(...) teoricamente habilitados e praticamente disfuncionais para os aspectos mais elementares da vida quotidiana (...) Os jovens portugueses obtêm cada vez mais habilitações, sim, mas mostram-se em geral incapazes de coisas tão simples como expressão oral e escrita escorreitas, interpretação de textos, operações básicas de cálculo, pensamento crítico, etc., porque as suas crescentes habilitações não correspondem a uma crescente formação académica no sentido amplo, mas apenas à colagem de matérias estreitas, impostas por políticas que visam exclusivamente as estatísticas (...)
Chamar-lhe-ia analfabetismo funcional mas penso que esta situação já vai mais além. Enquanto tivermos políticas educativas que prezam mais os resultados e níveis de desempenho em detrimento dos processos de pensamento e do saber-fazer, nada mudará. E sim, também há muita responsabilidade dos professores no meio de tudo isto.
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