quarta-feira, 30 de setembro de 2009

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Quando vi o trailer deste filme, lembrei-me logo deste outro de há 25 anos atrás.

Parece-me que há algumas semelhanças e não sou a única a pensar assim.

[E lembram-se da música?]

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Spoil Session

spoil session

Hoje deitámos a vergonha para trás das costas, assumimos a vaidade e o narcisismo presente em cada uma de nós e lá fomos as três para uma sessão fotográfica em estúdio que durou quase três horas. A M. vai casar no domingo e esta foi também a nossa prenda de casamento. E valeu a pena cada minuto que lá estivemos! Foi uma tarde divertidíssima e cheia de mulherices para mais tarde recordar!

Diálogo na sala de aula

O Filipe sai da cadeira e mostra-me o seu desenho, cheio de corações azuis e cor-de-rosa.

- O que é isso Filipe?

- É uma chuva de corações.

- Porque fizeste uma chuva de corações?

- Porque a paixão está no ar. É dia de S. Valentim.

[Assim. Sem tirar nem pôr]

Desconfio que seja isto que acontece aos meus alunos


[daqui]

domingo, 27 de setembro de 2009

Dia de eleições

São onze e trinta da manhã e já cumpri o meu dever cívico. Pela primeira vez em catorze anos de recenseamento vi uma escola cheia de gente a um domingo e esperei dez minutos na fila (!?!) da minha secção de voto.
Será bom sinal? Espero que sim.

sábado, 26 de setembro de 2009

A literatura infantil não precisa de fichas

Um texto muito pertinente. A ler atentamente por todos aqueles que gostam de literatura infantil.

Menino coragem

Um os meus alunos partiu o braço direito ontem, enquanto brincava no recreio. Depois de ter sido levado para uma sala vazia e enquanto esperávamos pela ambulância, eu e outros dois colegas tentávamos acalmá-lo. Entre festas na cabeça, muito colo e mimos ele só me perguntava:

Não me podes pôr o braço direito? O que vai ser da minha vida agora? Como vou escrever?

Achei incrível o sangue-frio daquela criança de 6 anos que depois dos primeiros choros e entre muitas dores, acalmou-se e aguentou-se estoicamente, conseguindo ainda raciocinar sobre as consequências de um braço partido.
Uma lição.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

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Aos dezoito anos e no auge da minha parca rebeldia participei num programa radiofónico do qual já não me lembro do nome, na Rádio Renascença. Nessa noite, via telefone, expus a minha opinião em relação a Deus. Não acreditava Nele e ninguém me demovia desse meu princípio. Quando a jornalista me perguntou em que é que acreditava disse que acreditava em mim própria e expliquei que sendo uma pessoa normal, sem nada de extraordinário, só podia contar comigo mesma e com aquilo que sabia que poderia ou não fazer. Deus não me dava garantias e portanto, nunca poderia acreditar numa Entidade que nunca me tinha dado provas reais de nada.

Hoje, catorze anos passados, ainda não defini muito bem a minha relação com Deus. Umas vezes aproximo-me mais, outras vezes afasto-me e olho-O de longe.
A Igreja, como instituição, causa-me alguns arrepios nomeadamente no que diz respeito a certos radicalismos e rituais, no entanto, gosto da igreja como local de reflexão e silêncio, ponto de encontro de pensamentos, decisões e até de pedidos feitos em desespero de causa [lembro-me sempre do filme protagonizado por Jim Carrey - Bruce Almighty - onde ele, passando a ter os poderes de Deus, não consegue dar conta do recado e atender a todas as pessoas do planeta].

Se acredito Nele? Acredito, mas reservo-me ao direito de duvidar de vez em quando. Nem que seja só para voltar a entrar numa igreja e em quinze minutos de silêncio ganhar mais força e optimismo para seguir em frente. Não sei se isto é ter fé mas, por agora, é com esta que posso contar.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Oh, The Temptation

Apresento-vos alguns dos meus alunos

mn00

A parte que eu mais gosto quando eles fazem os auto-retratos é quando me pedem por um lápis "cor de pele". Deixo-os logo confusos quando lhes pergunto qual é a "cor de pele": se a deles, a minha, a do colega com a pele mais acastanhada ou a do outro que ainda tem a pele mais escura.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Coincidência [ou talvez não]

A propósito de sonhos... hoje descobri isto.
chase your dreams

Não sou muito adepta de ver palavras na roupa... no entanto, um destes dias, por impulso, comprei esta blusa - "chase your dreams". Acho que preciso de me lembrar disto de vez em quando.

domingo, 20 de setembro de 2009

Política(s)

Para quem, como eu, gosta de ler e conhecer as propostas dos partidos políticos sem grandes rodeios, floreados ou palavras a mais, o Pedro Correia, do Delito de Opinião, irá apresentar as medidas emblemáticas dos principais partidos políticos em 50 pontos essenciais. Tudo muito sintético, claro e objectivo. Como eu gosto.

Aqui, o Bloco de Esquerda.

Acho que já não tenho idade para estas coisas

Há quatro/cinco anos atrás saía quase todas as semanas. Sexta e sábados, fizesse chuva ou sol, estivesse calor ou frio, eu a L. e outras amigas estávamos sempre prontas para uma saída à discoteca onde dançávamos a noite inteira, muitas vezes até o estabelecimento fechar portas. O objectivo era mesmo divertirmo-nos e dançar até não poder mais visto que todas adorávamos fazê-lo.
Ontem a L. teve a sua despedida de solteira e nós, claro, fomos recordar os bons velhos tempos. Depois de um bom jantar, muita conversa, diversão, dança, alguns copos a mais, chegámos a casa já perto das seis e meia da madrugada. Mas o pior foi agora de manhã... dói-me o corpo todo, parece que levei uma grande tareia e a cabeça ainda mantém o mesmo zumbido de quando me deitei.
Não sei se a idade perdoa ou não mas duvido que consiga repetir esta proeza tão cedo. E mais... não me parece que este domingo seja suficiente para recuperar energias para mais uma semana de trabalho.

[Mas continuo a gostar muito de dançar]

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Do you remember?

Nunca fui grande fã do Dirty Dancing, mas esta série sim... vi-a de fio a pavio.

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Com o passar dos anos acabamos por viver acontecimentos, momentos, dias e horas que nos marcam. Coisas boas e más. Coisas assim-assim. Um dia, muitos dias, dizemos que não voltamos a fazer isto ou aquilo e juramos a pés juntos que não repetimos certas atitudes, coisas que não sendo necessariamente erros, podem significar apenas gestos e formas de estar. E repetimo-lo até à exaustão, escrevendo na nossa cabeça, vezes e vezes sem conta que tal nunca mais pode acontecer. Pois é... É tudo muito bonito e fácil até ao dia em que acontece outra vez e aí compreendemos que a essência de que somos feitos é maior que tudo o resto e não vale a pena lutar contra isso. Somos assim independentemente do contexto, das pessoas, do local, da vida, do que nos fez crescer, rir ou chorar.
Não mudamos e nem os outros mudam por nós. E essa é uma verdade quase absoluta, há que aceitá-la somente.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O estranho mundo dos blogs

Há certas coisas na blogosfera que me fazem rir de tão nítidas que se tornam, apesar de as quererem fazer passar despercebidas propositadamente.
:D

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Olha!

Faz hoje cinco anos que moro sozinha.
Cinco. Bolas. São muitos.

São 12 meninos e 8 meninas

Primeiro dia de aulas e venho apaixonada. Tenho vinte catraios pequeninos, giros, giros e muito simpáticos. Portaram-se lindamente, não houve choros ou birras e quando a rebeldia de alguns veio ao de cima bastou abrir os olhos que eles encolheram-se todos. Desconfio que seja sol de pouca dura e que nos próximos dias e semanas eles se irão revelar mas mesmo assim, estou rendida.

P.S. - Incrivelmente e pela primeira vez lá na escola, todas as turmas têm mais rapazes que raparigas.

domingo, 13 de setembro de 2009

Crying men

Habituámo-nos a que nos peçam para sorrir quando nos fotografam. Como se a fotografia ou o retrato implique obrigatoriamente um sorriso.

Sam Taylor-Wood pediu a alguns actores que chorassem. E sejam lágrimas verdadeiras ou não, as fotografias estão muito bonitas.






“Some of the men cried before I even finished loading the camera, but others found it really difficult. People can decide for themselves which they think are the authentic tears and which they think are fake. It’s about the idea of taking these big, masculine men and showing a different side".

[mais, aqui]

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Air - Playground Love (Virgin Suicide)

[Gosto tanto, tanto desta música]

sábado, 12 de setembro de 2009

A síntese em palavras

Não sou de fazer grandes tratados, desenvolvimentos sobre isto ou aquilo; não sou de me alongar em palavras desnecessárias ou de "dar palha" só porque fica bem. A síntese é minha companheira. Mas eu até gosto de palavras e estimo-as. E se são muito importantes até as guardo e relembro dia após dia, para que sejam sempre grandes nas minhas recordações. Talvez seja por isso que bastam três palavras, juntas em harmonia, para fazer nascer o sol num dia de espírito nublado. É só isso.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

E depois descubro isto


[daqui]

E agora, algo completamente diferente ou o género de posts que não costumo fazer



Gosto de (quase) tudo. Mas os vestidos, esses, queria-os todos. E o primeiro, em particular.

O primeiro dia e os outros que se seguem também

Um dos aspectos mais difíceis de gerir quando se tem um 1º ano, não está relacionado com os alunos, mas sim com os pais.
Há uma ansiedade constante que se percebe na voz, nos gestos e nos olhares de cada um. Apesar de parecer simples, o primeiro dia de aulas acarreta a dificuldade em deixar os filhos ali, na escola, entregues a alguém que ainda nao conhecem. Depois, ao longo do ano, há também a dificuldade em perceberem que a aprendizagem da leitura e da escrita é complexa, envolvendo uma série de processos cognitivos que se desenrolam de forma diferente em cada criança. Acontece que os pais, sem querer, acabam por transmitir essa ansiedade aos seus filhos, dificultando, por vezes, as suas aprendizagens isto porque a própria criança assimila essas emoções facilmente e apercebe-se que ainda não chegou onde devia. É urgente que compreendam que cada criança tem o seu ritmo e que o facto de haver meninos a ler por altura do Natal e outros só a ler no final do ano lectivo, não quer dizer que estes são menos bons.

Ontem na reunião realizada pela direcção do meu agrupamento com os pais dos alunos do 1º ano este aspecto foi fortemente focado, levando a alguns sorrisos envergonhados entre os encarregados de educação presentes.
Segunda-feira lá estarei de manhã com os pais dos meus alunos a dizer mais do mesmo (entre outras coisas). O ano lectivo está quase a começar e eu só desejo que seja tranquilo e feliz. Para mim e para os meus alunos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A quem de direito: preciso de um bocadinho de sorte, sff. Obrigada.

O dia 09/09/09 foi um dia de puro azar. Correu mal, muito mal mesmo. Felizmente não sou chinesa ou já estava aqui em pânico a procurar razões para os últimos acontecimentos, sem saber muito bem o que fazer. Mas a desilusão faz parte da vida e, infelizmente, é preciso respirar fundo e pensar que no fim, as coisas talvez corram bem. Talvez.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Aprendizagem da leitura e da escrita

Quando se inicia um 1º ano há que fazer uma reunião de pais para explicar uma série de aspectos importantes relacionados com a escola e tirar dúvidas que habitualmente surgem. Depois, e no meu caso, há que explicar a metodologia de trabalho com os alunos - é que no 1º ano não uso manuais escolares, ou melhor, não uso os manuais de Língua Portuguesa e Estudo do Meio. Porquê? Porque não ensino a ler pelo chamado método tradicional ou método analitico-sintético que utiliza as letras como ponto de partida para a leitura e escrita.

Sempre utilizei o chamado método natural - é um método que parte do todo (textos, frases, palavras) para as partes (letras) em vez de partir das partes (letras) para o todo (palavras, frases, textos). Ou seja, acabo por trabalhar ao contrário daquilo que é normal. Os textos trabalhados são fruto da oralidade da criança, ou seja, aproveito as novidades que eles trazem, escrevo-as no quadro e o texto escolhido (pelas crianças) é aquele que vai ser trabalhado durante uma ou duas semanas. A partir daí são analisadas as frases, trabalhadas as palavras que se podem desenhar (substantivos) e depois desce-se à sílaba e por fim, à letra. Tudo isto, como devem imaginar através de jogos e actividades variadas. Não uso caderno de linhas porque os alunos têm de escrever livremente, sem (ainda) dar grande importância à caligrafia e o uso dos manuais torna-se contraproducente, já que todos eles estão elaborados de acordo com o método analítico-sintético.
O trabalho é fundamentalmente cooperativo e a sala de aula torna-se um espaço propício à descoberta onde a comunicação é fundamental e a participação democrática está constantemente presente.
Em Portugal esta metodologia é defendida pelo Movimento da Escola Moderna.

Talvez consiga este ano expor um pouco mais do trabalho que faço na sala de aula relativamente à aprendizagem da leitura e da escrita aqui ou noutro blogue.

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O meu vizinho de cima não tem mau gosto musical. Há uns tempos ouvia todos os sábados de manhã Red Hot Chilli Peppers, depois passou para os U2 e correu a discografia completa até chegar ao último álbum. Hoje deu-lhe para a música portuguesa, com um pormenor... ficou ficou preso aos anos 90 - desde que estou em casa já consegui ouvir Resistência, Sitiados, Pólo Norte, Quinta do Bill e neste momento estou em companhia dos Santos e Pecadores... Não é mau de todo, mas podia ser melhor, digo eu.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Eu também tenho uma rádio

Por causa da minha amiga Carla, lembrei-me que tinha criado aqui há uns anos uma rádio no Cotonete. Hoje andei por lá, a tentar os usernames e as passwords possíveis até conseguir fazer o login. Actualizei o estaminé, apaguei algumas músicas e voltei a ter uma rádio. São as minhas escolhas - as escolhas de Sofia.

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Assim, sem estar à espera e enquanto passeava pela Fnac, dei com isto e trouxe-o para casa.

Pode um poster deixar uma mulher feliz? Pode, principalmente porque já o procurava há anos.

Movie #38


[Before Sunset, 2004]

I guess when you're young, you just believe there'll be many people with whom you'll connect with. Later in life, you realize it only happens a few times.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A doze dias do início do ano lectivo

Na escola o corropio de trabalho já começou. As turmas estão organizadas, os coordenadores de ano e escolas estão escolhidos e começamos agora a pensar em planificações anuais, projectos, e procedimentos a ter em relação ao temido vírus da gripe A - já há um plano de contingência e está a ser organizada uma reunião geral com pais sobre este assunto.
As aulas começam dia 15 de Setembro e continuo sem vontade de começar. Vou ter 20 alunos de 5/6 anos e quatro anos depois, preparo-me mentalmente para estas idades - já não estava habituada a meninos tão pequeninos...

Lembra-me

Vá, escrevam e enviem-me os vossos post-its! E sejam mais ousados!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

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Gosto de sushi, mas não adoro. Gosto de pizzas e massas, mas farto-me depressa de comida italiana. Gosto de tacos e enchiladas, mas prefiro as margaritas. Gosto de frango tandoori e caril de gambas, mas enjoa-me tanto picante. Agora... dêem-me comidinha portuguesa - ensopados, caldeiradas, feijoadas, açordas, migas, marisco, cabrito, borrego, petiscos daqui e dali e tudo-e-tudo o que se faz por cá que eu como de bom grado e repito sem reclamar. Só dispenso as iscas e o bacalhau cozido. E a maior parte das frutas de Verão, também. Mas não se pode ser perfeita, não é verdade?