quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Qualquer coisa parecida com extroversão

Com o tempo vamos aprendendo a arriscar mais no entanto, também somos mais prudentes. São duas faces da mesma moeda; jogam-se as cartas naquele momento ou guarda-se o trunfo para depois.
Já aqui falei do ano anterior mas acrescento ainda que foi o ano em que aprendi a arriscar mais, onde assumi as minhas escolhas e os meus actos, onde percebi que não vale a pena sermos iguais a tantas outras pessoas só porque sim, porque fica bem. Deixei de me preocupar com o que os outros pensam [ainda não deixei de querer um collants amarelos ou rosa-choque para combinar com o vestido preto e continuo a ir dar aulas de ténis e boné na cabeça sempre que me apetecer].
Uns dirão que é uma questão de afirmação, outros poderão questionar o porquê de tal forma de estar.
Seguir regras é o que fazemos a vida inteira, estamos condicionados por uma série de limitações que nos acanham, que nos deixam quase sempre na dúvida, que nos protegem da grande língua da sociedade e que, na melhor das hipóteses, nos fazem vacilar durantes uns breves minutos.
Quando deixamos de nos preocupar com o que os outros pensam é como se um mundo inteiro se revelasse à nossa frente. Não digo que quebremos as regras dos bons costumes, que passemos a ser mal-educados ou até que de um dia para o outro, nos tornemos o oposto do que éramos. Não. Quando nos deixamos de preocupar com o que os outros pensam, tornamo-nos mais extrovertidos, rimos com mais facilidade, cantamos com outro gosto e passeamos na rua desinibidos, como se a cidade inteira fosse nossa. Vestimos realmente a nossa pele; como as serpentes que largam a pele velha e deixam à vista a outra, nova e resplandecente. E não é isso que todos queremos?

4 comentários:

aespumadosdias disse...

Muito bonito!

Ana Rita disse...

Confesso que ainda não cheguei a esse patamar! Ainda tenho muitas amarras...

IandU disse...

estava a pensar escrever um post com o mesmo tema, fica para outra altura, não quero ser acusado de plágio ;)

pu pu pi tu disse...

É!