quinta-feira, 27 de setembro de 2007

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Ler agora uma entrevista do António Lobo Antunes, é ler um outro homem. Um homem diferente e, no entanto, igual a si mesmo. Gostava de o ouvir falar e não me perdoo por ter falhado o programa Por Outro Lado há uns tempos, na 2, onde ele fez uma das suas poucas aparições públicas.
Nesta entrevista lê-se um homem mais sereno, tranquilo, directo, mais emotivo, sem medo de dizer "gosto" e com um enorme sentido de finitude. A doença que teve aproximou-o da morte, mas fico com a sensação que o aproximou da Vida, principalmente.

"Todos vivemos em função de eternidades", diz ele.

Nunca pensei na minha. Imagino algumas vírgulas, mas tenho medo de pensar no meu ponto final. Quando isso acontecer, espero ter antes um ponto de exclamação e nunca, mas nunca, reticências.

3 comentários:

Sarokas disse...

tambem li essa entrevista, confesso que gostei bastante...dá-nos uma nova perspectiva de vida, e de como devemos encarar o que acontece ao nosso lado!
beijokas electricas

IandU disse...

título do Post: ...

"espero ter antes um ponto de exclamação e nunca, mas nunca, reticências."

:D

stiletto disse...

Aqui e agora construimos a nossa eternidade. Cada um de nós sente a necessidade de deixar no mundo a sua marca da passagem por cá! Assim se pode construir a eternidade, deixando um sinal indelével da nossa existência...