domingo, 28 de dezembro de 2008

Olha que sorte eu tenho, sou professora!

Esta semana descanso das crianças e dos gritos no recreio, dos dedos no ar e dos constantes pedidos Professora, posso ir à casa-de-banho? Professora, posso ir beber água? Professora, pode dar-me mais uma folha?
Descanso dos toques estridentes durante todo o dia e das queixinhas depois da hora do recreio; descanso do giz que me deixa as unhas numa lástima e do calor que não me deixa ir muito agasalhada. Descanso a cabeça, sobretudo.

Que bom.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Depois do Natal

Desta vez não há imagens da noite ou do dia de Natal. As que existem são de dia 26: entre apanhar mais azeitona, um almoço que me soube melhor que nunca e um pequeno passeio pela serra, lá andei eu de máquina em riste, nos poucos momentos livres que iam aparecendo.

Acabámos a azeitona e conseguimos apanhar 2300 kg! Ou seja, teremos mais ou menos, 285 l de azeite para dar e vender. É o que se chama trabalho de equipa!

Mais fotos, aqui.





De volta à cidade

...e só para dizer que este post está a ser escrito em pleno comboio intercidades, algures entre Santarém e Lisboa.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Tradição

do Lat. traditione, entrega

s. f.,
acto de transmitir ou entregar;
transmissão oral de lendas, factos, etc. , de pais para filhos;
transmissão de valores espirituais de geração em geração;
conhecimento ou prática que provém da transmissão oral ou de hábitos inveterados;
hábito;
uso;
notícia de um facto transmitido oralmente ou por testemunho que livros, sucessivamente publicados, confirmam;
recordação;
memória.

in Priberam


Respondendo aqui ao Pedro (que me parece demasiado pragmático) quando digo que trago comigo o espirito natalício refiro-me sobretudo a este hábito enraizado na minha família de nos juntarmos todos, antes da meia-noite, mesmo que cada uma das pequenas famílias jante em casas diferentes. Esta é a minha tradição de Natal e este é o meu espírito natalício - o de reunião familiar - um momento que acima de tudo traz felicidade a cada um de nós.
Não festejo o Natal por ter sido o dia em que Jesus Cristo nasce - com todo o respeito que a questão impõe, para mim essa é uma razão secundária para festejar este dia. Digo sim que talvez tenha sido alavanca para todas as tradições que entretanto surgiram, mas cada um de nós faz as suas próprias tradições e nem por isso o Natal deve deixar de ser menos válido. Logo, são tradições que não valem zero.

[E pragmatismos à parte Pedro, se o Pêra- Manca e o Cartuxa são cantigas, gostava então de te ver a beber suminho de laranja ou cházinho toda a noite de Natal. ;) ]

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A minha sugestão de última hora para quem não sabe o que comprar às crianças



Eu dou.
Fazemos uma troca, boa?

Não fiz a árvore de Natal (que vergonha, eu sei) mas trago o espírito natalício comigo

E porque amanhã vou de viagem e guardei a tarde de hoje para um lanche de Natal em plena Baixa de Lisboa, despeço-me já.

Espero que todos vós tenham um excelente Natal, mesmo àqueles que detestam esta quadra, aos que não ligam à ceia ou à reunião da família ou até àqueles que acham que este dia é mais depressivo que qualquer outro dia do ano. Desejo-vos um dia feliz. Muito feliz.

Surreal

Foi assim, tal e qual uma cena de um filme.

Estava eu a caminho da escola, quando de repente, aparece um cavalo branco, passa à minha frente e segue caminho pela rua fora. Fiquei estática. Ainda esfreguei os olhos e não queria acreditar no que estava a ver, mas não... era mesmo um cavalo branco, sem sela, que corria pelo meio da cidade como se estivesse num lindo campo de trigo.

[É caso para dizer…E esta, hein?]

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Estado actual: rabugenta e com mau feitio

Um dos meus dentes do siso gosta de dançar. Sobe e desce conforme os seus humores, mas nunca me deu grandes chatices.
Pois que a minha vida anda tão vazia de surpresas que ele decidiu aparecer para animar isto um bocadinho mais. Causou-me uma infecção daquelas, com direito a febre, dores que nunca mais acabam pelo ouvido, boca e garganta, ida urgente ao dentista e um inchaço que só visto. E lá se foram os meus quatro anos sem antibióticos...

Mas o melhor disto tudo é não conseguir comer. Ter fome e não conseguir comer.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Domingo à noite

Não, ainda não fiz a árvore de Natal. No entanto, tenho vinte e quatro avaliações prontinhas a serem entregues e uma acta de doze páginas por acabar... ou lavrar [como diria uma pessoa que eu cá sei...]

Gotan Project









O concerto foi simplesmente fantástico. Eu, que estava receosa de ficar na plateia, posso dizer que a escolha não podia ter sido melhor. Consegui lugar mesmo à frente do palco, sem apertões ou calor e com espaço suficiente para dançar, fechar os olhos e curtir a música ao máximo. Adorei!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Desconfio que vou passar este sábado ao computador

A parte mais aborrecida da minha profissão é corrigir fichas, testes e afins e ainda fazer os registos de avaliação. Já só faltam vinte.

[suspiro]

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

E só para acabar com a onda das novidades

Ainda não fiz a árvore de Natal.

1745 posts por ler e os apontamentos dos últimos dias

A festa foi bonita, eles tiveram boas notas e eu enchi-me de orgulho. Assim acabou o 1º período.

Duas horas de sono em cima e dois cafés para aguentar o dia de hoje que, mesmo assim, foi cheio de bocejos e de uns olhos de meter medo ao susto.
"Não dormiste esta noite, pois não Sofia?" - foi a primeira pergunta do dia.

Ele é agora o meu fiel companheiro. Rendi-me às evidências e acabei por comprar um presente para mim própria. O namoro já era demasiado longo...

O Natal será, desta vez, em casa da minha tia e sem a minha irmã na Consoada. E já me está a custar, só de saber isso.

As prendas estão compradas. Amanhã descanso e acabo a noite em beleza no Campo Pequeno.

E agora vou dormir, que o meu mal é sono.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

...

Pois que isto hoje ia lá assim com duas ou três caipiroskas ou margaritas. Era ver o meu espírito natalício e fraterno a desabrochar como uma flor.
Ou então não e ficava apenas assim meio tonta e com vontade de bater na Ministra da Educação (que neste momento serve de bode expiatório para todos os meus males).

Acordei assim

Dizem que o sonho comada a vida, mas às vezes acho que isto de sonhar muito é apenas uma forma ligeira e bonita de alimentar falsas esperanças.

Sim, estou em modo racional. Eu, uma peixes pura. Quem diria?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

...

E temos festa de Natal amanhã. Os miúdos, entusiasmados com os ensaios e ansiosos pelo dia que se aproxima perguntavam-me hoje como faziam se ficassem nervosos. Antes de entrar, fecham os olhos e respiram fundo e acreditam sobretudo que vai tudo correr bem.
Só lhe faltou dizer que também faço isto comigo própria. Eu, que fico com um nervoso miudinho sempre que os vejo assim, a actuar perante pais, alunos, colegas e funcionários da escola.
Sou uma professora babada, é o que é.

domingo, 14 de dezembro de 2008

...

É isto.

Simples, não é?

O Natal chegou mais cedo

Já era quase uma vergonha. Há quatro anos nesta casa e ainda não havia cadeiras à volta da mesa de jantar. Mas o Pai Zé e a Mãe Maria foram generosos; acharam que me portei bem, não fiz (muitas) asneiras e até tive (e dei) boas notas e pronto... presentearam-me com seis iguais a esta. Iupiii!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pouca sorte ou apenas o que acontece quando deixo para amanhã o que posso fazer hoje

Ando há meses para mandar arranjar o meu outro portátil. Acontece que no dia em que me lembro de o levar à Fnac, reparo que a garantia já expirou... há uma semana.
Portanto, agora ou o mantenho ali sossegadinho ou gasto uma batelada de dinheiro...

“Quando uma criança não lê a imaginação desaparece”



[Vídeo da campanha da Literacy Foundation do Quebeque]

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

...

O dia revelou-se pouco produtivo. Terrível, mesmo. Os miúdos andaram em quezílias todo o dia, com direito a bocas a sangrar e a hemotomas nas costas. Não se concentraram minimamente na sala de aula e o ensaio da festa de Natal não foi nada do que estava à espera. Para ajudar ainda dei mais duas horas de aulas à tarde [chamam-lhe apoio ao estudo] e no fim do dia tive formação das seis e meia às nove e meia de noite.
Eu não diria Sunday, bloody sunday, mas antes Thursday, bloody thursday.

...

Por aqui, os presentes desejam-se misteriosamente na minha cabeça e namoram-se ao longe. As listas já deram o que tinham a dar. Se quero e posso, compro. Se quero e não posso... paciência. Abandona-se as montras com o passo apressado e tenta-se não pensar mais no assunto.
Caprichos, para que vos quero?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

***


[Rossio, 2005]

Não foi um ano bom. Não foi um ano mau. Assim-assim, diria. Os pratos da balança querem-se equilibrados e mesmo que continue a olhar para o céu todos os dias, às vezes ainda acredito na canção do Rui Veloso. Encolho os ombros e sigo caminho, não com desinteresse, mas antes com a certeza de que as coisas não mudam assim, quando queremos; só mudam quando estamos realmente predispostos a fazer dos problemas, as melhores soluções para a nossa vida.

(pseudo) jornalista por um dia

E a fotoreportagem saiu: fresquinha e com as fotos um bocadinho menos bonitas e mais baças. Hoje teria alterado o texto texto e escrevia-o com frases menos longas. Mas não se pode ter tudo.

E o estereótipo persiste

Porque é que esta sociedade só nos considera Mulheres, depois de sermos mães?
Haverá obrigatoriedade nessa coisa chamada maternidade? Só teremos um maior respeito depois de parirmos um pedaço de gente?

E aquela deixa é fantástica: "Quando fores mãe, percebes..." E se eu nunca for mãe ou simplesmente não quiser ser mãe, não vou perceber?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Do Brasil

Um homem tem morte súbita, dois meses antes do nascimento do seu único filho. Assim nasce este blog. Tentando entender e explicar dois sentimentos opostos e simultâneos vividos pela viúva e mãe que, no caso, sou eu. Muitos questionamentos. Muitos raciocínios. Muito aprendizado. E uma pressa em falar para o Francisco sobre seu pai, sobre o mundo e sobre mim mesma (só por garantia).

[Há babyblogs. Depois, há este blog - Para Francisco]

...



[E só depois de ouvir o álbum todo é que dou com isto. Só agora]

Ontem foi bom, hoje ainda vai ser melhor

Fim-de-semana prolongado e quase não saio de casa. Embebedo-me de música, filmes, leituras e descanso. Pelo meio trabalho alguma coisa, pouco, menos do que devia, mas estes fins-de-semana são um convite ao ócio puro e duro. Ficar assim sem fazer nada e pelo meio fazer tudo o que me apetece e não o que devia. O escritório acumula a papelada: o mestrado está ali e chama por mim, os testes levantam o braço no ar e eu encolho os ombros e digo até já. Só porque me apetece. Amanhã já lhes dou atenção.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Parece que...

...a nova moda em puericultura é dar água Vimeiro aos bebés.
E eu acho um piadão a estes novos preciosismos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Querido Pai Natal

O que eu queria mesmo para este Natal nem era a máquina fotográfica, o ipod, ou aquele relógio lindo que vi no outro dia. O que eu queria mesmo, mesmo, era uma caixinha com tempo e já agora, um coraçãozinho novo, que este anda demasiado desgastado e já quase perdeu a cor. E se vier tudo embrulhado numa folha de optimismo cheia de estrelinhas brilhantes, melhor.
Pode ser, pode?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Eis que dia 20 vou entrar no Campo Pequeno pela primeira vez

Ah pois é! Vou ver Gotan Project!

Há vida para além da blogosfera

No meio de muitas pessoas e alguns sacos, reconheci-a. E assim num repente, deitei a timidez para trás das costas e fui falar-lhe.

:)

Mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou*

O tempo passa e vemo-nos assim, solitários, exigentes, capazes de não saber muito bem o que fazer quando aparecem pessoas a querer entrar, com pézinhos de lã. Espreitamos com a porta entreaberta e acabamos por fechá-la mais uma vez. "Nem sempre vale a pena", dizes para ti próprio. Há dias assim.

*letra de Tiago Bettencourt

Movie #24




The only thing more terrifying than blindness is being the only one who can see.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Chuva, algum descanso e muita azeitona



E o fim-de-semana lá passou...

Sábado choveu todo o dia e acabámos por ficar em casa. A chuva caía lá fora e soube muito bem estar a corrirgir testes à frente da lereira. Apesar de tudo, consegui descansar um pouco e preparar-me psicologicamente para o dia seguinte.

Domingo, pois claro, foi dia de trabalho. Entre as 8 :30 h e as 16:30 andei de vara na mão a tirar a azeitona dos ramalhos que o meu pai cortava das oliveiras e a estender as "mantas" onde caia a azeitona. Depois era necessário colocá-la nas sacas para ser levada para o lagar comunitário. Fiquei com as mãos inchadas e vermelhas, tal era o frio que se sentia...

E hoje foi dia de voltar a Lisboa. Sem grandes pressas e com algum trânsito pelo meio, chegámos a meio da tarde.

As fotos, já sabem, estão aqui.