sexta-feira, 30 de abril de 2010
uma foto por dia #120
No outro dia dizia a uma amiga que tinha de provar os três tipos de cupcakes que existem em Lisboa. Como gulosa que sou, lá fui. Na minha humilde opinião, estes são de melhor aspecto que sabor. Doces q.b. mas normais. Nem mesmo o creme colorido os salva.
Para a semana vou aos outros e vamos ver se sou surpreendida ou não.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Penso muito nestas coisas quando converso com alguns pais
(...) será que o que é bom, é isso? porque será que nunca ouvi um pai dizer que o seu filho tem uma generosidade ínfima? porque é que será que nunca ouvi uma mãe dizer que o seu filho é um porreiro e desligado dos seus brinquedos e que os oferece todos na escola? porque será que não as ouço falar na consciência solidária com os necessitados? ou com o estragar comida? e outras situações que tal... (...)
in Pipáterra
[Leiam o texto completo. Vale a pena]
in Pipáterra
[Leiam o texto completo. Vale a pena]
quarta-feira, 28 de abril de 2010
...
"Tens de ter força de vontade!"
"Tens de pensar que consegues!"
"Tens de perder o medo!"
Tens isto e tens aquilo. É igual a um "deixa lá". Não ajuda nem deixa de ajudar.
É mais ou menos como dizer a um claustrofóbico que é facil subir de elevador a um 9º andar, sozinho.
Imaginem a sensação.
"Tens de pensar que consegues!"
"Tens de perder o medo!"
Tens isto e tens aquilo. É igual a um "deixa lá". Não ajuda nem deixa de ajudar.
É mais ou menos como dizer a um claustrofóbico que é facil subir de elevador a um 9º andar, sozinho.
Imaginem a sensação.
terça-feira, 27 de abril de 2010
segunda-feira, 26 de abril de 2010
O que me irrita na Primavera
...não é o pólen das árvores que anda no ar ou as diferenças de temperatura que se fazem sentir ao longo do dia. O que mais me irrita é esta transição assim repentina das botas de Inverno para as sabrinas ou sapatos mais abertos, obrigando-me a passar por um processo deveras doloroso nos meus pés. É que enquanto não se habituarem a andar mais ao ar e a dar novamente forma aos sapatinhos guardados há um ano, é vê-los e senti-los inchados e dolorosos quase todos os dias.
domingo, 25 de abril de 2010
[depois de escrever este post, voltei ao meu estado normal]
Eu gostava mesmo era de ver o que algumas pessoas vêem. Gostava também de perceber como o fazem e que critérios estabelecem para que assim seja. Gostava mesmo. Gostava também de lhes dizer que aquela conversa do "és muito esquisita" comigo não funciona e gostava de perceber qual foi o dia em que lhes dei abertura para me adjectivarem assim. Sobretudo quando a conversa vem de pessoas que não me conhecem bem - estranhos ou conhecidos. Gostava também de compreender porque insistem a bater na mesma tecla, quando apenas digo "não vale a pena". Aliás, é meio caminho andado para a conversa parar logo ali. E cá dentro, na minha cabecinha, mandá-los logo para o outro lado. Aliás, gostava de o fazer mesmo com todas as palavrinhas, mas a boa conduta diz-me que é melhor assim. Com uma musiquinha, pois claro.
...
O que é preciso é criar desassossego. Quando começamos a criar alibís para justificar o nosso conformismo, entao está tudo lixado! (...) Acho que, acima de tudo, é preciso agitar, não ficar parado, ter coragem, quer se trate de música ou de política. E nós, neste país, somos tão pouco corajosos que, qualquer dia, estamos reduzidos à condição de “homenzinhos” e “mulherzinhas”. Temos é que ser gente, pá!
José Afonso
in «Se7e», 27/11/85
in «Se7e», 27/11/85
sábado, 24 de abril de 2010
Uma pessoa habitua-se
A não comer doces. A ouvir música no comboio. Ao barulho durante a semana. Ao silêncio do fim-de-semana. A não falar durante dois dias seguidos. A fazer o mesmo caminho todos os dias durante a semana. A ir a Lisboa só para ver mais pessoas. Ao atendimento exemplar em algumas lojas. A ler um livro antes de adormecer. A ouvir o canto do mesmo melro todos os dias. A deixar a televisão ligada de vez em quando. A ir pôr o lixo à rua. A falar com o canário, e até com as plantas. A não olhar para o telemóvel. A fazer o jantar e o almoço. A comprar a fruta no mesmo sítio, porque já nos conhecem. A ver filmes, uns atrás dos outros. A sair, para apanhar ar fresco e sol na cara. A ter o messenger desligado quase todo o dia. A ter boas conversas (mas só de vez em quando). A sonhar acordada. A não beber refrigerantes. A ler quase sempre os mesmos blogs. A comentar pouco. A ser poupada. A fechar a porta à chave. A maquilhar-se, antes de sair de casa. A ficar feliz com coisas pequenas. Às férias no mês de Agosto. A ir ao mesmo café, em Sintra. A fotografar, todos os dias. A comprar livros infantis, todos os meses. Às ausências.
[ou, se calhar, até não]
[ou, se calhar, até não]
Blogger ou Sapo?
Já várias pessoas me têm falado numa mudança para o Sapo blogs. Gosto do Blogger, da facilidade com que publico os textos e fotos, da possibilidade de mudar de template facilmente e é por isso que tenho sido um bocadinho resistente à mudança.
Há vantagens em mudar para o Sapo? Elucidem-me.
Há vantagens em mudar para o Sapo? Elucidem-me.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Eh lá!
Recebi o IRS em cinco dias úteis. Quase que consigo dizer que gosto dos senhores da Direcção Geral dos Impostos.
uma foto por dia #113
Hoje, o tema do dia foi o 25 de Abril. Viram fotografias da época, ouviram as músicas (os códigos secretos, como eu lhes chamei) e espantaram-se Não se podia dizer o que se pensava? Abriram assim muito os olhos e estiveram tanto tempo calados a ouvir-me que no fim, até me apeteceu dar um beijo repenicado a cada um. Foi bom. A semana acabou bem.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
...
(...) haverá dádiva mais preciosa e quente do que um benfazejo e simples Acreditar? Não, não há nada mais nobre.
in Contrafeito
Eu não sei se é da idade ou se isto de dizer que é da idade é só uma justificação que arranjamos para aquilo que achamos que não está bem - estas comichões, estes atritos remoem as entranhas, estas angústias que crescem vá-se lá a saber de onde. De repente tudo muda à nossa volta e pensa-se, acertadamente, que nada será como dantes e é certo que assim seja. Aceita-se, compreende-se. Mas o problema não está na vida, está nas pessoas. O problema está nas atitudes, naquilo que vemos para lá do que nos mostram, nas incoerências que saltam a olhos vistos e imagine-se, na falta de hombridade para admitir apenas, errei. O mais grave disto tudo é que a tolerância acaba por tomar um sentido decrescente e este acreditar, de repente, torna-se num fantasma e quando damos conta, evaporou-se. E aquilo que era tão nobre passa, num instante, a ser apenas um sentimento doloroso.
in Contrafeito
Eu não sei se é da idade ou se isto de dizer que é da idade é só uma justificação que arranjamos para aquilo que achamos que não está bem - estas comichões, estes atritos remoem as entranhas, estas angústias que crescem vá-se lá a saber de onde. De repente tudo muda à nossa volta e pensa-se, acertadamente, que nada será como dantes e é certo que assim seja. Aceita-se, compreende-se. Mas o problema não está na vida, está nas pessoas. O problema está nas atitudes, naquilo que vemos para lá do que nos mostram, nas incoerências que saltam a olhos vistos e imagine-se, na falta de hombridade para admitir apenas, errei. O mais grave disto tudo é que a tolerância acaba por tomar um sentido decrescente e este acreditar, de repente, torna-se num fantasma e quando damos conta, evaporou-se. E aquilo que era tão nobre passa, num instante, a ser apenas um sentimento doloroso.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
manifesto anti-bimby
Caras colegas, não vale a pena tentarem convencer-me. Não vou a demonstrações nem acho que gastar perto de mil euros nesta misturadora seja uma das grandes prioridades da minha vida. Eu cá sou mais adepta da colher de pau, do rolo de cozinha e dos tachos ao lume que eu nestas coisas da culinária ainda sou como a minha avó diz: dos bons velhos tempos.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Tenho os músculos afogados em ácido láctico
E por causa do paintball, hoje, qualquer tipo de movimento, foi uma dolorosa experiência. Até andar. E descer escadas? Pareço uma tolinha...
[é bem feita para mim que não fiz os alongamentos indispensáveis]
[é bem feita para mim que não fiz os alongamentos indispensáveis]
...
O P. gosta de gruas, teleféricos e transportes. Tudo o que tenha a ver com mecânica, é com ele. Até os seus desenhos revelam esta sua paixão.
Hoje, durante a hora das novidades, contou que no fim-de-semana foi passear de eléctrico com a mãe em Lisboa.
Sabem o que é um eléctrico?
Só três dedos no ar. Em vinte meninos, três sabiam. Lá expliquei, falámos de outros meios de transporte e prometi que amanhã trazia imagens de eléctricos de Lisboa.
Hoje, à saida, o P. veio ter comigo e disse:
Amanhã vais trazer as fotografias dos eléctricos, não vais?
[Vou ali procurar umas fotografias e pensar se seria possível leva-los a Lisboa, de comboio, para verem os eléctricos, a sairem ali da Praça da Figueira]
Hoje, durante a hora das novidades, contou que no fim-de-semana foi passear de eléctrico com a mãe em Lisboa.
Sabem o que é um eléctrico?
Só três dedos no ar. Em vinte meninos, três sabiam. Lá expliquei, falámos de outros meios de transporte e prometi que amanhã trazia imagens de eléctricos de Lisboa.
Hoje, à saida, o P. veio ter comigo e disse:
Amanhã vais trazer as fotografias dos eléctricos, não vais?
[Vou ali procurar umas fotografias e pensar se seria possível leva-los a Lisboa, de comboio, para verem os eléctricos, a sairem ali da Praça da Figueira]
domingo, 18 de abril de 2010
uma foto por dia #108
[Eu sou a prova mais evidente que de não devemos dizer que não gostamos disto ou daquilo sem antes experimentar]
Esta manhã fomos festejar o aniversário do L. com uma sessão de paintball. Apesar de chover bastante, lá nos deslocámos até Bucelas e, coincidência ou não, o tempo começou a melhorar.
Regras explicadas, equipas feitas e eu lá fui, um bocado a medo. A arma era pesada, o terreno dos vários cenários estava uma miséria, a máscara era incomodativa mas... 'bora lá!
Durante quatro horas fizémos seis jogos em seis cenários distintos e a manhã só não correu melhor porque o aniversariante, num dos jogos, escorregou e torceu (pensamos nós) o pé, ficando impedido de jogar os jogos seguintes.
Agora estou aqui quase sem me poder mexer, com dores em quase todos os músculos. Mas posso dizer-vos que gostei tanto que no próximo fim-de-semana repetia a experiência.
sábado, 17 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Preciso dar descanso à voz
Estou rouca há três dias. Já não sei colocar a voz. Acho de desaprendi a técnica para falar alto - o som a sair da barriga e não da garganta - e, de um dia para o outro fiquei assim, neste lindo estado que vocês não conseguem ouvir. Não é voz de garrafão, é uma coisa estranha entre alguém que parece fumar dois maços de cigarros por dia e uma pessoa que está constipadissima. Eu mal me oiço e, para falar na sala de aula, o esfoço é a dobrar. A voz tem de chegar lá ao fundo e falha-me. Bebo água, peço silêncio e durante uns cinco minutos consigo dizer-lhes o que pretendo... depois, volta o burburinho e calo-me outra vez. Canso-me. É assim, três ou quatro vezes até conseguir transmitir-lhes o que quero. Depois, na altura de trabalhar individualmente, mantêm-se minimamente sossegados e se houver música de fundo, ainda corre melhor. Valha-me isso.
Ele até é giro e tal e tem assim umas musiquinhas engraçadas mas...
...não, não tenciono ver o Michael Bublé em Novembro.
[agora, se falarem nos Gotan Project, a coisa já muda de figura... só me falta comprar o bilhete que a vontade já cá mora]
[agora, se falarem nos Gotan Project, a coisa já muda de figura... só me falta comprar o bilhete que a vontade já cá mora]
Francesca & Robert
Tinha 18 anos quando ouvi falar no filme The bridges of Madison County pela primeira vez, no "Sexo dos Anjos" um programa do Júlio Machado Vaz que passava, se não estou em erro, na Rádio Nova, aos domingos à noite.
Há qualquer coisa (muitas coisas) neste filme que não sei explicar aqui, assim, descaradamente, com as palavras certas. Não sei dizer de outra forma que adoro esta parte do filme e aquele momento e que ela lhe ajeita a gola da camisa e ele põe a mão dele sobre a dela. Ou a dança que mais parece um longo abraço. Ou até aquele olhar dela (uns rápidos dois segundos) quando ele está de costas e ela ao telefone. Mas isto sou eu, assim, que sou uma romântica.
[E se o Al Pacino tem um je ne sais quois, o Clint Eastwood não llhe fica atrás e até lhe ganha pontos com este ar rude e meio desmazelado]
quarta-feira, 14 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
A frase do dia
Professora! Nas férias fui ao Museu Bernardo e vi um sapato feito de tachos e panelas. Estava muito fixe!
P., 7 anos
P., 7 anos
domingo, 11 de abril de 2010
uma foto por dia #101
Voltei a pegar na Supersampler e acabámos o rolo em três tempos. Há dois anos que estava esquecida numa gaveta. Agora estou assim, ansiosa para ver o resultado das fotografias. Já não estou habituada a este tempo de espera entre a revelação e as fotos...
...Nothing ever lasts forever...
E que bons foras estes dias. Ócio, puro ócio, muitos passeios e boa conversa. E o sol que esteve sempre presente e me fez sair daquela fase bicho-do-mato. E este não fazer nada que me deixou assim, tranquila e quase, quase de forças recuperadas para os próximos três meses de aulas que se seguem. Pensamentos mais ordenados e meio caminho andado (ou vá, um terço do caminho) para responder totalmente à tal pergunta.
Não sei se estou capaz para o que der e vier, não sei porque o mês de Maio é terrível para me deitar abaixo de cansaço mas, pelo menos, estou optimista e isto num domingo à tarde, é motivo para comemoração.
Não sei se estou capaz para o que der e vier, não sei porque o mês de Maio é terrível para me deitar abaixo de cansaço mas, pelo menos, estou optimista e isto num domingo à tarde, é motivo para comemoração.
sábado, 10 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
A professora precisa é de ir falar com adultos!*
Passava o resto do mês neste andamento assim, de férias sem serem férias, em slow motion, a passear aqui e ali, a ter boas conversas (boas mesmo, daquelas que não queremos que terminem), a ser eu, sem vinte crianças, seis horas por dia.
*frase proferida por uma das auxiliares da escola quando me viu em desespero de causa.
*frase proferida por uma das auxiliares da escola quando me viu em desespero de causa.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
uma foto por dia #098
A vista é desta esplanada, no miradouro de Santa Catarina (miradouro do Adamastor)
Diz-se que foi deste miradouro que o general francês Junot assistiu, sem nada poder fazer, à partida dos navios portugueses que transportavam a família real portuguesa para o Brasil, em Novembro de 1807. Daí a expressão popular, "ficar a ver navios".
Listas
Ainda não descobri se funciono bem com listas ou não. Fazer a lista das compras facilita-me a vida e impede-me de direccionar a atenção a outros produtos (e depois, descobri que ir ao supermercado depois de almoço é a melhor forma de nunca trazer alimentos desnecessários). Com a lista dos meus afazeres diários a coisa já não corre tão bem e acabo sempre por falhar um ou dois ou até três objectivos que tinha traçado para o meu dia. Fazer uma lista de projectos também não é algo que tenha tido grande sucesso - fiquei aquém do esperado e deixei para trás coisas assim mesmo muito importantes para mim e enfim... acabei por deixá-la ficar ali, como recordação ou a servir de ponto de partida para os meus futuros planos/projectos. Depois há as listas de filmes e livros que gostava de ver e ler. Aponto os nomes aqui e ali, rascunho uma lembrança na agenda quando algum me desperta a atenção e depois, se até vejo esse filme ou leio o livro fico assim, com uma sensação boa porque não me esqueci e acima de tudo e felizmente, porque a maior parte das vezes até valeu a pena.
Mas estas duas listas são difíceis de superar. E tempo para isto tudo?
Mas estas duas listas são difíceis de superar. E tempo para isto tudo?
Hoje estive aqui
E lembrei-me desta fotografia de Luis Carvalho, uma das minhas favoritas. Onde é?
[Eu cá acho que a rapariga do lado direito estava roída de ciúmes]
...
Tenho-vos a dizer que as meninas da loja Parfois, na Rua Augusta, são de uma simpatia enorme. Hoje levei à loja um relógio que ali tinha comprado há mais ou menos um ano e que, por desatenção minha, deixei cair ao chão, partindo a bracelete. Pois elas disseram-me logo que fiz muito bem em ir lá. Entretanto, encontraram uma peça sobresselente numa caixa cheia de artigos com defeitos e ainda me arranjaram a bracelete na hora. Tudo isto sempre com uma educação e simpatia que há muito tempo não via por aí, nas lojas habituais. Gostei.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Lembro-me
[foto do meu pai, 1984/85]
Nos dias em que a nossa avó cozia pão no enorme forno de lenha, tínhamos sempre uns pãezinhos mais pequenos especialmente feitos para nós e com eles preparávamos o nosso lanche especial: partíamos os pães às fatias, barrávamos as fatias com manteiga Planta e deitávamos por cima uma boa camada de açúcar branco. Depois regalávamo-nos com aquele petisco. Eu, só parava quando já estava enjoada de tanto açúcar...
Às vezes também acompanhávamos os nossos avós nas actividades da quinta: o meu primo ordenhava as ovelhas e, enquanto ele bebia o leite ainda morno, acabado de ordenhar, eu fazia inúmeras tentativas nos pobres animais para que algum leite saísse das suas tetas, mas nunca fui bem sucedida...
Nos dias de regar o milho, jogávamos à apanhada e às escondidas no meio do milheiral enquanto a nossa avó gritava para tivéssemos cuidado e não partíssemos nenhuma cana de milho. Nesses dias ficávamos sempre com a pele dos braços vermelha de tanto roçar nas folhas do milho e mais tarde, sentíamos uma comichão tremenda que demorava a passar.
Quando estava muito calor despejávamos o tanque da água suja e voltávamo-lo a encher com a água gelada e limpa do poço que havia atrás da casa. Depois de algumas horas enfiados no tanque, tremíamos de frio e ficávamos com a pele enrugada, mas nessa altura a temperatura da água não tinha nenhuma importância e o que interessava era brincar, brincar e brincar. Também ajudava a minha avó quando punha a roupa a corar ao sol, em cima das ervas que cresciam em redor do tanque e eu achava aquilo o máximo porque a roupa ficava mesmo branca e não percebia bem como é que isso acontecia...
De noite o tempo também era longo. Quando os adultos nos deixavam, estendíamos uma manta no pátio em frente à casa e deitados de barriga para cima, olhávamos o céu carregado de estrelas e contávamos as estrelas cadentes que cortavam o céu. Foi assim que aprendi a reconhecer algumas constelações e foi ali que vi a Via Láctea pela primeira vez.
É isto o sal da vida, não é?
terça-feira, 6 de abril de 2010
dos anos 80
E acordar de manhã com um pequeno-almoço destes?
"olá linda"
Abrir o messenger e de repente aparecer isto. Não sei porquê, mas perco logo a vontade de conversar. :S
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Dolce fare niente
E depois de um fim-de-semana de Páscoa farto em comida e descanso (até ao sol dormi, em cima de uma manta) resta-me uma semaninha com tempo para o que me apetecer.
Prioridade: apanhar sol, muito sol.
Prioridade: apanhar sol, muito sol.
O galo
A mim parece-me um bocadinho rouco, além disso, andava descontrolado com as horas. Já passava da uma da tarde quando se lembrou de dar este pequeno espectáculo. :D
domingo, 4 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Isto para mim é uma novidade
Fazer um post em plena viagem de comboio. Maravilha.
[Já so falta hora e meia para chegar]
[Já so falta hora e meia para chegar]
Santa Apolónia, 19:00 h
Situada na zona ribeirinha, bem perto do típico bairro de Alfama, na freguesia de São Vicente de Fora, a Estação de Caminhos-de-ferro de Santa Apolónia é a mais antiga estação da cidade, ponto de partida para destinos nacionais e internacionais.
Inaugurada em 1 de Maio de 1865, a estação de um só andar, está construída no local onde outrora existiu o convento de Santa Apolónia, que foi adquirido em 1852 pela Companhia Real dos Caminhos-de-Ferro (...)
in Guia da Cidade
Nunca vou apanhar o comboio à estação do Oriente, gosto muito mais de Santa Apolónia. Para além de ser menos confusa, adoro aquela entrada: a rosácea que há no chão, o painel de partidas e chagadas, as bilheteiras ainda em pedra, os bancos de madeira, e até as paredes pintadas de azul.
[Confesso que desta vez não me apetecia nada ir para a aldeia. Preferia ficar aqui, no meu sossego, com as minhas coisas e sem companhia. Eu sei que depois de lá estar não me arrependo e acabo por adorar estar com a minha família mas por agora estou assim, feita bicho-do-mato.]
Inaugurada em 1 de Maio de 1865, a estação de um só andar, está construída no local onde outrora existiu o convento de Santa Apolónia, que foi adquirido em 1852 pela Companhia Real dos Caminhos-de-Ferro (...)
in Guia da Cidade
Nunca vou apanhar o comboio à estação do Oriente, gosto muito mais de Santa Apolónia. Para além de ser menos confusa, adoro aquela entrada: a rosácea que há no chão, o painel de partidas e chagadas, as bilheteiras ainda em pedra, os bancos de madeira, e até as paredes pintadas de azul.
[Confesso que desta vez não me apetecia nada ir para a aldeia. Preferia ficar aqui, no meu sossego, com as minhas coisas e sem companhia. Eu sei que depois de lá estar não me arrependo e acabo por adorar estar com a minha família mas por agora estou assim, feita bicho-do-mato.]
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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