terça-feira, 4 de setembro de 2007

Escola nova #01

A 15 dias do início das aulas, temos uma escola nova ainda por acabar. Há terra, cimento, cheira a tinta, não há armários, quadros nem cadeiras. Há muito pó e vidros sujos por todo o lado.
Há alguma desorganização, incertezas e muita vontade de começar a trabalhar. Há coordenadora de escola; não há ainda um colega (que esperamos que ainda seja colocado esta semana).
Há alguns medos.

Ponto um (e único, por agora): consultar a legislação referente a agrupamentos de escola e averiguar se os grupos de ano podem ser formadas separadamente (de acordo com as duas escolas) ou se têm de ser formados pelo conjunto total de professores (de cada ano) daquele agrupamento.

[Tenho conhecimento de agrupamentos que trabalham das duas formas]

Hoje, em reunião, só esta questão levantou muitas vozes críticas. Parece-nos que seria mais viável que os grupos de ano fossem diferentes em cada escola, mas dizem que não. Que estando em agrupamento faz todo o sentido que as reuniões de ano sejam únicas e com os professores todos que leccionam determinado ano.
E eu pergunto: e a identidade própria de cada escola? Sendo assim, teremos que nos cingir sempre a resoluções tomadas na escola-sede? E a população escolar? E o ambiente educativo que queremos criar? Haverá espaço para as nossas escolhas, como grupo docente com práticas pedagógicas mais ou menos particulares? Poderemos dar a nossa opinião? Ou tudo isto não terá a mínima importância para as entidades competentes nesta matéria? Homogeneizar, será a palavra de ordem?

P.S.- Atenção! E antes que seja mal interpretada... Não ponho em causa a troca de experiências, a partilha e articulação de práticas pedagógicas e de actividades com denominador comum. Não quero uma escola isolada, dependente de si própria, ausente de contacto com outros alunos, com outros docentes e organizações. Ponho em causa apenas a forma como toda a gestão e organização deste processo está a a levar rumo.

2 comentários:

stiletto disse...

Só para te desejar um excelente ano de trabalho! Ser docente, hoje, é uma profissão altamente desgastante e de risco. Felicidades.

Hugo disse...

Coragem, é preciso coragem para esta fase complicada e cheia de incertezas...
Pelo que leio daquilo que escreves, vais superar as dificuldades e vais aprender muito :-)
Continuação de bom regresso ao trabalho