domingo, 23 de maio de 2010

uma foto por dia #143

#143

[coisas do meu escritório ou a pior foto de sempre porque não estava com paciência para mais]

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Todos pensamos em deixar um planeta melhor para os nossos filhos. Quando é que pensaremos em deixar filhos melhores para o nosso planeta?

João Carvalho
in Delito de Opinião

The future's not ours, to see

Se nos dizem para não pensar no passado, que o que lá vai, lá vai, eu também digo que pensar demasiado no futuro pode ser mau. Angustiante, até. Viver o dia-a-dia, assim, sem planos para amanhã, também me parece demasiado redutor porque precisamos de sonhar imaginar, desejar, pensar que isto e aquilo pode acontecer. Em que é que ficamos, então?
Como em tudo na vida, há que saber equilibrar os pratos da balança. Se os projectos a longo prazo me parecem ambiciosos demais para a minha pessoa, então limito-me a pensar naqueles que posso fazer a curto e médio prazo. E se não devo pensar no passado, devo, sobretudo, aprender com ele (nem que seja para não cometer os mesmos erros). E falar disso, de vez em quando, não me parece que seja assim tão mau...

sábado, 22 de maio de 2010

Pelo sonho é que vamos

Pelo Sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.


Basta a fé no que temos,
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e do que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

- Partimos. Vamos. Somos.

           Sebastião da Gama


A Maria tem um sonho, enorme. Resolveu dizê-lo e pedir ajuda, assim, com a simplicidade, humildade e determinação de quem apenas quer muito uma coisa e faz tudo para a alcançar. Admirável, diria.
Vamos ajudá-la?

uma foto por dia #142

#142

sexta-feira, 21 de maio de 2010

uma foto por dia #141

#141


Era para ter deixado para amanhã, mas não resisti quando vi o pequeno Fizz Limão, a chamar por mim, na arca de gelados do café onde só entrei para comprar uma garrafa de água. O momento foi tão solene que até me sentei no banco do jardim, só para o comer.

Se eu pudesse voltar atrás

[um post sugestionado pela Margarida]

- teria feito o mesmo curso que fiz, no mesmo local e com os mesmos professores (menos um, pronto);
- não teria perdido tempo a candidatar-me a Enfermagem (desisti quando soube que tinha entrado);
- não teria deixado o voluntariado na Acreditar;
- não teria dado uma segunda oportunidade a uma pessoa;
- não teria deixado de conduzir há 13 anos;
- teria sido mais compreensiva com uma colega;
- não teria perdido o contacto com alguns colegas da escola secundária;
- teria aprendido francês;
- teria feito um curso de inglês, daqueles bons;
- teria feito um curso de fotografia há alguns anos (mas ainda vou a tempo);
- não teria perdido tempo com algumas pessoas que nunca o mereceram;
- não teria investido tanto numa amizade que nunca o chegou a ser verdadeiramente (e infelizmente);
- não teria cortado as cortinas da minha mãe, num ataque de fúria (tinha 7 anos, ok?!)
- não teria sido tão fria com algumas pessoas que sempre me trataram bem;
- teria pintado a casa antes de vir para cá morar (agora vai dar-me mais trabalho);
- não teria ficado noiva;
- teria feito mais uma licenciatura (quando ainda tinha forças para tal);
- não teria deixado cair o banco da minha avó em cima do dedo grande do pé e não teria ficado com o dedo partido;
- não teria discutido tantas vezes com a minha irmã;
- teria estado mais vezes com a minha bisavó.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

uma foto por dia #140

#140

Um dos planos para o fim-de-semana




Comer um Fizz limão.

Uma ambiguidade de sentimentos

Os desafios são assim, uma ambiguidade de sentimentos: há mais trabalho, mais cansaço, mais tempo investido mas também há isso a que chamamos de consideração pelas pessoas, pelo trabalho que fazem, pela postura no dia-a-dia. Uma pessoa fica angustiada e fica feliz.
A escola também é feita de desafios que surgem assim, de repente, e desta vez, houve um que bateu à minha porta. Se ao princípio fiquei um bocadinho assustada, agora tenho quase a certeza que é um risco que vale a pena correr, nem que seja pela possibilidade de ter uma experiência totalmente diferente. Coordenar a equipa de avaliação interna do meu agrupamento não será algo propriamente fácil mas vai obrigar-me a respirar fundo, a investir o que aprendi no mestrado, a pensar noutras coisas que vão para além do ensino e aprendizagem, para além dos alunos ali na sala de aula. Terei de conversar com mais pessoas,  trocar ideias, estratégias de trabalho, reflectir um pouco mais além, pensar noutros aspectos da escola. E eu precisava disso, mesmo sabendo que daqui a uns tempos vou estar a dizer raios e coriscos do trabalho extra que me veio parar às mãos.

terça-feira, 18 de maio de 2010

uma foto por dia #138

#138

A beautiful revolution

Quando for grande, quero ser como os meus pais

Olho muitas vezes para os meus pais e digo para mim mesma que quando for grande quero ser assim: quero ser a segurança, a frontalidade, a determinação que lhes vejo nos olhos, nas palavras, nos gestos.
Depois penso que o que gostava mesmo era de ser mãe e de materializar tudo isso nessa forma de estar e viver. É verdade que o sou todos os dias, um bocadinho. Pelo menos sinto-me um pouco assim. Naquele bocadinho que lê as histórias e ralha quando tem de ser, ou no bocadinho que lhes faz uma festa na cabeça e elogia os esforços. Mas também gostava de ser mãe nos outros bocadinhos - os mais chatos, os mais íntimos, os que precisam dos abraços e dos mimos, os bocadinhos que alimentam, os que aguentam as birras, os bocadinhos que dão a segurança, o conforto. É aí que me falta crescer e ser grande, é aí que gostava de ser como os meus pais - na segurança e conforto que (ainda) me dão quando preciso.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

uma foto por dia #137

#137

O meu mundo não é deste reino


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Diz-se que mudar de corte de cabelo indica o desejo de uma mudança. Eu quero manter o meu cabelo tal qual está mas preciso de mudar a decoração (quase) toda desta casa. Não sei se isso é indicativo de alguma mudança na minha vida, mas para já é sinal de que já estou farta de ver as coisas no mesmo lugar há seis anos.
Parece-me que vou trocar a compra das roupinhas novas de Verão por candeeiros, cortinados, tapetes e baldes de tinta...

sábado, 15 de maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

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Há dias em que as minhas unhas se desfazem a olhos vistos. Quebram, lascam, dobram. São fracas. A maior parte das vezes e para remediar a situação corto-as a pensar que as livro de todos os males. Pinto-as quase todas as semanas e disfarço a sua fragilidade com cores de nomes bonitos: Doce Orgulho, Beijo, Desejo, Love,  Final Feliz, Pura Luxúria.
Há dias em que resulta mas há outros em que nem o melhor verniz disfarça a fraqueza que vai aqui pelas minhas mãos. Nessas alturas o melhor é deixa-las assim, ao natural, e esperar que se recomponham com a tranquilidade possível dos dias que passam.

uma foto por dia #133

#133

E ainda dizem que não há príncipes?

Há alguns anos, quando vi o Donnie Darko, achei-o engraçadinho e nada mais. Hoje deparo com esta imagem via Formiguita Bipolar [as melhoras dessa maldita amigdalite] e fiquei assim meio atordoada.
Não há dúvida que eu gosto mesmo é de homens de barba rija e pêlos no peito (já o cabelo comprido, dispenso).   ;)

...

(...) Se a minha avó fosse viva, indignar-se-ia hoje por ninguém respeitar o seu silêncio. Teria passado os últimos dois dias a ser interrompida nas suas orações, não por mim, mas pelos comentadores da televisão. Os seus Pai Nosso seriam quebrados pelas considerações em directo sobre o facto de haver cadeiras Philippe Starck para o Papa se sentar. Estranharia a presença e as opiniões da Constança Cunha e Sá sobre o facto de as pessoas acharem o Papa mais simpático ao vivo. Dispensaria o eco permanente dos repórteres, redundando cada gesto e cada palavra do Papa e completando-os com inteligentíssimas suposições, como "e agora Bento XVI vai descansar porque também é humano".
Porque, por mais que me custasse, por mais que isso contrariasse a minha natureza inquieta e irrequieta de criança, a minha avó sabia que a Fé se alimenta no silêncio e interioridade. E se fosse de outra forma, ela então preferia era mesmo ver telenovelas.

In Mãe Preocupada

terça-feira, 11 de maio de 2010

uma foto por dia #131

#131

Este livro infantil ainda não está traduzido por cá. Trouxe-mo de Londres a minha amiga L., num especial pedido que lhe fiz. Mal sabia eu que com ele vinha um cd com duas versões da mesma história. Fantástico! Tem umas ilustrações belíssimas e é do mesmo autor deste livro que também mora lá,  na nossa mini-biblioteca de sala.

E aqui, um vídeo sobre este livro que mostra duas boas estratégias  na arte de contar histórias. Apesar da entoação do pai não ser a melhor reparem que ele aponta as palavras que vai lendo e deixa o menino de 16 meses dizer a última palavra de cada frase (isto claro, depois da criança já conhecer a história).

Como o Benfica dá cabo da cabeça de alguns dos meus alunos

A actividade do fim-de-semana era sobre o animal preferido de cada um deles. Depois, e de acordo com as perguntas que escolhi, tinham de escrever alguns aspectos característicos desse animal.

Um dos meus alunos disse que o animal preferido era a águia.
Pergunta: Onde vive?


[Imaginem a resposta que ele deu]












Já imaginaram?










Estádio da Luz.


Foi o meu momento de humor do dia.
Neste momento, o aluno já está devidamente esclarecido.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Gosto tanto quando me dão a conhecer músicas assim



Esta é daquelas de que fiquei a gostar muito, mesmo.

Há fotografias que não posso fazer

Hoje, enquanto ajudava os alunos que têm mais dificuldades, os outros foram ler para o cantinho da leitura. Às tantas, quando dou por ela, estava um deles, sentado na cadeira, com o livro virado para os colegas (sentados no chão, nas almofadas)  a ler-lhes (mesmo) uma das histórias que temos na nossa mini-biblioteca (como eu costumo fazer).

[um dia, ao contar a uma pessoa que era professora e que gostava de o ser por uma série de razões e também porque era gratificante, essa pessoa riu-se na minha cara. Não sabia do que eu falava e se calhar, nunca se tinha sentido feliz em nada do que fazia. Era disto, assim.]

É que, saber que aqueles meninos de seis anos estavam ali porque queriam, sem ninguém os obrigar, a ler em conjunto, foi o melhor do meu dia.

uma foto por dia #130

#130

Mais um cupcake, desta vez da Tease. Melhores que os anteriores, mas, ainda assim, não me enchem as medidas. Acho que escolhi mal o sabor...
Gostei mesmo foi da loiça usada no café.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

uma foto por dia #126

#126

Hoje levei a sobremesa para o jantar.

É isto

«A minha acção como professor era mais de carácter existencial, na medida em que queria pôr os alunos a funcionar como pessoas, incutir-lhes um espírito crítico, fazer com que exercitassem a sua imaginação à margem dos programas oficiais.» 


José Afonso, 1986

quarta-feira, 5 de maio de 2010

uma foto por dia #125

#125

Chama-se Marta Filipa

Tem 17 anos e um blogue que adoro.
E um tremendo bom gosto musical como há muito não (ou)via.
E as fotos... as fotos...


[quero ter 17 anos, outra vez]

Isto do facebook é engraçado

Uma pessoa escreve uma frase animada a uma segunda-feira e durante o dia vai recebendo telefonemas e mensagens a perguntar se anda algum passarinho a rondar por aqui.
Ora bem, em primeiro lugar  uma pessoa ainda pode estar simplesmente bem-disposta a uma segunda-feira, acho.  Em segundo, a vida amorosa/íntima ou seja lá o que for é um assunto sobre o qual não tenciono cantar a sete ventos no facebook ou no blogue. Em terceiro e último lugar; no que diz respeito à minha  vida pessoal  o que parece, nem sempre é. E quem me conhece já sabe disso. Novidades? Conto-as umas semanas ou meses depois, quando quero e me apetece.  Nunca na hora, nunca quando me perguntam (raramente, pelo menos).
Sim, sou reservada. Demasiado, diria.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

uma foto por dia #123

#123

Este livro foi uma das compras que fiz na Feira do Livro. A Bruxa Arreganhadentes é um livro com umas ilustrações fantásticas e uma história onde o medo aparece do início ao fim.

Professora, conta outra vez!
Disseram eles quando acabou.

domingo, 2 de maio de 2010

uma foto por dia #122

#122

Será que chega?




[uma das compras da Feira do Livro - esta, só para mim]

Reflexão de domingo à tarde

Acho que por vezes as pessoas têm a incapacidade de olhar os outros como indivíduos que são, independentemente das suas ligações pessoais, profissionais, família e amizades. Criam imagens erradas, distorcidas, pensam coisas absurdas e acabam por criar nas suas cabeças figuras diferentes da realidade [e também falo contra mim que não estou isenta de responsabilidades nisto a que chamamos a imagem que temos dos outros]. Entretanto criam-se boatos, alimentam-se conceitos errados, crescem opiniões que pouco ou nada estão em consonância com aquilo que o outro realmente é, e enfim... nascem os equívocos.
Talvez se perdessemos um bocadinho mais de tempo a conhecer melhor essas pessoas, evitavam-se muitos mal-entendidos. Na vida real e na blogosfera, também.

Just like honey

Muitas vezes sabemos que isto ou aquilo não resulta. Sabemos e ainda assim, insistimos. Porque é bom, porque nos faz sorrir e respirar com outra cadência. Porque não interessa o fim, só o que que fica no meio: entre o princípio de algo impossível e o fim de algo que nunca chegou a ser.

sábado, 1 de maio de 2010

uma foto por dia #121

#121

Saio sempre da Feira do Livro com a sensação de que não vi tudo. Mais de duas horas por lá vim com quatro sacos na mão. Livros infantis, pois claro. E dos bons.
[E ainda tenho de lá voltar para dar atenção aos livros dos mais adultos]