segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

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[foto do Lembra-me]

Assim, de vez em quando, muito de vez em quando, lembro-me que talvez fosse boa ideia formatar o coração. Limpá-lo de vícios, erros, desilusões e torná-lo capaz de se encher se de memórias emocionais escolhidas a dedo, umas guardadas ali na aurícula direita e outras no ventrículo esquerdo e deixar um dos espaços que sobram à espera, tranquilamente.
Talvez fosse possível acreditar mais e melhor  mas, provavelmente, cairíamos em asneiras parvas, ingénuas, coisas de quem acha que tudo é possível e não sabe bem o que fazer quando se vê preso entre laços afectivos, enredado nessa teia tão frágil e complexa a que chamamos amor.
Mas acho que é isso, às vezes apetecia-me ser adolescente outra vez e não perceber as evidências tão pouco evidentes a olho nú,  mas tão claras para os outros, os que já têm a memória emocional do coração quase cheia.

9 comentários:

MP disse...

Não acho que o amor seja uma teia frágil ;). Se fosse frágil, era fácil sair dela, certo?

ana disse...

Frágil, no sentido da possibilidade de quebra, de coração partido. :)

VM disse...

viver não custa, o que custa é saber viver!

1 kiss!

Unknown disse...

Não vale a pena formatar o coração se não tiver um bom antivírus... E muitas das vezes o problema é mesmo os programas com que ele trabalha (mais uma razão para nada servir formatá-lo).

cris disse...

se descobrires como é que isso se faz (isso da formatação cardíaca) diz-me. preciso urgentemente!

li@ disse...

que lindo ;).

Rachelet disse...

Já viste o Despertar da mente (ou Eternal sunshine of the spotless mind)? Fez-me lembrar.

L'Enfant Terrible disse...

Diga-se o que se disser, por mais cheio que coração estiver, quando se sente, sente-se mesmo e tudo o resto que estiver para trás sofre que uma amnésia, contudo, é certo que ao tentarmos controlar para que não se dê o esquecimento acabamos por embrulhar tudo e muitas vezes danificar o sentimento.

André disse...

na velha linguagem de programação, queres fazer um format c: