sexta-feira, 20 de março de 2009

uma foto por dia #070

Quando iniciei o 1º ano com esta turma, escrevia no quadro com a letra manuscrita. Apesar de ouvir algumas vozes contra este tipo de letra - porque é difícil, porque não é aquela que lemos no dia-a-dia - continuo a achar que resulta melhor ensinar a ler e a escrever através dos dois tipos de letra aos quais vulgarmente chamamos de letra manuscrita e letra de imprensa.
Os alunos fazem a relação entre as letras e acabam por saber ler os diferentes tipos de letra que aparecem à sua volta. Quanto à escrita, eles alteram a letra quando assim o entenderem, acabando por torná-la mais pessoal. É o que está a acontecer agora. É quase como uma marco na transição do 1º ciclo para o 2º ciclo.

11 comentários:

nes disse...

Adoro o tema, e não imagino fazer a 1ª classe a aprender letra de imprensa :) E pois que fiquei uma criança muito traumatizada quando a minha querida professora da 3ª classe me deu uma negativa num teste ou composição só porque eu decidi alterar a minha letra (acho que devia ser uma mistura agradável de estilo manuscrito com imprensa), e a prof. achou que era muito feio :((( lol

nuno medon disse...

olá! Como não sou professor, não posso falar do que não sei, mas essa tua ideia, é muito boa! No meu tempo, nunca aprendi essas diferenças. São novas técnicas de ensino? beijos e bom fim de semana!

Trintão disse...

Eu mudei o meu estilo de letra tantas vezes, mas tantas tantas...

Hoje em dia nunca consigo escrever da mesma forma. Até para fazer uma assinatura é uma trabalheira. Não faço duas iguais :)

Sofia disse...

:) e que bonito que é assistires a isso hã?
beijinho

Anónimo disse...

Que giro.
No ensino francês, é a manuscrita sempre. O quadro negro já tem as linhas francesas (que chamamos Seyes) para 1ra e 2da classe. E como somos obrigados a usar essas linhas, só na universidade é que temos inteira liberdade :-D

aespumadosdias disse...

eu gosto mais da manuscrita...

CGM disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
CGM disse...

Aqui em Londres o meu filho Miguel, no 2.º ano só aprende a letra de imprensa, e em cadernos sem linhas, uma coisa nunca vista aí em Portugal (pelo menos por mim), e eu não devo ser muito bem vista, porque lhe desenho linhas para ele escrever minimamente direito, mas acho que ninguém se importa com isso, letra para cima ou para baixo o que interessa é escrever. Outra coisa completamente diferente, em vez do alfabeto, eles trabalham o som das letras, se por exemplo lhe mostrar o cartão do "n" ele não diz "éne" mas "ne ne ne", compreendes?

É giro assistir a métodos tão diferentes. Outra diferenças, o Miguel todos os dias tráz um livro para ler, e quando já o lê bem passa para outro, livros de pequenas histórias e de níveis sucessivamente superiores. Muito interessante. E claro, tudo sem se gastar um tostão.

(o comment de cima era meu, mas estava cheio de erros, peço desculpa)

Anónimo disse...

Gosto das tuas letras.

P.

ana disse...

Mãe da malta: No primeiro ano também ensino a escrever em cadernos sem linhas, para que possam escrever naturalmente e sem grandes entraves. Há colegas minhas que só ensinam a escrever com letra de imprensa, eu prefiro a manuscrita, mas depois acabam por conseguir fazer o paralelo entre ambas. Depois, não uso manuais, ensino a ler através dos textos que eles dizem e criam. Começo pelos textos, depois "desço" às as frases, palavras, sílabas e só no fim é que falamos nas letras. É o chamado método global ou natural.
Qualquer dia faço um post sobre esta metodologia de trabalho.

Armazém de Ideias Ilimitada disse...

Será que com 29 anos posso voltar à primária só para poder ser tua aluna?

Alexandra