terça-feira, 23 de setembro de 2008

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Ao segundo dia de Outono, levantei-me sob um céu nublado e traiçoeiro. Depois de sair de casa ainda comprei pão para o pequeno-almoço na escola e, enquanto caminhava em direcção à estação, lembrei-me da nossa conversa de ontem. E foi como se tivesse acordado, ali.
Ao segundo dia de Outono começaram a cair as folhas velhas de um passado muito, muito antigo; os pássaros agora fazem os ninhos noutras árvores e as crianças já não comem as mesmas romãs, com medo de sentir novamente aquele sabor que as deixava cheia de esperanças.
Ao segundo dia de Outono percebo que não espero, apenas sonho. Que o tempo é aquilo que fazemos dele e que não basta a energia, o optimismo e a força de vontade, é preciso aceitar tudo o resto, como quem aceita este este sol todos os dias de manhã ou o riso das crianças numa brincadeira de recreio de escola.
Ao segundo dia de Outono fiz um parágrafo na minha vida. Ponto final.

1 comentário:

Raindrops keep falling on my head... disse...

:)

Venho aqui todos os dias mas nunca tinha comentado... Hoje apeteceu-me dizer que também fiz ponto final parágrafo:

O Outono também me despertou os sentidos...