O meu pai contou-me hoje ao jantar que no dia em que foram avisar à escola que os primeiros jovens da aldeia tinham ido para a guerra, sentiu um aperto no peito e pensou "Será que eu, quando for grande também vou?" Foi. E voltou. Tinha vinte e um anos; era um miúdo.
[Se há coisas que me emocionam, esta é uma delas. Saber do sofrimento do meu pai durante dois anos em Moçambique, sabê-lo a sonhar quase todas as noites com a guerra, deixa-me transtornada]
Já era tempo de existir uma série assim.
Não vi na totalidade o primeiro episódio, mas não vou perder os restantes.
4 comentários:
Muito bom. O meu pai também foi. Também voltou. Mas não voltou inteiro. Nenhum voltou...
Tens toda a razão Sofia, se existe coisas que as pessoas não pensam quando enviam as pessoas para a guerra, é as marcas pós-guerra que essas pessoas ficam *
Mesmo!
O meu pai também esteve lá 2 anos. Também em Moçambique. Também trouxe os sonhos maus. Até hoje, 38 anos depois.
Merda de guerras.
estou curioso para perceber o que vão eles dizer do programa do Furtado.
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