmente aos jovens.
P.S. - Hoje há mais um episódio, às 22:40.
sábado, 19 de janeiro de 2008
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Em resposta a um comentário do post anterior
Se tivesse outro emprego, que emprego teria?
Fácil. Seria fotógrafa. Uma fotógrafa desempregada, claro. :)
Fácil. Seria fotógrafa. Uma fotógrafa desempregada, claro. :)
?
Se tivesse outro emprego, provavelmente estaria a procurar algo noutro canto do país. Se tivesse outro emprego, talvez pedisse transferência para o Porto ou então para o Algarve... melhor... para Braga.
Quando sentimos que apesar de amarmos a nossa cidade, ela não tem mais nada para nos dar, o que fazemos?
Quando sentimos que apesar de amarmos a nossa cidade, ela não tem mais nada para nos dar, o que fazemos?
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
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Dias cansativos, dias bons, dias produtivos, dias rápidos. Foram assim, estes últimos dias. Quase sem dar conta amanhã já é dia 18, sexta-feira e vamos a meio do mês de Janeiro. E daqui nada é Carnaval e mais um mês e chega o dia dos meus 31 anos.
Bolas... 31... [o que me vale é que gosto sempre do meu dia de anos..]
Adiante.
É hora de ir ali passar a administração do condomínio do meu prédio à vizinha de baixo. Detestei ser administradora mas acabei por aprender algumas questões importantes sobre a gestão de condomínios. Confesso que é um alívio ter chegado este dia...
Volto logo.
Bolas... 31... [o que me vale é que gosto sempre do meu dia de anos..]
Adiante.
É hora de ir ali passar a administração do condomínio do meu prédio à vizinha de baixo. Detestei ser administradora mas acabei por aprender algumas questões importantes sobre a gestão de condomínios. Confesso que é um alívio ter chegado este dia...
Volto logo.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
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Hoje, enquanto pedia exemplos de nomes colectivos, o C. diz assim:
- Nevoeiro!
- Nevoeiro, um nome colectivo C.?? Tens a certeza? - perguntei-lhe eu.
- Sim, nevoeiro! Um conjunto de nuvens!
[A gargalhada foi geral]
[... e depois expliquei o que era o nevoeiro...]
- Nevoeiro!
- Nevoeiro, um nome colectivo C.?? Tens a certeza? - perguntei-lhe eu.
- Sim, nevoeiro! Um conjunto de nuvens!
[A gargalhada foi geral]
[... e depois expliquei o que era o nevoeiro...]
domingo, 13 de janeiro de 2008
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E pronto.. mais um domingo passado. Acorda-se tarde, almoça-se em casa dos pais (e que bem me soube o bacalhau com grão), fazem-se algumas compras no supermercado, preparam-se as aulas da semana que vem, verifica-se a planificação e acertam-se os últimos pormenores de uma semana que se prevê árdua em trabalho para os meus meninos.
Gosto muito de dar aulas ao 3º ano. As crianças são suficientemente autónomas para começar a trabalhar através de outras estratégias, a linguagem começa a ser mais próxima da linguagem adulta (mais e melhor vocabulário, frases mais complexas, textos mais elaborados) e apresentam mais maturidade e responsabilidade nas suas acções. Mas depois, há o reverso da medalha: os conteúdos a dar são muito extensos em todas as áreas e é impossível não passar uma semana sem apresentar matéria nova. Por vezes, os alunos começam a dar sinais de cansaço e alguma confusão. Aqui, é essencial que sejamos metódicos e organizados, pacientes e assertivos; exigentes e compreensivos. Consolidar os conteúdos é fundamental, principalmente antes de se passar a algo novo
Agora juntem a tudo isto quase um mês a menos de aulas e conseguem vislumbrar um bocadinho da preocupação que vai na minha cabeça.
[É nestas alturas que penso na sorte que tenho em ficar com estes alunos para o próximo (e ultimo) ano lectivo]
Gosto muito de dar aulas ao 3º ano. As crianças são suficientemente autónomas para começar a trabalhar através de outras estratégias, a linguagem começa a ser mais próxima da linguagem adulta (mais e melhor vocabulário, frases mais complexas, textos mais elaborados) e apresentam mais maturidade e responsabilidade nas suas acções. Mas depois, há o reverso da medalha: os conteúdos a dar são muito extensos em todas as áreas e é impossível não passar uma semana sem apresentar matéria nova. Por vezes, os alunos começam a dar sinais de cansaço e alguma confusão. Aqui, é essencial que sejamos metódicos e organizados, pacientes e assertivos; exigentes e compreensivos. Consolidar os conteúdos é fundamental, principalmente antes de se passar a algo novo
Agora juntem a tudo isto quase um mês a menos de aulas e conseguem vislumbrar um bocadinho da preocupação que vai na minha cabeça.
[É nestas alturas que penso na sorte que tenho em ficar com estes alunos para o próximo (e ultimo) ano lectivo]
sábado, 12 de janeiro de 2008
Agenda, procura-se
É dia 12 e ainda não tenho a minha agenda deste ano. Gosto delas maiores que as de bolso, uma agenda que dê para colocar na mala, uma agenda do tamanho de um livro, onde caiba toda a papelada que preciso de guardar sem ter de abrir a carteira a toda a hora. Onde possa escrever sem encolher a letra tudo o que preciso: os aniversários dos amigos e família e também aquilo que vou pensando e planeando enquanto faço as minhas viagens de comboio diárias.
Com argolas ou não, ainda não sei. Preciso de uma agenda bonita, colorida e funcional. E é por isso que já não quero uma moleskine. Essas, desiludiram-me.
Com argolas ou não, ainda não sei. Preciso de uma agenda bonita, colorida e funcional. E é por isso que já não quero uma moleskine. Essas, desiludiram-me.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
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Não faças aos outros aquilo que não gostas que te façam a ti.
[Mas acontece. É um facto]
E depois tenta-se não pensar mais no assunto. Ponto final.
Parágrafo.
[Mas acontece. É um facto]
E depois tenta-se não pensar mais no assunto. Ponto final.
Parágrafo.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
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[Voltar a ouvir rádio para adormecer. Há doze anos que não fazia isto]
Num outro blogue que tive, contei uma vez como descobri o prazer de ouvir rádio pela noite dentro com o programa "O Sexo dos Anjos", um programa que contava com a presença de Júlio Machado Vaz. Tinha dezoito anos e deitar-me antes da meia-noite era um hábito ao qual estava habituada. Phones nos ouvidos e uma dificuldade imensa em sintonizar a Rádio Nova, levavam-me quase a desistir, mas não o fazia. Nunca adormeci a meio de um programa e lembro-me particularmente de um deles em que Júlio Machado Vaz e alguém de quem agora não me lembro o nome falavam sobre o filme que marcou esta minha passagem de ano - As Pontes de Madison County.
[E só agora dou conta que o filme já tem mais de dez anos]
Na altura e estando eu numa idade em que o amor era para mim o corolário perfeito da vida que ansiava ter, ouvir falar de um filme que não conhecia e ficar automaticamente rendida àquelas descrições, àquele amor, parecia-me estranho. Cheguei mesmo a escrever para o programa e a fazer figas para que em algum daqueles domingos se lembrassem de ler a minha carta. Nunca o fizeram, acho. Não descansei então enquanto não vi o filme e quando tal aconteceu achei que era história perfeita, um Romeu e Julieta sem rivalidades, Montequios ou Capuletos, sem a marca da morte mas com algo talvez muito pior, a despedida. Trágica, dolorosa mas também muito bonita.
[Não serão todas as histórias de amor assim?]
Sentir um filme de tal intensidade com dezoito anos foi talvez uma das experiências mais marcantes que tive. Se assim não fosse, não estaria aqui e agora a falar disso mesmo. Considerem-me lamechas e posso-vos dizer que sim, que tenho dias. Não me chateia absolutamente nada.
Mas tudo isto para dizer que voltei a ouvir rádio à noite e a redescobrir este prazer que, pensava eu, já tinha esquecido. E julgava eu que não me conseguia surpreender a mim mesma...
Num outro blogue que tive, contei uma vez como descobri o prazer de ouvir rádio pela noite dentro com o programa "O Sexo dos Anjos", um programa que contava com a presença de Júlio Machado Vaz. Tinha dezoito anos e deitar-me antes da meia-noite era um hábito ao qual estava habituada. Phones nos ouvidos e uma dificuldade imensa em sintonizar a Rádio Nova, levavam-me quase a desistir, mas não o fazia. Nunca adormeci a meio de um programa e lembro-me particularmente de um deles em que Júlio Machado Vaz e alguém de quem agora não me lembro o nome falavam sobre o filme que marcou esta minha passagem de ano - As Pontes de Madison County.
[E só agora dou conta que o filme já tem mais de dez anos]
Na altura e estando eu numa idade em que o amor era para mim o corolário perfeito da vida que ansiava ter, ouvir falar de um filme que não conhecia e ficar automaticamente rendida àquelas descrições, àquele amor, parecia-me estranho. Cheguei mesmo a escrever para o programa e a fazer figas para que em algum daqueles domingos se lembrassem de ler a minha carta. Nunca o fizeram, acho. Não descansei então enquanto não vi o filme e quando tal aconteceu achei que era história perfeita, um Romeu e Julieta sem rivalidades, Montequios ou Capuletos, sem a marca da morte mas com algo talvez muito pior, a despedida. Trágica, dolorosa mas também muito bonita.
[Não serão todas as histórias de amor assim?]
Sentir um filme de tal intensidade com dezoito anos foi talvez uma das experiências mais marcantes que tive. Se assim não fosse, não estaria aqui e agora a falar disso mesmo. Considerem-me lamechas e posso-vos dizer que sim, que tenho dias. Não me chateia absolutamente nada.
Mas tudo isto para dizer que voltei a ouvir rádio à noite e a redescobrir este prazer que, pensava eu, já tinha esquecido. E julgava eu que não me conseguia surpreender a mim mesma...
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
...
O telemóvel avisa que a bateria esta fraca. Pela primeira vez, não me apetece ligá-lo à corrente. Vou adormecê-lo por hoje. E isto só pode querer dizer uma coisa.
(...)
(...)
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Aqui me confesso
No domingo, enquanto andava às voltas pela casa, ouvi uma determinada música que achei piada. Vou eu indagar quem canta aquilo e descubro... Meus amigos... era uma música dos Anjos. Dos Anjos!
Das duas uma: ou estou numa fase muito lamechas (e assim sendo espero que passe depressa!) ou o meu gosto musical anda pelas ruas da amargura.
Das duas uma: ou estou numa fase muito lamechas (e assim sendo espero que passe depressa!) ou o meu gosto musical anda pelas ruas da amargura.
...
Têm sido dias a dormir horas a menos e o corpo começa a acusar o cansaço. Olheiras, llgumas dores musculares e uma sensação de fadiga acompanham-me diariamente e ,embora durante o dia sinta alguma energia (e não bebo café!), à noite só me apetece ler ou ver televisão e deito-me tarde. Devia ter um objectivo qualquer como deitar-me todos os dias antes da meia-noite mas sei perfeitamente que é algo impossível de fazer, pelo menos por agora. Mas se por um lado adoro dormir, também penso que perdemos muito do nosso tempo de olhos fechados... a dormir ou não.
Vou descansar. Já são horas.
Vou descansar. Já são horas.
domingo, 6 de janeiro de 2008
Sobre a nova lei do tabaco
(...)
O pior de tudo isto é a pacovice provinciana de um país que, cinco meses e meio após a aprovação da lei, acorda para a realidade como se lhe tivessem decretado de surpresa as novas regras e como se leis como esta - e mais rigorosas que esta - não estivessem em vigor, há anos, noutros países, onde, diz-se, parece que também há casinos, e discotecas, e restaurantes, e cafés, e pubs e, imagine-se, fumadores. E onde, consta, ninguém foi à falência ou se suicidou.
Fernanda Câncio
[aqui o artigo completo]
P.S - Ainda sobre esta questão e principalmente para aqueles que fumam, há este blog.
O pior de tudo isto é a pacovice provinciana de um país que, cinco meses e meio após a aprovação da lei, acorda para a realidade como se lhe tivessem decretado de surpresa as novas regras e como se leis como esta - e mais rigorosas que esta - não estivessem em vigor, há anos, noutros países, onde, diz-se, parece que também há casinos, e discotecas, e restaurantes, e cafés, e pubs e, imagine-se, fumadores. E onde, consta, ninguém foi à falência ou se suicidou.
Fernanda Câncio
[aqui o artigo completo]
P.S - Ainda sobre esta questão e principalmente para aqueles que fumam, há este blog.
sábado, 5 de janeiro de 2008
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
uma foto por dia 177#
A receita, via-a ontem neste blog e sem saber bem porquê, hoje passei o dia ansiosa por chegar a casa para a fazer. Maçã e canela é das minhas combinações favoritas e devo dizer-vos que este bolo/clafouti é divinal! E apesar de ter respeitado o tempo definido, parece-me que para a próxima, devo deixá-lo ficar um bocadinho mais no forno.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
...
Escrevi o outro balanço. Não seria capaz de escrever este mas é aqui que está tudo. Tudo mesmo. Com todas as palavras, pontos finais e vírgulas.
Constatação #8
Quando estou nervosa, irritada ou mesmo muito triste fico com frio. Hoje estou gelada.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
...
Na grande confusão
deste medo
deste não querer saber
na falta de coragem
ou na coragem de
me perder me afundar
perto de ti tão longe
tão nu
tão evidente
tão pobre como tu
oh diz-me quem sou eu
quem és tu?
António Ramos Rosa
deste medo
deste não querer saber
na falta de coragem
ou na coragem de
me perder me afundar
perto de ti tão longe
tão nu
tão evidente
tão pobre como tu
oh diz-me quem sou eu
quem és tu?
António Ramos Rosa
uma foto por dia 175#
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
uma foto por dia 174#
[cliquem na foto para verem melhor]
Ela disse que depois de um filme destes tínhamos de ir fazer um brinde. E fomos. Depois de andarmos de copo na mão pelo Bairro Alto, depois de uma merendinha e de um bolo, quentinhos pela madrugada, acabámos a nossa noite aqui, com esta vista fantástica. Lisboa é linda, linda de morrer. E o meu começo de ano não podia ter sido melhor.
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