quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Movie #24




The only thing more terrifying than blindness is being the only one who can see.

6 comentários:

Dry-Martini disse...

Ás vezes é de facto muito melhor não ver

XinXin

Luis Prata disse...

Adorei o filme. Recomendo.

Beijinhos

Anónimo disse...

tb gostei muiiiitttooo :)

bijinho*

aespumadosdias disse...

Grande frase.

Sílvia disse...

é bem verdade... tenho q ir ver este

miguelrr disse...

Pois... eu não gostei. Li o livro já há uns anos, e esperava muito mais do filme de Fernando Meirelles. Porquê? Porque gosto dos filmes dele e porque tinha visto a reacção do Saramago aquando do visionamento do filme na estreia do mesmo. Ver -http://www.youtube.com/watch?v=Y1hzDzAvJOY

Porque não gostei - Acho que o filme falha na interpretação da própria cegueira, às vezes chega mesmo a ser ridícula de tão exagerada. Exemplo disso mesmo - a interpretação do actor "oriental" que é o primeiro a cegar, quando conduz o carro - até parece que aquele facto lhe acontece com frequência. E outros exemplos, que são de facto muitos, e que se prende com a forma como os actores esbarram contra objectos, etc.

A escolha de Gael García Bernal para aquele personagem, é um tiro completamente ao lado. Quem leu o livro, deve-se lembrar bem o que representa este personagem dentro daquele sanatório. A importância e a influência que este tem dentro do mesmo sanatório e a forma cruel que ele lida com toda a situação. A interpretação aposta no sarcasmo e na ironia como base da construção do personagem, mas a personagem que está no livro, não é de todo isso. O que lá está, no livro, é um homem sem escrúpulos que não tem nada a perder, e que trás do mundo exterior (antes de se encontrar cego e de estar no sanatório) uma forma de vida que se prende com uma máxima, à qual nós portugueses temos uma expressão – "Xico esperto" ou o "Xico espertismo" juntamente com uma personalidade a que podemos dar o nome de mau fundo. Factores que fazem com que ele tire sempre partido da situação que vive, independentemente do estado em que se encontra. No seguimento disto mesmo, porque uma coisa não está dissociada da outra, é a falha redonda da cena da violação, aquando da cena "Mulheres em troca de comida". A cena escrita é uma cena horripilante do inicio ao fim. O que Meirelles consegue até dada altura, é uma cena que chega mesmo a roçar o erotismo, optando pela filmagem da cena na penumbra onde só se vêem vultos e onde só se ouvem gemidos. Esta cena acaba com o que deveria ter começado, isto a nível da intensidade da violência, que é com um murro. Como resultado desta cena erótica, vem um corpo morto o que deve surpreender os espectadores que não leram o livro, caso contrário saberiam que isso acontece, mas apenas porque leram o livro, porque a cena não encaminha para que isso seja um facto. E mais haveria e há para apontar a um filme que na minha opinião fica de facto muito aquém daquilo que é o livro.