sexta-feira, 31 de julho de 2009

...

Deixa lá
Não ligues a coisas de nada
Não faças da vida enxada
Acabar em terra dura

Trovante


Não sei se isto será uma encruzilhada. A racionalidade leva-nos a pensar no politicamente correcto, naquilo que todos dizem mesmo não acreditanto nas suas próprias palavras.
Continuo sem saber bem o que quero apesar de tudo, apesar da tal racionalidade e de sorrir ao que me dizem e ficando calada a maior parte das vezes. Se calhar já não me conheço, se calhar ando por aqui, teimando remar contra a maré quando devia mesmo era deixar-me ir e cruzar os braços aceitando as coisas como elas são. Mas não consigo. Um dia, as respostas provavelmente virão, os sonhos voltarão a crescer mais um bocadinho e depois, bem... depois, logo se vê.

A ver






quarta-feira, 29 de julho de 2009

O meu jantar

salmao com laranja e migas de bróculos e coentros

Já há algum tempo que andava com vontade de comer migas. Hoje e enquanto pensava no acompanhamento para o salmão com laranja, lembrei-me dos bróculos que tinha na gaveta do frigorífico mas... detesto bróculos cozidos. Lembrei-me então que, se calhar, poderia fazer migas de bróculos. Vou à internet, pesquisa ali e acoli e dei com esta receita à qual acrescentei coentros, para dar um ar mais alentejano às ditas.
Et voilá! Parece que ainda sei cozinhar.

Impasse



[via hiperbolicamente falando]

terça-feira, 28 de julho de 2009

A tradição já não é o que era?

Este fim-de-semana, lá na aldeia, enquanto uma das raparigas da organização estava sozinha na quermesse, o organista da banda lá tentava "puxar" pelas gentes da terra para ir dançar. Às tantas diz:

- Então e ninguém vai convidar a senhora que está ali sozinha na quermesse para dançar?

Logo, logo, dezenas de vozes se fizeram ouvir, vozes das velhotas da aldeia que apenas se encostam à capela a ver quem passa:

- Não é senhora! É menina! É menina! Menina!

Mas diziam isto zangadas, como se tivesse sido uma grande ofensa para a rapariga que por acaso, nem se pronunciou.

É certo ainda há zonas do país em que a tradição é levada à regra. Os mais velhos cumprem piamente certos rituais, estão cheios de preciosismos, levam à letra estas questões de boa-educação e ainda acham que a vida é como há quarenta ou cinquenta anos atrás. Se isto é bom ou não, sinceramente, não sei. Mas acabo por sorrir, porque parece que ali, como em outras zonas do interior, a vida não andou assim tanto para a frente e mantêm-se certos costumes há muito desaparecidos nas cidades.

O que é certo é que, desta vez, nem a minha mãe queria deixar a minha irmã ir vestida com uma daquelas blusas cortada abaixo do peito e larga até à anca, porque parecia que estava grávida e as pessoas podiam falar, dizia ela.
Claro que a minha irmã foi como quis, mas não se deve ter esquivado a certos comentários das tais velhotas da capela.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

E agora?

Não sei. Logo se vê.

E o fim-de-semana foi assim

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O meu pai e meu tio a arranjarem uma cabra comprada directamente ao produtor.


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Houve sardinhas para o almoço.


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E almoçámos no quintal, debaixo das vides.


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Arroz-doce, papas de carolo e bolo de ananás - tudo feito pela minha avó.


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O recinto da festa da aldeia.


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O palco [enorme...]


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E a família toda junta a dançar.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sexta-feira

Aqui, por terras beirãs, a internet é lentíssima e consegue fazer-me perder a paciência. Trago a minha placa TMN do tão famoso programa e-escolas mas isto aqui funciona à lei da manivela, ou quase. Portanto, só para abrir o Blogger, estive uma eternidade à espera e eu nem quero pensar no tempo que vai demorar a publicar este post...
Adiante.

Já não estava habituada a silêncio. Hoje só ouvi os galos, cães, o sino da igreja, alguns corvos e andorinhas. Passei o dia num vai-vem, rua acima, rua abaixo, entre a minha casa e a casa dos meus avós; fui colher hortelã e salsa, tirei os ovos da capoeira e ainda sujei os pés entre os tomateiros à procura de tomates já maduros para a salada.
Em casa dos meus avós andei a pesquisar as fotos antigas já que eu e o meu primo decidimos embarcar nesta aventura de digitalizar todas as fotografias antigas da família; agora é ver-nos a vasculhar gavetas e a pedir a todos os familiares para nos dispensarem as fotografias por uns tempos.
Ajudei a minha mãe a fazer um bolo e ainda fomos à cidade abastecer-nos para o fim-de-semana que vai ser cheio (de comida, bebida e pessoas). Dormi a sesta (!!!) pela primeira vez na minha vida e incrivelmente não fiquei com dores de cabeça e hoje até me apetece deitar cedo.

Às vezes acho que podia viver assim o resto da minha vida e que só pelo facto de ter toda a minha família aqui conseguiria suportar tudo o resto... mas não. Sou uma pessoa citadina que de vez em quando precisa da aldeia. Se calhar, mais vezes do que pensava.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Em viagem...

freix015


...até aqui.

Ninguém sabe pra onde eu vou...

...ninguém manda em quem eu sou.



Corria o ano de 1993 e eu estava ali, com os meus ricos 16 aninhos e feliz da vida por estar a assistir pela primeira vez a um concerto no antigo Estádio de Alvalade - Portugal ao Vivo - lembram-se? Resistência, Madredeus, Xutos, GNR e Sétima Legião (não sei se me falta algum grupo). Foi um dia memorável.

[Reparem no Olavo Bilac... ;) ]

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Scenes from a vacation

Por aqui e por ali - coisas de que gostei

Dois vídeos realizados em Washington onde as pessoas, na rua, falam na sua roupa e estilo.

Escolas públicas fechadas em Detroit

Surfing the North Carolina Coast

As regras da sensatez

(...) Vais sair a dizer que desta, desta é de vez.
Carlos Tê/Rui Veloso


O ser humano é complexo: capaz de exigências múltiplas, de gestos sublimes, de friezas atrozes e de generosidades grandiosas, não deixa de ser um bicho complicado e estranho. Acho graça quando leio que os homens são assim e as mulheres são assado como se tudo fosse assim tão linear. Acho piada quando nos pomos a tentar adivinhar o porquê desta atitude nos homens ou a razão pela qual as mulheres fazem isto ou aquilo. Se calhar, a maioria das vezes as coisas acontecem assim, porque simplemente acontecem e sem haver uma razão concreta para tal. Infelizmente, as mulheres gostam de arranjar justificações para tudo (e os homens também, acho) e acabamos por fazer filmes e mais filmes nas nossas cabeças, à procura disto e daquilo que suporte o facto de ele ou ela agirem de determinada forma. Depois acabamos a dizer que os homens são todos iguais e eles a dizer o mesmo das mulheres.
Nisto das relações humanas, a generalização é lenha para nos queimarmos e eu, que também o faço ou fazia, muitas vezes dava por mim a trincar a língua por ter dito isto ou aquilo apenas porque, supostamente, achava que era assim. Não, os homens não são todos iguais. Há características semelhantes, há traços comuns que unem a classe masculina e desses, eles e nós não podemos fugir. Dentro deste conjunto, há aqueles que se distanciam um bocadinho mais do padrão - gostam de primar pelo bom-gosto, pela educação e cavalheirismo e aos nossos olhos estão acima do nível do comum dos mortais. Claro que isso só descobrimos mais tarde. Sim, porque o tempo, quer queiram quer não, ainda ajuda a perceber quem é quem. Depois há os outros, os que não querem saber e que apesar da educação e até do cavalheirismo não fazem o mínino esforço para serem menos iguais.
A diferença está na capacidade que cada homem tem de se tornar singular para nós mas também na nossa capacidade em vermos para além do óbvio. Tudo requer tempo e agora que a sociedade parece estar pejada de relações descartáveis, é preciso, acima de tudo, dar oportunidades para nos conhecerem melhor e nós, mulheres, tão esquisitas e exigentes que somos (pelo menos eu) precisamos também de conhecermos os outros sem dizermos, logo, logo à partida "não".

[ou então não; estou muito enganada e este texto é a minha réstia de esperança a falar por si ;)]

domingo, 19 de julho de 2009

Ainda se lembram do Dn Jovem?

Um destes dias, enquanto deambulava por um dos meus antigos blogues, reparei em alguns textos onde fazia referência a escritores do Dn Jovem, principalmente a dois de que gostava muito - Lore Lei e Miguel Marques.
Assim, de repente, tive saudades do suplemento quando ainda saía em papel. Lembro-me bem do dia em que vi três fotografias minhas publicadas no jornal. Estava em Évora, a comer uma moamba de galinha quando abri o jornal e vi o meu nome e as imagens. Não gostei da moamba mas fiquei feliz e guardei religiosamente esse suplemento. Entretanto, perdi-lhe o rasto. Desconfio que foi a minha mãe, num daqueles dias de limpeza profunda que deitou fora todo esse "lixo" que eu acumulava num dos armários do meu quarto. Paciência.

Não entendo como é possível que um suplemento que até foi reconhecido pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio como tendo grande importância cultural, tenha acabado assim, em 2007. E apesar de nesta altura, a sua existência estivesse apenas remetida a um espaço na internet, não deixava por isso de ser um suplemento de grande qualidade.
Tenho pena. Fica a recordação e ficam as pessoas e os escritores que por ali foram "descobertos".

quinta-feira, 16 de julho de 2009

dos blogues que sigo

Um post a ler

Cá se vai andado com cabeça entre as orelhas

Assim, lentamente, os dias começam a saber a férias. Por aqui vive-se em modo light, devagar devagarinho, com mais calma que o habitual e tentando não stressar com as últimas notícias que circulam lá pela escola...
Agosto aproxima-se e eu só quero mesmo dormir, ler, ver muito cinema, fazer praia e talvez... talvez... pintar o escritório e o respectivo mobiliário, se não me der um grande ataque de preguiça, claro. A ver vamos.

Serviço público [para meninas]

Meninas, esqueçam os saldos nas Zaras da Baixa Lisboeta. Há poucas peças de roupa que valham a pena e os descontos são tão pequeninos que quase não se notam. Tentem antes a Zara que fica em frente ao El Corte Inglés e poderão encontrar vestidos fantásticos para casamentos ou outro tipo de cerimónias ou ocasiões especiais, a 19.90 €. Eu trouxe dois.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Hoje

...esqueci-me de tomar o pequeno-almoço.
...esqueci-me da garrafa de água em casa.
...esqueci-me de tirar a roupa da máquina.
...esqueci-me do pão que comprei no café.
...esqueci-me que tinha de comprar um livro.
...esqueci-me de almoçar.
...esqueci-me de levar um documento para uma colega.

Começou bem esta segunda-feira, portanto.

sábado, 11 de julho de 2009

...

Tudo aparece no tempo certo

A inércia tomou conta de mim.

Não há por aí uma motivação perdida que me queira vir dar um empurrãozinho?

Do inesperado

Ontem, conheci alguns dos meus alunos de 1º ano. Pirralhos de 5/6 anos que ficaram a olhar para mim, de cima a baixo. Às tantas um deles - menino - exclama em alto e bom som: és gira!
Dei uma gargalhada e retribuí o elogio. Ele lá continuou a brincar e quando me fui embora disse-me adeus ao longe. Já tenho um fã. ;)

24 horas depois...

...e sem eu fazer nada, o blogue lá acordou deste estranho desmaio.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Not a Point and Shoot. Not an SLR. It's a PEN. What will you create?



Pronto, apaixonei-me.

E vejam o vídeo.

...

Há uns anos atrás foi-me diagnosticado um problema grave na coluna vertebral. O ortopedista foi claro: ou deixava a ginástica acrobática (que praticava na altura) e me deixava de saltos altos, ou podia ficar com graves sequelas, inclusivé uma paralisia dos membros inferiores. Obviamente, deixei a ginástica e o meu sonho de me tornar professora de educação física foi por água abaixo e claro... os saltos altos foram praticamente banidos do meu armário.
A coluna lá estabilizou, não me tem dado problemas e até me esqueço que tenho uma espodilolistese (nome lindo, não acham?). O curso de Educação Física foi esquecido mas não deixei de me tornar professora, no entanto, não posso mesmo usar saltos altos. De vez em quando lá os calço, quando sei que não vou andar muito a pé ou para uma ocasião especial mas a coluna ressente-se logo. Enfim. Posso mesmo dizer que até sinto uma pontinha de inveja das mulheres que os usam regularmente (coisa feia!), mas é verdade. Shame on me...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Uma questão deveras importante

Preciso de ir fazer o cartão de cidadão até 15 de Julho ou corro o risco de não poder votar no concelho onde resido nas próximas eleições.
Onde me despacho mais rapidamente? Na Loja do Cidadão dos Restauradores ou na Loja das Laranjeiras?

terça-feira, 7 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ó pra mim aos pulinhos, toda contente!

Pois que fiquei colocada na minha primeira escolha, a escola onde trabalho há já quatro anos. Esperam-me mais quatro e mais uma turma que irei levar do princípio ao fim do 1º ciclo!

[E agora faço como os meus antigos alunos - Yes!!!!]

sábado, 4 de julho de 2009

Esta praia ainda é uma surpresa

Muito sol, poucas pessoas e a água fantástica. Não precisei de mais hoje.
Há dias assim, muito bons!

My creation

[e acho que voltei às fotografias]

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Inventar na cozinha nem sempre sai bem

Já os nossos avós diziam que uma desgraça nunca vem só. Pois bem, esta semana não estava com dedo para temperos e fiz não um, mas dois pratos impossíveis de comer... é que nem eu consegui acabar de jantar nesses dias, tal foi a desgraça. Claro que foi tudo direitinho para o lixo. Hoje limitei-me a uma sopinha e fruta, não fosse eu dar o exemplo do outro provérbio: não há duas sem três.

:D

[Eu até nem cozinho mal... acho. Só tive azar esta semana, pronto]

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O que não está na moda [para mim]



Ontem fui com duas colegas às compras. Pois estiveram a tarde toda a tentar convencer-me a comprar umas sandálias iguais a estas... sem resultado. Não as acho nada bonitas e penso que nem sequer favorecem a figura da mulher.
Gosto de sandálias de cunha mas... assim, de cortiça? Não me parece. Há modas e modas e esta não é, definitivamente, para mim.

Lembra-me

Ali do outro lado, o regresso dos post-its.