sábado, 22 de novembro de 2008

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Não moro no campo, mas diria que estou perto - vejo coelhos e melros de manhã, corujas e corvos à noite e acordo com o galo a cantar todos os dias. Por aqui, o cheiro ao fumo das lareiras é sinal de que os dias estão mais frios e o pouco barulho dos automóveis não é incomodativo. O sr. Aníbal da frutaria guarda-me muitas vezes coentros nos dias em que chego mais tarde, aconselha-me a melhor fruta e ainda me faz desconto nas nabiças porque nunca preciso da quantidade que cada molho leva. Dá-me os bons dias e deseja-me bom trabalho quando passo em frente à sua loja, antes de apanhar o comboio. Gosto disto mas...
Preciso de ir a Lisboa regularmente, a bem da minha sanidade mental. Deixa-me feliz passear na baixa da capital; preciso daquelas ruas, do bulício que se vive em plena baixa da cidade, de entrar e sair das lojas, de lanchar por ali, de ouvir as pessoas.
Se trabalhasse em Lisboa talvez não dissesse o mesmo, mas não trabalho. E posso-vos dizer que hoje foi dia de terapia.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu ainda vou viver no campo. Vivi 2 anos nas Caldas da Rainha e foram anos muito bons, muito saudáveis. Quando acabar a especialidade, sei que tenho que me ir embora outra vez. It's meant to be...

pu pu pi tu disse...

para quem trabalha em Lisboa, e claro que (só) falo por mim, passear na baixa também é muito bom, o chiado é uma lavagem cultural... Lisboa é muito bom! só não é bom para viver (pelo menos eu não tive uma boa experiência), para mim o ideal é passar o dia em Lisboa e ao final do dia regressar para um sítio mais calmo :).

quanto ao comentário da refogadoehortelã... vivi durante vários anos nas Caldas da Rainha e é, sem dúvida, uma expriência boa. digamos que é uma cidade equilibrada... tem a vida cultural que precisamos, tem a vida nocturna, tem tudo conseguindo mesmo assim ser saudável e equilibrada :).